⚜ Capítulo 53 ⚜

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Príncipe Lucas Williams, narrando.


"O amor ainda vai transformar o mundo através das pessoas".
Príncipe Lucas Williams,
A plebeia coroada.

Ouvir o rei dizer que me amava foi uma sensação muito boa e surpreendente. Mas saber que ele nunca vai mudar me doeu. Eu não acredito que ser rei é como ele diz. Eu nunca vou matar um inocente. Eu vou ser um bom governador para o meu reino.

Assim que chegamos na porta do salão para a minha festa de boas vindas, Ferdinand e eu damos um última ajeitada no terno e os guardas abrem a porta. O mestre de cerimônia nos anuncia e sem perceber todos os jornalistas estavam ao meu redor, enquanto o Ferdinand saiu sem ser visto e se sentou no trono.

Os flashes estavam sobre os meus olhos a ponto de não conseguir enxergar. Pessoas dizendo futuro rei de Coralia, outros me chamando por Heitor. Tudo estava normal e como antes eu era de novo o centro das atenções.

No meio de tantas perguntas indesejadas da mídia real, meus olhos encontraram o meu amor. A minha vida. Sim, Anabella Campbell. Ela estava parada, olhava para mim fixamente como se estivesse vendo uma miragem. Até parecia que ela sabia que era eu ali e não o meu irmão.

Como eu a amo tanto!

Peço desculpas aos jornalistas e faço eles se dispersarem dali. Tudo volta a se movimentar. Apenas uma coisa não se moveu. Sim. De novo ela. Sempre Anabella. Sempre minha Ana.

Eu não poderia ir ao encontro dela. Porque me reconheceria e não poderia fingir se ela estivesse na minha frente. Meu dever era me passar pelo Heitor para o plano se concretizado e para isso acontecer, bastaria eu ficar longe da minha amada. Assim não perderia o foco e controle.

Enquanto nos encarávamos, mentalizava a frase "ficar longe dela para um bem maior". Até eu ver o Ferdinand furioso ir ao encontro dela. Me antecipo e sem perceber já estou agarrando seus braços no meio do salão e vejo ele se afastar.

- Boa noite, senhorita. Admiro a sua coragem. Ficar de frente e no meio do salão, enquanto a música toca sem estar na companhia de um homem, é surpreendente. - Tenho certeza que ela me sentiu ao segurar sua mão direita, colocar a sua mão esquerda em meu ombro e colocar a minha mão esquerda em sua cintura. Como sempre faço quando dançamos.

Poderia apostar mil williams que ela estava tímida com a minha presença. Quer dizer com a do duque Heitor. Ela se surpreendo com a minha atitude e depois me deu um sorriso envergonhado. Ah... Se eu pudesse abraçá-la.

Dançávamos sem se preocupar com todos os convidados que estavam ao nosso redor, Ana me analisava sem parar. Seu olhar era de surpresa, convicção, desejo, timidez. Era um turbilhão de sentimentos ao mesmo tempo.

Quando ela me questionou sobre o meu deslize de contar da traição de Ferdinand com tia Sarah, aproveitei para questioná-la sobre mim. Eu queria saber como ela estava se sentindo em relação a minha perda. Eu não queria que ela me descobrisse. Mas meu coração só desejava ela.

Ela mentiu sobre me conhecer. Mas seus olhos tristes não me enganaram. Questionei ela sobre seu futuro e percebi que sairia de Coralia de qualquer maneira. De certo seria as escondidas, pois, Ferdinand nunca deixaria ela longe dos olhos dele com tantos segredos que ela guarda.

Quando ela sorriu e olhou no fundo dos meus olhos, eu não aguentei. O meu desejo era beijá-la ali mesmo. Mas me controlei e me revelei, dizendo que a esperaria em seu aposento e a deixei sozinha no meio do salão de dança. No momento Ana ficou parada sem entender nada. Mas logo caiu em si e voltou a se comportar normalmente.

Duas horas depois a festa acabou. Todos haviam ido embora. Esperei ela em seu aposento como havia dito depois de conseguir escapar de todos da realeza. Assim que ouvi seus passos pelo corredor me posicione na porta. Porque assim que ela entrasse, eu a agarraria.

Depois dela entrar assustada, puxei ela para dentro, fiquei atrás dela, segurei suas mãos e tampei sua boca. Murmurei em seus ouvidos que ela estava segura. Disse para se acalmar e que eu estava vivo.

Ela me olhou em lágrimas, me apertou e beliscou várias vezes, abraçava e beijava o meu rosto sem parar. Era engraçado e fascinante ver ela daquele jeito.

Ana não perdeu tempo em demonstrar que me amava e sentiu muito a minha falta. Demorei para entender e dei um longo e largo sorriso. Sim. Ela havia me confirmado que sempre me amou. Parece bobo, eu sei. Mas é maravilhoso ouvir aquilo de lábios! Ela sempre irá me surpreender quando disser que me ama.

Nossos olhos se cruzaram e o magnetismo nos sufocou. Antes de poder dizer qualquer palavra, Ana me surpreende selando os nossos lábios em um demorado beijo.

Quando finalmente percebo, a beijo mais ferozmente sem nenhuma intenção ou desejo de parar. Seguro ela com toda minha força. Coloca-a contra parede e nos beijamos com muito amor e desejo. Até a porcaria da nossa respiração faltar, fazendo parar de selar os nossos lábios. Por um momento sorrimos um para o outro sem dizer qualquer palavra.

- Não posso continuar se você não quiser, Ana. Eu quero tanto te ter por completa. Te sentir em meus braços para sempre. Eu preciso de você para todo sempre. Mas eu não vou te tocar se não estiver pronta. - Murmurava em seus ouvidos.

Sim. Eu sabia que era a hora certa de amar pela primeira vez uma mulher. De amar a minha Ana.

- Eu quero você, Lucas! - Exclamou. - Eu ficarei com você para sempre. Para todo sempre do seu lado. Me faça sua, meu amor. - Respondeu, confirmando que queria me amar e me beijando novamente.

Rapidamente eu tranco a porta e me volto para ela. Sorrimos novamente um para o outro, nos analisando. Até que ela vem em minha direção, coloca as mãos sobre o seu pescoço, aponta para o zíper do seu vestido e virá de costas para mim. Me aproximo dela e a beijo suavemente, fazendo ela se arrepiar. Desço seu zíper devagar, querendo que aquele momento nunca acabe. Quando finalmente tiro toda sua roupa, a imagem a minha frente é ainda mais bela e preciosa.

Sinto em mim um imensa vontade de tê-la em meus braços. Ela solta um grunhido quando ergo suas pernas para meu colo, tocando com muita intensidade toda parte do seu corpo.

Ela desce do meu colo ferozmente e me surpreende com um sorriso maléfico ao me direcionar para sua cama. Nos deitamos, ela fica em cima de mim, pede que eu faça silêncio e começa a tirar toda minha roupa.

Quando fico despido assim como ela, nos beijamos com mais vontade, sinto sua pele na minha e a minha na dela, sinto sua carícia, sinto sua vontade de me amar, sinto o amor como nunca senti antes. Até alcançarmos o auge dos nossos desejos.

Se eu pudesse descrever o que eu estou sentindo. Diria: Como pude demorar tanto para encontrar a parte de mim que me faz querer viver todo os dias?


A Plebeia CoroadaOnde histórias criam vida. Descubra agora