⚜ Capítulo 52 ⚜

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Príncipe Lucas Williams, narrando.

"Não acredite que já tenha visto de tudo nessa vida. Porque quando menos esperar, você se surpreenderá mais uma vez".
Príncipe Lucas Williams,
A plebeia coroada.

Acordamos antes do sol raiar para chegar no porto de Coralia a tempo de encontrar o meu primo Heitor. Pegamos o necessário e partirmos a cavalo pela floresta.

O porto estava completamente cheio. Havia comerciantes, nobres, plebeus, crianças, a mídia real e soldados circulando pelo porto. Os comerciantes vendiam as suas mercadorias a cada esquina. Alguns plebeus trabalhavam na limpeza do porto, outros na limpeza dos comércio e os demais eram servos dos nobres, ajudando com as bagagens e compras. As crianças circulavam livremente, algumas escondidas roubando mercadorias e outras acompanhadas por plebeus e nobres. A mídia real se dividia em cada canto para filmar o momento exato da saída do Heitor do navio. Os soldados estavam de prontidão na frente do local de desembarque.

Assim que o navio chegou o tumulto começou. Todos se posicionaram na frente do navio. A maioria era para ver o Heitor, alguns para ver seus familiares e outros para embarcar.

O navio tinha duas entradas. Enquanto os tripulantes saíam do lado esquerdo, os passageiros saíam pelo lado direito. Me posicionei do lado esquerdo. Eu teria que ser rápido.

Assim que os tripulantes desceram para comer ou fazer suas necessidades para voltar ao trabalho dentro do navio, eu me enfiei no meio deles e consegui entrar no navio sem ser pego. Afinal, ninguém protegeria a entrada de plebeus.

Eu sabia que o meu primo iria ser o último a sair para evitar ficar entre os outros passageiros. Então fui escondido até o seu aposento no navio.

Havia um guarda na porta e para distraí-lo, joguei algo na direção contraria e assim que ele foi verificar o motivo do barulho, eu entrei no aposento rapidamente e tranquei a porta.

- Quanta saudade. - Aproveito para encher ele de abraços.

- Você! É você, Lucas? É você mesmo? Mas você morreu. - Perguntou, surpreso e apontou uma espada para mim.

- Abaixe essa espada Heitor. Sou eu. Príncipe Lucas. Um pouco desarrumado. Mas continuo sendo um príncipe. - Aponto para espada e ele a abaixa.

- Mas como você pode estar vivo?
- Ficou surpreso e se sentou.

- Eu sobrevivi graças a uma família que me ajudou a se recuperar. Infelizmente meu pai mandou me matar. - Suspirei.

- O tio Ferdinand? Por que ele faria isso? - Balançou a cabeça inconformado com essa atitude.

- Porque eu quero salvar o reino, enquanto ele quer destruí-lo. Ele quer transformar Coralia no único reino de toda ilha. - Fico bravo ao me lembrar dele.

- Eu não posso acreditar. Ele não pode ser tão mal assim. - Ele estava mais triste do que eu podia imaginar.

- Infelizmente meu pai é um homem cheio de maldade. Se é que eu posso chamar ele de pai ainda. Com suas atitudes egoístas e frias, não sei mais como chamá-lo. Agora são raras as vezes que o chamo de pai. Porque a maioria das vezes o chamo de Ferdinand como se ele não fosse mais nada para mim. - Suspirei novamente.

- Eu sinto muito primo. Sinto muito por essa situação. Sinto mais ainda por Ferdinand ser assim. Eu não consigo acreditar. - Ele põe as mãos sobre a cabeça.

- Ou você não quer acreditar como eu fiz durante muito tempo. Até parar de mentir para mim e ver a realidade que sempre esteve estampada em meu rosto. Mas que eu fechava os olhos para não vê-la. Porque Ferdinand era o meu pai e um pai sempre é o herói e não o vilão. - Dou mais suspiros.

A Plebeia CoroadaOnde histórias criam vida. Descubra agora