Anabella Campbell, narrando.
"Nunca brinque com os sentimentos de uma mulher".
Anabella Campbell,
A plebeia coroada.- Senhorita Anabella! - Exclamou alguém batendo na porta suavemente.
Abro os olhos bem devagar, pisco várias vezes para tentar acabar com meu sono, retiro o cobertor pesado de cima de mim, ergo meus braços para cima, me levanto, coloco meu par de sapatos, caminho até meu guarda-roupa, coloco minha capa preta, dou um nó sob o laço dela e vou em direção a porta.
- Quem está me chamando? - Perguntei.
- Venho em nome do príncipe Lucas. Ele... - Antes que ele pudesse continuar a falar...
- O príncipe Lucas? Aconteceu algo com ele? Ele está bem? - Naquele momento meu sono desaparece completamente.
- Abra a porta para mim para podermos conversar melhor. - Disse aquela voz de homem do lado de fora do meu aposento.
- Não posso. São as ordens de meus superiores. Não devo nunca desobedecê-los. - Eu estava era como medo de saber quem estava a me esperar do lado fora.
- Os guardas estão a caminho. Se eles me pegarem aqui eu, a senhorita e o príncipe Lucas nos daremos mal. Ele me contou sobre o romance de vocês dois. Ande, senhorita. Não poderei ficar aqui por muito tempo. - Ele murmurava as vezes subindo o tom da voz.
- O príncipe e eu não temos nenhum romance. Vai embora ou eu começarei a gritar muito, mais muito alto. - Digo, segurando com firmeza a maçaneta da porta.
- Direi ao príncipe que a senhorita se recusou a me ouvir e ver ele. Com licença. Desculpe pelo transtorno. - Sinto seus passos se afastando.
Pensava em rodar a chave no buraco da fechadura e abrir a porta. Mas ao mesmo tempo eu estava em dúvida. Havia algo dentro de mim que me deixava com uma angustia no peito. Até finalmente criar coragem e me afastar da porta, andando de costa para trás. Comecei a andar de um lado para o outro, pensando no que era certo fazer.
Então parei, olhei para porta, corri e rodei a chave na fechadura.- O senhor! - Levo um susto, quando abro a porta e percebo quem estava na frente dela a minha espera.
Corro para dentro do meu aposento. A visto uma tesoura próxima a alguns tecidos em cima da minha cômoda. Mas antes que eu pudesse alcança-lá, sinto aqueles braços me segurando com muita força.
Tento me soltar de suas mãos, me remexendo. Até que sobre o meu rosto é colocado um pano molhado em meu nariz. Sinto um cheiro muito forte. A minha respiração fica mais lenta. Meu corpo perde toda as forças e eu acabo por desmaiar nos braços dele.
Enquanto estava desmaiada sonhava com o sorriso do meu príncipe gelado. Ele estava de terno, engravatado, sapatos vernizados e com a sua coroa. Lucas sorria diante de todos os presentes dentro da catedral real. Ele havia aperto o nosso casamento para todos os coralianos. Os plebeus assistiam a tudo do lado de fora, enquanto os mais próximos de mim e ele presenciaram do lado de dentro da catedral assim como todos os nobres.
A igreja estava perfumada com o cheiro das minhas rosas preferidas. Rosas brancas invadiam cada espaço daquele ambiente, dando serenidade aos tecidos dourados e o tapete vermelho por onde passava era de um veludo radiante.
Eu estava com um véu longo e transparente, meu vestido era branco e totalmente rendado, modelando todo o meu corpo. Meus cabelos estavam presos com um coque e a coroa brilhava constantemente pelo efeito dos reflexos das luzes do local.
VOCÊ ESTÁ LENDO
A Plebeia Coroada
Teen FictionSinopse: Quando Anabella descobre que sua irmã está em perigo, percebe que a única chance de salvá-la é se transformar em uma dama e se casar com o príncipe. O que será que o destino reservou para uma plebeia? Aviso: e você estiver lendo essa histór...