PARTE TRÊS
Príncipe Lucas Williams, narrando."O amor nos enlouquece a cada segundo perto da pessoa amada".
Príncipe Lucas Williams,
A plebeia coroada.Eu estou descendo as escadas do salão de dança. Eu iria assistir ao Baile Real das convocadas. Mas meu pai e Fílipy me proibiram de estar presente. Eles querem fazer algo diferente este ano. O que é uma idiotice, considerando o fato de que eu devo estar presente já que eu serei o troféu do Seja Real. Por isso tomei a liberdade de descer. Não sou mais um menino. Não depois de conhecer a candidata Anabella. Eu serei rei e quero ser o melhor para ela, a minha escolhida.
Eu escuto a música da valsa começar assim que me aproximei da porta. Não aguento de curiosidade para ver a Anabella dançando e vou até a porta ver o que está acontecendo com ela. Ao abrir a porta eu vejo as princesas dançando com seus cavalheiros. Mas no fundo do salão havia uma das convocadas sentada com o olhar distante. Eu entro, fecho a porta e vou até ela.
- Príncipe Lucas minha senhora ficou sem par. Poderia, por gentileza, dançar com ela? - A senhorita Sofia, dama de companhia de Anabella, se aproxima rapidamente quando percebe a minha presença no salão de dança.
- Claro. Será uma honra. - Dei um sorriso e beijei a mão de Anabella, quando a senhorita Sofia estendeu a sua mão para mim.
- Agradeço. Mas eu não posso dançar com você. São as regras do seu Seja Real. Você não leu? - Ela não fazia nenhuma questão de me rotular. Isto era engraçado. - De acordo com elas eu não deveria nem estar falando com você. Seis metros de distância. Mas você não sabe, não é? Já quebrei duas regras por sua culpa e da Sofia. Eu devo cumprí-las para continuar nesta idiotice, assim o Fílipy não cumprirá com a sua ameaça de matar a minha irmã e eu continuo sendo a distração para os plebeus esquecerem a rebelião. - Ela se solta da minha mão e fica de costas para mim muito irritada.
- Espere. - Segurei a sua mão de novo. Ela olha para minha atitude ao segurar sua mão e volta o seu olhar para o meu. - A regra diz também que a senhorita tem que participar de todas as etapas ou será desclassificada e enforcada imediatamente. Diremos que eu fiz uma boa ação para você não ser desclassificada. Não há nada nas regras que implique uma dança com a senhorita se eu for fazê-la permanecer dentro do Seja Real. Sim. Eu li todas as regras e conheço cada lei do meu reino, senhorita Anabella Campbell. - Dei um sorriso para ela, ainda segurando sua mão.
- Não preciso da sua caridade. Afinal quando foi que olhou para o seu povo? Nós precisamos de um verdadeiro rei. Um rei que ofereça nossos direitos roubados. Direitos que permanecem nas páginas do livro de leis de Coralia. - Ela me olha de cima a baixo com ódio.
- Anabella Campbell, não se dirija dessa maneira com sua alteza e futuro esposo. Pare de agir assim. Quando vai entender que para sobreviver deve ficar aqui e calada? - A senhorita Sofia segura o braço dela com força e murmura em seus ouvidos.
- Meu companheiro de dança está um pouco atrasado. Mas ele vai chegar, vossa alteza. Sinto muito, príncipe Lucas. Mas eu não posso fazer este desfeito com ele. Está bom assim, Sofia? - Ela encara a senhorita Sofia, se solta de suas mãos, se vira para mim, diz e volta a olhar para ela.
- Anabella Campbell. O seu parceiro não chegará a tempo. Se você não dançar agora será desclassificada. Você que decidi se quer salvar sua irmã ou não. - Respondeu sua dama de companhia.
- Eu danço com você. Só pela Lucia. - Eu estendo a minha mão para segurar a dela, que havia estendido-a para mim.
- Não se preocupe, senhorita Anabella. Eu conduzirei a dança. - Acredito que ela não saiba dançar por ser uma plebeia.
- Acho melhor o senhor, não pisar nos meus pés e tentar me alcançar. - Ela não é linda com toda sua arrogância?
Caminhamos de mãos dadas para o salão. As câmeras invadem o nosso espaço e gravam cada passo que nós damos. As princesas e o restante que estavam presentes no salão de dança começaram a murmurar sobre a minha segunda atitude com a senhorita Anabella. Mas eu não tenho culpa se sempre estou na hora certa para ajudá-la.
