Criminal Love.

Capítulo 66

Horas depois, James chegou ao local junto com Maite. O lugar parecia um cemitério. Quase todos os seus homens que estavam lá de guarda estavam caídos sobre o chão. 

Maite: Oh, meu Deus. -disse assustada tapando a boca com as mãos-

James: Que diabos aconteceu aqui? -falou, assim que entraram. os olhos chocados com tudo que viam. o rosto travado de raiva-

Ele imediatamente correu até a penúltima porta, seguido por Maite, mas não havia mais ninguém lá.

James: EU NÃO ACREDITO QUE ELA FUGIU! –gritou batendo na mesa com força-

Maite se encolheu em um canto assustada. James começou a quebrar tudo que via pela frente, completamente irritado. Ela não sabia que sensação sentir. Sabia que Alfonso tinha a tirado dali, mas não sabia em que estado.

-

Era quase manhã quando Alfonso chegou a mansão em Las Vegas com uma Anahí ainda sem sinal de lucidez em seus braços. Ele estava desesperado. Durante todo o percurso no avião que Richard disponibilizara para eles, assim que Alfonso o ligou informando tudo que havia acontecido, o único sinal de vida que Anahí deu foram alguns suspiros, fracos e quase inaudíveis.

Ele a tinha em seus braços, mas ela gemia de dor quando ele a tocava com mais firmeza. Ele havia levantado a blusa dela e quase chorou vendo as marcas roxas por todo seu abdômen. O rosto dela estava quase irreconhecível, e o que o mantinha esperançoso, era sentir a respiração dela, ainda fraca, em seu colo.

O médico já estava lá quando eles chegaram. Alfonso a levou para o quarto e a deitou sobre a cama. Assim que ele se afastou para o médico a examinar, foi como estivesse indo direto para o inferno. O corpo dela começou a tremer consideravelmente, e o corpo passou a se arquear sobre a cama. O médio se alarmou, se aproximando mais depressa e a virou de lado, fazendo com que o sangue que acumulava em sua boca fosse diretamente para o chão.

Alfonso: O que está acontecendo? –perguntou desesperado-

- Ela está tendo convulsões. –respondeu, voltando ela a posição anterior, e verificando seu pulso- Ela está muito debilitada. –informou- Preciso de água e toalhas limpas.

Logo trouxeram o que o médico pedia. Alfonso não saiu do lado dela nenhum momento e viu todos os procedimentos que ele fazia, que não foram mais do que curativos. O rosto dela agora semi limpo, estava com manchas roxas enormes em vários pontos. Os braços, assim como a barriga também marcados.

- Não há nenhum osso quebrado. –suspirou- Se ela sentir dor, é apenas os músculos que ficarão algum tempo doloridos. Os curativos já foram feitos e devem ser limpos todos os dias. –falou escrevendo algo na mesa ali próximo- As manchas roxas sairão com o tempo e ela deve tomar esses medicamentos junto com essas pomadas, vai aliviar a dor e ajudarão na cicatrização. –completou, entregando a receita a Alfonso-

Alfonso a olhou e ela parecia dormir agora e a respiração parecia mais regular.

Alfonso: Por que ela não acorda? –perguntou preocupado-

- Eu a sedei, para poder fazer os curativos sem ela sentir muita dor. –avisou- Logo passará e ela deve acordar para se alimentar.

Alfonso: Muito obrigado, doutor. –agradeceu, apertando-lhe a mão-

- Estou a disposição, para qualquer coisa. –falou e Alfonso assentiu-

Richard: Alfonso, eu mandarei comprar os remédios. –se pronunciou e só então Alfonso percebeu a presença dele ali e lhe entregou a receita que o médico lhe dera-

Os dois saíram do quarto, deixando Alfonso sozinho com uma Anahí adormecida. A cena era familiar, e ele conhecia bem aquela dor. Anahí mais uma vez estava gravemente fragilizada a sua frente, e nada do que ele fizesse a tiraria daquele estado.

Era uma sensação de impotência destruidora.

Ele deitou ao lado dela na cama, e velou seu sono até que, horas depois, ela começou a dar os primeiros sinais de que iria despertar. Ela se mexeu sobre a cama, e um gemido foi involuntário. Ela sentiu como se todo seu corpo fosse uma gelatina. Tudo doía. Até o ato de respirar era difícil.

Alfonso: Shh. –ele falou próximo ao ouvido dela, agoniado com os gemidos de dor que ela soltava ao se mexer- Você está bem meu amor. Vai ficar tudo bem. –disse beijando o rosto dela, sentindo os lábios úmidos com algumas lágrimas que escorreram de seus olhos ao ouvir a voz dele- Vamos matar aquele verme, eu prometo.