Capítulo 51

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Anahí ficou quieta, como ele mesmo havia pedido. Ultimamente Alfonso tinha o poder de lhe deixar assim, completamente abalada. Suas palavras nunca foram tão duras e dolorosas para ela.

Quando chegaram ao banheiro, Alfonso a colocou no chão e respirou fundo, levando as mãos até a calça jeans dela, a abrindo. Ele a desceu até abaixo do quadril, revelando a lingerie da mesma cor do sutiã. Alfonso a sentou na beirada da banheira vazia, e puxou a calça por suas pernas.

Anahí nem conseguia sentir mais dor alguma. Ter as mãos dele em seu corpo, depois de tanto tempo era tudo o que ela mais queria naquele momento. Ela o sentia prender a respiração em alguns momentos, os olhos dele fixos no corpo dela.

Ele a ajudou se levantar, terminando de despi-la, agora sem o conjunto de lingerie. Obviamente que ele já havia a visto e a admirado nua diversas vezes, mas, fazia tanto tempo desde a ultima vez. Ele ainda se lembrava de cada canto da pele, de cada sinal, de cada reação do corpo dela. Era como estar no paraíso, mas de mãos atadas.

Alfonso deu banho em Anahí, com todo o cuidado para que ela não machucasse o curativo, a ajudou a ensaboar seu corpo, e ainda por cima, teve os olhos delas fixados em si. Talvez, aquilo tenha sido com toda certeza a coisa mais difícil que Alfonso já fez na vida.

Quando o banho acabou, Alfonso agradeceu em pensamento. Saiu do box, pegando um roupão para ela e a cobriu com ele.

Anahí: Obrigada. –quebrou o silêncio de minutos, recebendo o roupão que ele lhe entregara-

Alfonso: Você consegue se vestir? –perguntou, e ela assentiu com a cabeça- Eu vou mandar esquentar sua comida, já faz tempo que trouxeram, deve estar gelada. –ela assentiu mais uma vez calada, e ele saiu do quarto carregando a bandeja-

E ela mentira. Ou pelo menos, não pensou que seria tão difícil se vestir sozinha. Mexer o braço estava impossível, e ela considerava a ideia de uma tipoia. Com muito esforço e praticamente com uma mão só, ela conseguiu vestir sua calcinha e um short curto preto no qual sempre dormia. A blusa fora impossível.

Ela resmungava chorosa tentando vestir a blusa quando Alfonso voltou. Ele colocou a bandeja sobre a cama, e a observou, o semblante irritado olhando a blusa em sua mão.

Anahí: Será que você poderia me ajudar? –ela não queria ser uma completa inútil, mas estava sendo inevitável-

Alfonso: Claro, por favor, não se mexa. –pediu, largando a bandeja e indo até ela-

Anahí: Não é pra tanto... –disse rindo. Ela achava engraçado quando ele mandava ela não se mexer- Eu só não consegui vestir a blusa.

Ele foi até ela, ficando a sua frente, ela deixou o roupão de lado e lhe entregou a blusa. Ele olhou para baixo respirando fundo ao ver os seios dela expostos. Céus, o que era aquilo? Uma tortura?

Ela sentiu a tensão no corpo dele, e algo dentro dela se animou com aquilo. Alfonso pegou a blusa, a ajudando a passar pelos braços e pela cabeça. Quando a desceu, passando pelos seios, os dedos dele tocaram a lateral deles inevitavelmente. Ele se xingou por aquele ato impensado e impulsivo, e terminou de descer a blusa, indo até o fim de sua barriga. Quando ele subiu o olhar, ele viu os bicos dos seios dela eriçados transparecendo na blusa de algodão.

Anahí quase explodiu quando sentiu o toque do dedo dele em seus seios, e o arrepio foi inevitável. Ela sentiu os seios empinados, loucos por mais. A respiração ficou ofegante, e ela sentiu o quanto estava sendo difícil para ele também. Ela queria tirar a camisa de novo, só para que ele a colocasse mais uma vez, a tocasse, mas era impossível com um dos braços inutilizável.

Alfonso: É melhor você comer logo, pode esfriar de novo. –falou quebrando todo o clima erótico que havia se formado entre eles-

Anahí sentiu o balde de gelo que ele jogou sobre ela. Suspirou derrotada e se virou, indo até a cama e encarando a bandeja. Sentou-se sobre a cama e ele imediatamente correu para ajuda-la. Quando ela já estava acomodada, com as costas encostada na cabeceira da cama, ele colocou a bandeja mais próximo dela e sentou ao seu lado. Ele pegou o talher, e ela o olhou confusa.

Anahí: Acho que eu consigo comer sozinha. –falou indignada. Ela não queria que a tratassem como uma inválida!-

Alfonso: Eu sei. –respondeu a ignorando, pegando a comida com o talher, e levando até a boca dela- Mas você me deixará fazer isso. –completou com um sorriso quieto. E ela abriu a boca, recendo a comida que ele lhe oferecia-

Enquanto ele trabalhava empenhado em lhe dar de comer, ela o encarava confusa, por quê ele fazia aquilo? Por mais difícil que seja admitir, ele tinha razão, ela não o merecia. Ela o entregou para a morte uma vez, e isso era imperdoável. Mas mesmo assim, lá estava ele, dando comida em sua boca mesmo sem ser preciso. 

Claro, era a maldita consciência pesada.

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Acalmem-se, já estou preparando mais um... ;)

Criminal Love.Onde histórias criam vida. Descubra agora