Eu aceno para a orquestra e a valsa começa a ser tocada. Todos voltam para os seus lugares no centro do salão e nós deixamos de ser as celebridades.
- Por que não queria dançar comigo? - Resmungo, querendo intimidá-la.
Ela era definitivamente diferente. Todas as damas de Coralia dariam a sua vida para um único suspiro meu. Mas Anabella era tão indiferente a mim que isto me chamou a atenção.
- Porque eu odeio o senhor. - Ela responde.
- Mas a senhorita não me conhece. Por que tem tanta certeza disso? - Perguntei, trazendo seu olhar para o meu.
- Porque o senhor sempre esteve dentro deste palácio, comendo e bebendo. Mas nunca se preocupou em retirar o seu traseiro do trono para ajudar os seus súditos. - Se ela soubesse o quanto eu quis sair do palácio. Mas não pude.
- Eu fui ordenado pelo meu pai a ficar trancafiado aqui por causa do meu sequestro. - Ela já tinha formado uma opinião sobre mim totalmente errada.
- Não me faça te odiar ainda mais com esse seu teatrinho. - Anabella era difícil de ser domada.
- Olhe para a senhorita. Está dançando comigo. Não acho que me odeia tanto como diz. Pelo contrário. Posso jurar que me ama. - Digo.
- Eu te amo? Ora, seu príncipe gelado. Você quer levar um soco também? - Ela diz com raiva.
- Garanto que não é gelo que estou sentindo aqui. - Ela sorriu para mim e em seguida pisou nos meus pés com força.
- Me perdoe. Não foi minha intenção. - Me encara com sarcasmo.
- Eu te perdôo. - Murmuro, me recuperando da dor. - Mas não pode me julgar assim. Me conheça e saiba como eu sou de verdade. Eu não sou este monstro. Talvez não esteja conseguindo usar as palavras certas com a senhorita para te provar. Mas me dê apenas uma chance. Não está feliz? Eu quero você como a minha rainha. - Sorri.
- Por favor. Nunca mais diga isto, príncipe Lucas. - Ela se enche de vergonha.
- Eu não posso mais evitar senhorita Anabella. Não agora olhando nos seus olhos, sentindo o seu perfume, te vendo tão de perto e tendo-a em meus braços. - Disse a ela, enquanto ela me olhava sem entender ou acreditar em nada.
- O que o senhor não pode evitar em mim? Eu estou te fazendo mal? É o meu perfume? O senhor é alérgico? Quer que eu me retire? Diga que sim. Será um imenso prazer te abandonar. - Perguntou.
- Eu acho que eu estou apaixonado pela senhorita. - Concluiu.
- Apaixonado por mim? Isto é impossível, príncipe Lucas. - Ela balançava a cabeça negando.
- A senhorita acredita no amor a primeira vista? - Eu esperava por uma resposta positiva.
- Eu... Eu... - Ela não soube dizer mais nada além disso.
- Quando a senhorita entrou na apresentação meu coração saltou do meu peito, eu fiquei trêmulo e ansioso para te conhecer. Eu nunca senti isto por nenhuma mulher. - Eu aproximo ela mais do que posso sobre meu corpo.
- Isto não pode estar acontecendo, príncipe Lucas. - Balançou a cabeça negando novamente.
- Eu sei que parece uma loucura tudo o que eu estou te dizendo. Mas desde ontem eu estava sufocado com isso. Eu precisava te dizer. - Digo.
- Isto não é amor. Isto é obsessão. Me deixe em paz e pare de me perseguir. - Ela piscava descontroladamente.
- Meu coração é seu, senhorita Anabella. Se for minha rainha eu cuidarei da sua família. Nenhum mal cairá sobre vocês. - Digo segurando seu queixo e olhando no fundo dos seus olhos.
- Príncipe, não! Eu ordeno que me solte e me deixe ir, príncipe Lucas. - Seu olhar era de medo.
- Você não pode mandar em mim. Eu sou seu príncipe. Dono de tudo. - Digo ainda segurando sua cintura, enquanto ela tentava se soltar sem causar suspeita dos presentes no salão que continuavam a dançar.
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A Plebeia Coroada
Teen FictionSinopse: Quando Anabella descobre que sua irmã está em perigo, percebe que a única chance de salvá-la é se transformar em uma dama e se casar com o príncipe. O que será que o destino reservou para uma plebeia? Aviso: e você estiver lendo essa histór...