⚜ Capítulo 16 ⚜

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"Tente acreditar que as pessoas podem mudar".

Príncipe Lucas Williams,
A plebeia coroada.

Momentos depois, cerca de duas horas, eu estava na frente de um riacho. No caminho para lá, quando o perigo havia passado, o guarda Antony que estava comigo dentro da carruagem me acordou. Ele me informou que eu precisava tomar um banho e vestir um smoking, pois, assim que chegassemos ao palácio eu iria para uma reunião. Não me atrevi a perguntar qual era o assunto da reunião. Até porque ele não me diria. Conheço os homens do meu pai, nunca o traíram. Tomei um banho dentro do riacho, me vesti e fiquei apresentável. Partimos minutos depois.

- Lucas Williams! - Escuto a voz do meu pai gritando o meu nome, antes mesmo dele abrir a porta da carruagem.

- Eu estou acordado. Não preciso que grite comigo. - Murmuro. Olho ao redor e sinto um grande alívio invadindo meu peito. Eu estava no meu reino, depois de horas na estrada.

- Me siga. - Aceno com a cabeça, condizendo com ele. Saiu da carruagem e o sigo para dentro do palácio ou para onde fossemos.

Vejo os guardas se dispersando pelo palácio. Uns para direita, outros para esquerda e alguns continuaram a seguir os nossos passos. Os que ficaram eram os meus guardas-costas. Esta era também uma das partes que eu mais odiava. Ser vigiado o tempo todo. E meu pai ainda insisti em dizer que é para minha proteção.

Subimos as escadas da entrada do palácio e dona Demi abre a porta para nós com o sorriso no rosto para mim e mais séria para meu pai e seus guardas.

Ela sempre me diz que me ama mais do que qualquer outra pessoa no mundo. Pelo fato de que ela foi a única que cuidou de mim quando mamãe... O que mais me impressiona é a habilidade dela de abrir a porta. Automaticamente, quando chegamos próximo da porta, ela já foi aberta por dona Demi.

Subimos mais algumas escadas até chegar a sala do trono real. Eu sabia que estava acontecendo uma reunião entre meus pais e a côrte de Coralia, quando vi as carruagens do lado de fora do palácio.

A porta é aberta e todos sentamos na mesa real de reunião. Uma mesa oval de oito cadeira na direita e esquerda e mais uma em cada ponta. Eu me sento no mesmo lugar de sempre ao lado direito de meu pai, que senta na ponta de cima. Observo uns murmúrios antes da reunião começar, tentava escutar as palavras deles. Mas eles sabiam ser discretos.

- Companheiros da côrte coraliana. - Meu pai sempre começava seus discursos assim. Companheiros da côrte, companheiros da padaria, companheiros de Coralia. - Começaremos com a nossa reunião semanal. - Se sentou e em seguida todos nós se sentamos também.

- Mais uma vez a rebelião foi derrotada. Acabo de saber que vencemos a guerra. - Disse o comandante Petrônio, empolgado. Ele se sentava ao lado esquerdo, na primeira cadeira. Assim como eu, ele estava ao lado de meu pai.

Mas como ele chegou aqui tão rápido? Será que ele cumpriu com a sua palavra e trouxe o Dimitri de volta?

- O meu setor anda dentro do prazo do nosso cronograma real. Nossas plantações estão a todo o vapor. Passaremos mais um ano fartos. - Sorriu. O senhor Hélder estava ao meu lado. Ele era responsável por toda a colheita de frutos, verduras e legumes.

- A alimentação de vossa alteza estará melhor este ano com os novos temperos preparados especialmente para servi o senhor. Estamos desenvolvendo temperos novos. Isso gerará futuramente muitos Williams. - Era o senhor Scotty que falava, ele cuidada de todos os tipos de temperos em Coralia. Ele se sentava do lado do comandante Petrônio.

A Plebeia CoroadaOnde histórias criam vida. Descubra agora