⚜ Capítulo 26 ⚜

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FINAL
Príncipe Lucas Williams, narrando.

"Amor ou obsessão?"
Príncipe Lucas Williams,
A plebeia coroada.

Enlouqueci. Meu corpo está fervendo de ansiedade, de medo, de angustia. Eu estou suando frio. Cada vez mais meu suor escorre sob meu corpo. A adrenalina dentro de mim me sufoca a cada segundo. A cada espaço de tempo. A cada instante. Meu coração bate fortemente em minhas veias. Cada vez mais palpitando intensamente. Cada vez mais como um vulcão flamejante.

Meu corpo se arrepia quando meus olhos encontram seu rosto. Eu perco a fala ao sentir seu perfume que já me parece tão familiar. Meu mundo desaparece e eu renasço em seu mundo. Me modifico a cada olhar seu, a cada palavra que sai de seus lábios, apenas para ser o homem que ela tanto deseja.

É raro o sorriso em seu rosto. Uso tudo que tenho para arrancar esta divindade dela. Minha amada não sorri com o coração, mas com a dor da sua alma. Mesmo assim eu enlouqueço quando consigo ver um leve sorriso invadindo seu doce rosto.

Quando ela me disse: "eu odeio você!" Foi neste exato centímetro de tempo que eu resisti aos seus encantos e me enfureci. Anabella Campbell me faz odia-la e ama-la em explosões de segundos ao mesmo tempo.

Assim como a amo, eu a odeio. Apenas pelo fato de resistir aos meus encantos e as minhas juras de amor.

Minha amada é tão indiferente a mim! Isto me enlouquece! Eu delírio de raiva, decepção e solidão.

Depois de um dia cheio eu não queria aparecer no anunciamento da vencedora mesmo se ela fosse a Anabella. Até porque não seria eu que entregaria a recompensa para ela. Mas meu pai me obrigou a descer.

Sou tão submisso a ele quanto seus súditos. Não consigo enfrentá-lo de nenhuma maneira. Prefiro guarda minha raiva dentro de mim do que me explodir sob ele.

Quando meu pai me disse: "a água não se mistura com o óleo assim como você não irá se misturar com uma plebeia". Me soa menos pior do que ele me dizer: "Se você não se afastar dela, eu a matarei". Este é o único momento... O único momento que perco o rumo e consigo enfrentá-lo...

Eu escuto muitas palmas, com certeza a vencedora da primeira etapa estava falando. Será que é a Anabella? Se for eu quero parabenizá-la. Mas e se não for ela? Eu terei que consolá-la. Mesmo sendo impossível. Anabella Campbell jamais ousaria querer minhas carícias e meus consolos.

Corro rapidamente até o salão prateado. Quando tento entrar na porta do salão ela repentinamente aparece. Era ela. Minha doce amada, Ana. Sempre ela. Sempre presente. Sempre que eu preciso lá está ela. Sempre Anabella Campbell.

- Senhorita Anabella. - Dou um largo sorriso. - Mesmo não querendo o meu amor, seu coração é arrancado do seu corpo para encontrar com o meu. Por que não deixa eu te amar? Me deixa te amar, senhorita! - Me aproximo dela e para se desviar de mim, ela dá passos para trás até chegar a parede. - Eu posso não ser o homem que a senhorita tanto deseja. Mas posso me transformar em quem desejar. - Ela me olha de cima a baixo.

- Por favor, príncipe! Pare! - Gritou, me empurrando. Que coragem! Outros jamais ousaram me tocar. - Eu não preciso que mude por mim. - Por que ela insiste em me ferir profundamente?

- Não irá fugir de mim de novo! - Gritei, segurando seu braço quando percebo que ela iria correr.

- Me solte! Me solte, príncipe Lucas! Ou eu terei que gritar! A mídia real ainda está aqui dentro! Eu causarei um escândalo e o senhor ficará responsável por me perseguir! - Gritou. - Socorro... - Antes que ela pudesse terminar de falar eu tampo a sua boca.

- A senhorita me permiti te raptar? - Digo, em seus ouvidos.

Eu seguro seus braços, tampo sua boca e faço ela me acompanhar. Caminhamos muito rápido para fora do palácio. Eu levo ela para o celeiro e visto um capuz nela, amarro suas mãos e tampo sua boca. Sou tão perverso!

Me tornei assim por causa dela! Por causa de Anabella Campbell. Se eu não posso ter o amor dela no Seja Real, no palácio, na minha realidade será que poderei ter o seu amor fora daqui? Vou descobrir agora.

Eu coloco minha donzela em cima de Solitário, puxo a rédia e calvagamos velozmente para o meio da floresta.

Eu havia sequestrado Anabella e fugido das outras convocadas. Entre uma hora com cada princesa e ficar com Anabella, eu prefiro permanecer cada segundo com o meu amor.

- Como ousa me tirar do palácio e me trazer para o meio da floresta, príncipe gelado? O senhor acaba de me tirar do Seja Real! Tem noção do que fez? Claro, que não! O senhor não é capaz de entender a importância da minha presença no Seja Real! Milhões de plebeus, seus súditos, estavam contando comigo! Minha família contava comigo! Por que o senhor não me compreende? Se me ama tanto como diz, me escolha como rainha de uma vez e acabe com esse joguinho de perseguição! - Neste momento uma lágrima escorre do seu rosto. Não imaginava escutar tudo isso da minha amada. Ela sempre me surpreende.

- Não! Não chore! Eu não posso suportar suas lágrimas. Não me puna desta maneira, minha amada. Eu preciso sentir você perto de mim. - Digo soltando-a.

- Eu não aguento mais tudo que eu estou vivendo! Eu não aguento mais o senhor me perseguindo como se eu fosse sua caça! - Finalmente ela havia retirado a superioridade dos seus olhos. Eu estava certo de que ela precisava ser amada, cuidada e parada para amar ela acima dos outros.

- Eu queria te ajudar minha vida. Me deixe acabar com o seu sofrimento. Me deixa cuidar de você. - Me sinto a vontade para tocar em seu rosto.

- Eu não preciso dos seus cuidados! - Gritou.

- Por que me trata tão friamente? Eu não consigo te entender. Outras damas morreriam apenas para ficar ao meu lado. Mas você... Você é diferente delas. - Esta foi a primeira vez que meus olhos se encheram de lágrimas na frente de uma mulher.

- Porque eu nunca desprezei um homem como eu te desprezo! - Sua arrogância era fatal em meu coração.

- Melhor entrarmos. Não pretendo te salvar dos animais da floresta. - Pego em seu braço, trazendo ela para dentro de uma casa abandonada que havia descoberto em uma de minhas caçadas.

- O que o senhor pensa que irá fazer comigo? Pretende me manter prisioneira aqui? - Perguntou.

- Ainda não decidi. Se a senhorita se comportar, eu prometo de dar o que comer, beber e talvez deixe a senhorita ir embora algum dia.


A Plebeia CoroadaOnde histórias criam vida. Descubra agora