⚜ Capítulo 27 ⚜

5.3K 384 458
                                    


PARTE QUATRO

Anabella Campbell, narrando.

"Há várias formas de amor".
Anabella Campbell,
A plebeia coroada.

Eu nunca poderia imaginar que o príncipe gelado seria capaz de me sequestrar depois que me deparei com ele na saída do salão prateado.

Será que ele não consegue perceber que a sua atitude causará mais ódio no coração do rei pelos plebeus?

Depois dele agir como um idiota não gastei mais minhas palavras com ele. Enquanto ele me encarava e andava pela casa suspirando.

O príncipe gelado me deixou ficar com a cama e se pôs a dormir ao meu lado no chão, mantendo a casa aquecida com as chamas da lareira.

Já era de madrugada. Mas ele sequer dormia para mim tentar fugir dali. Então, não pude mais aguentar ficar acordada e acabei pegando no sono.

- Senhorita. Acorde. - Ouvia uma voz me chamando.

- O que o senhor deseja? - Murmuro ao acordar com o seu rosto próximo ao meu.

- Coma. - Ele me traz uma bandeja com alguns pães e uma bebida de morango.

- Não estou com fome. - Rejeito, me deitando novamente.

- Precisa se alimentar para não ficar doente. - Reviro os olhos.

- Sério? O senhor se preocupa mesmo comigo? - Questionei inconformada e sem acreditar.

- Sim. Com toda certeza, senhorita Campbell. - Ele tenta sorrir. Mas ao me encarar desfaz o sorriso.

- O senhor diz que me ama e se preocupa comigo. Mas faz de tudo para provar ao contrário. - Digo, tentando me soltar daquelas amarras apertadas.

- Não é verdade. - Murmurou, pegando a bandeja da minha cama e colocando-a na estante ao lado da porta.

- Ah, não. Me sequestrar, ser autoritário comigo, me querer a qualquer custo, me manter amarrada e a lista continua. - Digo.

- Sinto muito. - Murmurou.

- Não sente nada! Não estaria me tratando assim se sentisse algo de verdade por mim. - Vociferei.

- Eu só fiz isso porque a senhorita não quis me ouvir! Eu não sou um homem ruim! - Vociferou ao me encarar bem de perto com raiva.

- Está sendo um homem ruim de novo. - Dou um sorriso sarcástico.

- Ora! - Ele se afasta, balança a cabeça e suspira.

- Quando vai me levar embora daqui? - Questionei.

- Ainda não sei. Talvez quando a senhorita acreditar que eu sou um homem bom. - Murmurou ao ficar de costas para mim.

- Como quer que eu acredite no senhor? O senhor me sequestrou, é muito possessivo, não entende o significado da palavra "não" e ainda me agride me amarrando dessa maneira. - Estava fora de cogitação amá-lo.

A Plebeia CoroadaOnde histórias criam vida. Descubra agora