A Plebeia Coroada

⚜ Capítulo 29 ⚜

Anabella Campbell, narrando.

"Os dias se passam e você começa a perceber que não é a mesma pessoa de antes".
Anabella Campbell,
A plebeia coroada.

Lembra do Piter? Ele sabia esperar e compreendia a minha decisão. Mas a forma de amar do príncipe Lucas é totalmente diferente. Ele realmente me surpreende com seus atos. Simplesmente ele mudou sua vida, renegou a coroa, desapareceu comigo, saiu do seu mundo, tudo para ficar comigo. Esta foi a minha segunda forma de conhecer o amor.

Eu tentei lutar contra este sentimento! Não sei quando ou como ele me fez mudar minha visão sobre ele, fazendo acreditar que o amor verdadeiro existe.

Sim, sou fraca. Eu deveria pensar em todos e em tudo o que ele fez. Mas você se lembra da liberdade que sempre quis ter? Com ele eu tenho esta liberdade. Eu posso sonhar, ser mais feliz e ansiar por uma Coralia melhor para todos.

Ele tinha razão quando me disse que eu precisava conhecê-lo de verdade. Lucas não é igual ao rei Ferdinand. Ele é amoroso, bondoso, cuida e protege. Lucas quer o melhor para o seu reino e todos ao seu redor.

Ele ainda não sabe que eu já o quero dentro do meu coração. Não tenho coragem para confessar. Ele precisa saber por conta própria. Quero saber até quando ele tentará ter o meu amor.

Depois da noite turbulenta de ontem, Lucas acordou bem cedo e foi até o palácio de Coralia disfarçado para descobrir qual era a verdadeira situação sobre o nosso desaparecimento. Fomos dado como desaparecidos, o Seja Real foi temporariamente cancelado, os larápios não mentiram quando disseram que o rei decidiu matar um plebeu por dia até que seu herdeiro fosse encontrado e as rebeliões estavam prestes a dá o golpe final no rei, segundo os murmúrios dos coralianos.

Assim que ele retornou decidiu por nós dois não voltar ao palácio de imediato. Pois havia escutado um guarda dizendo que plebeus estavam disfarçados no meio do exército do rei pronto para matá-lo assim que aparecesse. Segundo o guarda, eram familiares dos plebeus mortos revoltados com a perda de seus entes queridos.

- Por quê? - Digo irritada.

- Não posso colocar a minha vida em perigo. - Ele diz ao fechar a porta da sala.

- A sua vida? E a de todos que estão morrendo por sua culpa? - Questiono, sentada no sofá.

- Eles serão lembrados todos os dias por mim quando isso tudo acabar. Tenha certeza disso. - Suspirou.

- Não seja egoísta! - Vociferei ao me levantar.

- Eu não estou sendo egoísta! Eu estou me protegendo! Te protegendo, Ana. - Súplica com olhos para que eu possa entendê-lo.

- Não me venha com a desculpa de me proteger, Lucas. Eu nunca precisei de um homem para me defender. Se decidiu continuar aqui, a responsabilidade é toda sua. Eu não tenho nada haver com a sua decisão. Se acha que precisa me defender, acabe com essa ideia de uma vez. Precisamos voltar. - Me sento novamente.

- Eu não vou, posso ou quero me arriscar. Eu não tenho um exército do meu lado para me ajudar. Meu pai será meu inimigo quando não for mais útil para ele, alguns plebeus querem me matar por se revoltarem contra o seu rei. Eu não posso chegar no palácio apenas com você. Morreremos antes de fazermos justiça. Precisa me entender, Ana. - Ele se aproxima.