Anahí foi para seu quarto dormir. Ela não havia conseguido nem antes e nem depois de Alfonso, dormir com algum homem na mesma cama. Ele havia sido o único.
No dia seguinte, Paul saiu em missão. Alfonso passou o dia sem nem ao menos olhá-la, e tampouco ficou no mesmo lugar que ela por mais se alguns segundos. Aquilo já estava a irritando profundamente.
Dois dias depois, Alfonso partia junto com Christopher. Ela olhava da janela de seu quarto o carro que os levaria. Alfonso se despedia de Lauren, enquanto Christopher já o esperava dentro do carro. Ela os viu enquanto os dois se beijavam, ele tinha as mãos na cintura dela, enquanto Lauren o agarrava pelo pescoço. E então ela sentiu, a estranha sensação de alguém esmagar seu peito. E doía.
Após alguns dias, Anahí estava inquieta andando de um lado para o outro. Não conseguia mais ficar presa naquela mansão, precisa sair, precisava bater, dar tiros, precisava matar alguém.
Anahí: Richard, por favor! James nem deve mais se lembrar de mim. –falou em pé, de frente para a mesa dele em seu escritório. Ela havia entrado em um rompante impaciente de ficar presa daquela mansão-
Richard: Anahí, não. –falou convicto-
Anahí: Já fazem sete dias! –gritou ultrajada- Eu preciso sair daqui.
Richard: Anahí, se quiser sair, sairá por conta própria. Não posso mantê-la presa. –respondeu tranquilo fumando seu charuto importado- Mas em missão, você não sai. Acredite minha cara, é para o seu bem. –disse por fim, o tom de voz transmitindo que não discutiria mais sobre isso-
Anahí saiu da sala de Richard em passos pesados. Realmente parecia uma menina com raiva porque o pai não lhe dera um vestido que desejava.
Subiu as escadas com o corpo tremendo de raiva, podia culpar Richard, e o mundo inteiro se quisesse, e justificar aquele comportamento de ira na enorme necessidade que tinha de se sentir útil mais uma vez e sair daquela casa. Mas não, era muito além daquilo. Os dias podiam ser entediantes, mas a madrugada era impiedosa com ela.
A imagem de Alfonso parecia mais frequente com o passar das horas e dos dias. Quando ele estava lá, era como se lhe enfiassem agulhas no peito ao vê-lo com Lauren. E agora, quando ele não estava, era como se o dia durasse muito mais que vinte e quatro horas.
Nem ela mesma conseguia entender o que acontecia em seu próprio consciente. Nunca, em toda sua vida sentiu-se tão vulnerável e sentimental. Nunca houve essa necessidade, nunca estivera tão perdida com ela mesma.
Anahí quando chegou no segundo andar da mansão, parou em frente a uma porta que não era a sua. Ainda estressada e furiosa, invadiu o quarto que não era o seu.
Lauren havia acabado de sair do banho. Estava enrolada num roupão e secava os cabelos com uma toalha. Anahí não esperou, ela apenas avançou em cima da outra, a derrubando no chão, e se posicionando sentada em cima dela, com uma perna de cada lado.Lauren: Você ficou louca? –perguntou completamente assustada-
Anahí: Cale a boca. –gritou furiosa, arremessando a mão na face de Lauren-
Lauren: Anahí, pare com isso. –pediu, levando a mão ao rosto que ardia pelo tapa- Saia de cima de mim!
Anahí: Você acha mesmo que eu deixaria isso assim? –perguntou raivosa, prendendo as mãos dela embaixo de suas pernas, junto ao corpo- Acha que eu deixaria você tomar o que é meu, de graça?
Lauren: Seu? –perguntou incrédula- Pelo amor de Deus, eu não tomei nada seu. –defendeu-se- Vocês não tinham mais nada quando começamos a nos relacionar.
Anahí: E você não perdeu a oportunidade, não é? Aposto que esperou ansiosa pela minha partida. –falou, lhe dando mais um tapa, agora do outro lado do rosto dela-
Lauren: Anahí! Pare com isso. –pediu quase aos prantos. Sabia que ninguém apareceria para ajuda-la- Seja racional. Você teve a oportunidade de se apaixonar por ele, e não o fez! –tentou, ela estava completamente imóvel debaixo de Anahí-
Anahí: Cale a boca sua mosca morta, eu já disse! –gritou outra vez, assustando ainda mais a outra- Ele pode enganar você, e até ele mesmo. Mas ele me ama. –disse com o rosto próximo ao dela, os olhos assustados de Lauren era como um combustível para ela. Ela afastou o rosto outra vez, levando as mãos até a garganta dela, pressionando suas mãos ali- Ele me ama! –repetiu, querendo mais convencer a si mesma do que qualquer outra coisa- Eu só preciso me livrar de você, para que ele volte para mim. –completou. Apertando ainda mais as mãos no pescoço de Lauren-
Lauren já tinha o rosto completamente vermelho, os olhos verdes arregalados encarando Anahí, que a olhava triunfante com um sorriso nos lábios. Lauren já sentia o quanto respirar e o simples ato de existir ficava difícil a cada segundo, a vista escurecia aos poucos, quando sentiu as mãos de Anahí a largarem, e ela sair de cima dela rapidamente.
Alfonso chegara da missão junto com Christopher. O silêncio da mansão fez com ele subisse para uma ducha. Quando entrou em seu quarto, a cena era horrorosa. Anahí estava em cima de Lauren, a enforcando. Ele viu as pernas de Lauren se debatendo debaixo dela, e correu, empurrando Anahí de cima dela.
Alfonso: Anahí! –gritou assim que a empurrou- Você enlouqueceu? –perguntou assustado, indo até Lauren que puxava o ar desesperadamente, se agarrando a ele-
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Por hoje é só! Prometo tentar postar mais amanhã ;*
Quem gostou desse capítulo? hahahah
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Criminal Love.
FanfictionDiversos motivos levaram Anahí e Alfonso para o mundo do crime, porém, apenas um os levaram para o mesmo caminho. E não foi o amor. O amor é ar fresco, é paz, é calor, é felicidade. Amor é sorriso, suspiro, sonho. Amar é se sentir bem, é estar bem...