Capítulo 23

2K 147 22
                                    

Alfonso virou o rosto, a encarando, ela ainda alheia ao olhar dele. Ele a observou se recuperar do orgasmo que ele acabara de lhe proporcionar. Ainda sem entender... Por que ela fazia isso com ele? Invadir seu quarto em plena madrugada, invadir seus sonhos... Para que? Apenas para se saciar? Claro que sim, era isso que ele significava para ela, apenas alguém que lhe saciava quando não lhe restava mais nada.

Ele ainda estava perdido em seus pensamentos, quando foi surpreendido por ela dominando seus lábios mais uma vez. Ela ainda estava ao lado dele, e com a mão virou o rosto dele que novamente havia se direcionado ao teto. Ela o deixou de frente para ela, e se apossou de seus lábios. Ela não sabe por que fez isso, ela apenas quis matar a enorme vontade que sentia de beijá-lo.

O beijo era calmo, talvez um dos beijos mais calmos que eles já tiveram. As lingas pela primeira vez pacientes, ele sentia o quão macio era os lábios dela, e ela levou a mão até os cabelos dele, involuntariamente lhe acariciando. Aquele beijo durou minutos, até se separarem em busca de fôlego. Alfonso a olhou confuso, surpreso pela atitude inesperada dela. Eles se encararam, Alfonso se perdia mais uma vez naquele infinito azul, sabia aonde aquela mulher lhe levaria, na perdição que seria... E sabia que sairia machucado como sempre acontecia, mas como se livrar daquela enorme paixão que explodia em seu peito? Como controlar aquele desejo incontrolável, aquele sentindo que se recusava em ser destruído, e como uma fênix, ressurgia cada vez com mais força?

Que se foda tudo isso.

E agora foi a vez dele de surpreendê-la, ele avançou para cima dela, tomando seus lábios em um beijo apressado, completamente diferente do anterior, e que apesar de Anahí ter adorado o beijo calmo que tiveram, ela amava quando os lábios dele machucavam os seus.

Dali em diante, não se ouviu mais nenhuma palavra, apenas os gemidos e grunhidos que eles soltavam.

Após mais duas rodadas de orgasmos, eles estavam sobre a cama, cobertos apenas pelo fino lençol branco.

Alfonso: O que deu em você para invadir meu quarto? –perguntou ainda com a respiração acelerada-

Anahí: Vim lhe fazer uma proposta. –confessou, também recuperando a respiração, e sentiu o olhar confuso de Alfonso sobre si-

Alfonso: Uma proposta? –perguntou curioso, o semblante totalmente sério-

Anahí: Sim. –respondeu tranquila-

Alfonso: E que proposta é essa que precisou você ficar totalmente nua em cima de mim enquanto eu ainda dormia? –questionou, apoiando a cabeça em uma das mãos, virando de lado, a olhando rir-

Anahí: Não tem haver com isso, eu realmente queria retribuir o favor de mais cedo. –falou sorrindo, o encarando rapidamente, e ele sorriu de volta. Ele deitou o corpo novamente, voltando a encarar o teto, e levou sua mão para debaixo de sua cabeça, a apoiando. Anahí subiu em cima dele outra vez, vendo a imagem máscula maravilhosa que ele tinha. Os olhos esverdeados a encarando, o músculo do braço que apoiava a própria cabeça realçado, Deus, como ele era lindo-

Alfonso: E então? –perguntou a tirando de seus devaneios- A proposta...

Anahí: Bom, já que não estamos conseguindo colocar as mãos no chip... –falou e Alfonso tirou o sorriso dos lábios, esperando. Ela passava a boca dando leves beijos pelo peito dele, indo ao queixo, sempre subindo o olhar para vê-lo- Pensei em tentarmos conseguir, juntos. –propôs, ainda beijando o seu corpo-

Alfonso: Juntos? –perguntou sorrindo irônico- Claro, conseguimos, e então o repartimos ao meio, e cada um fica com uma metade. –falou, ironizando outra vez-

Anahí: Não, amor. –falou subindo o olhar até o dele, enquanto passava sua língua sobre o mamilo de Alfonso. Ele ficou tenso com o modo que ela o chamou, e com o que seu corpo começava a sentir com o que a boca dela começava a fazer- Pensei em fazermos um trato, e quem for melhor, ficará com o chip. –continuou, ainda sem deixar de olhá-lo, passando sua boca por todo seu tórax-

Alfonso: E como saberemos quem vai ser o melhor? –perguntou ainda confuso-

Anahí: Não há como saber, nós apenas saberemos. Quem por fim acabar com o chip nas mãos, terá sido o melhor. –completou, e ele sorriu outra vez- Vamos, o que custa aceitar? Sei que juntos podemos driblar essa maldita segurança americana. –falou descendo sua boca mais um pouco. Alfonso suspirou- Hum? Você aceita? –perguntou, passando a língua na ponta do membro dele, que começava a se alertar outra vez-

Alfonso: Certo, Anahí. –grunhiu, fechando os olhos- Que vença o melhor. –respondeu, sentindo a boca dela devorar seu membro-

Criminal Love.Onde histórias criam vida. Descubra agora