A Plebeia Coroada

⚜ Capítulo 54 ⚜

Anabella Campbell, narrando.

"Você ama alguém? Então confesse antes que seja tarde".
Anabella Campbell,
A plebeia coroada.

- Eu te amo, Anabella. - Disse, acariciando o meu corpo. O dia já havia raiado. Estávamos em meu aposento.completamente despidos. Eu sentia o calor do seu corpo próximo ao meu. Era só eu e Lucas como sempre sonhei.

- Eu também, Lucas. Agora serei sua por toda a minha vida. - Dou um beijo nele. Isso acabou de se tornar uma coisa comum de mim para ele.

- Ele sorriu. Mas do nada ficou aflito. - Esta não, Ana! Eu me esqueci completamente. - Exclamou, saltando da cama. Corei quando o vi.

- O quê está acontecendo, Lucas? Do que se esqueceu? - Ele me surpreende e me assusta, fazendo eu dar um leve pulo.

- Do meu plano com a rebelião para acabar com o Ferdinand. Precisamos ir agora. A guerra vai começar por eu não fazer o que era para ser feito. Só precisava ficar longe de você. Droga! - Concluiu.

Fiquei minutos travada na cama, sem me mover, raciocinando as palavras do Lucas. "A guerra vai começar". Como assim? Como a guerra já vai começar? O que foi que ele não me contou?

Ele joga meu vestido na cama e diz... - Ana. Precisamos sair daqui. Meu plano foi interrompido. Minha tarefa era tirar todos daqui, droga! - Se irritou. - A rebelião não terá mais confiança em mim. Eu não deveria ter seguido o meu coração. Não deveria ter me aproximado de você. - Concluiu.

- Como assim não deveria ter seguido o seu coração, Lucas? Não deveria ter se aproximado de mim? De mim Lucas? Está querendo me dizer que preferia ter me deixado de luto por mais tempo? - Me levantei, colocando uma roupa mais leve.

- Sim. Eu precisava tirar você, a Sofia, a dona Luiza, o Dimitri e todos os plebeus daqui. Eu tinha que deixar todos em segurança. Para a guerra começar sem machucar nenhum inocente. Agora é tarde. A guerra está preste a começar a poucos minutos e todos ainda estão aqui. A rebelião vai atacar sem piedade. Porque eu não fiz o combinado. Eles devem achar que algo aconteceu comigo. Como fui irresponsável! Deixei me levar pelos meus sentimentos! - Ele se senta na cama e eu já estava vestida com uma calça e uma blusa. Roupas de quando monto a cavalo.

- Está querendo me dizer que se arrependeu de me amar? É isso mesmo que eu estou entendendo, Lucas? - Perguntei sem acreditar no que ele está dizendo.

- Sim. - O que! Ele não disse isso! - Eu precisava defender a você e aos outros. Se algo acontecer com eles ou com você não irei me perdoar. - Concluiu.

- Retire-se do meu aposento agora. - Digo ao abrir a porta.

- Não temos tempo, Ana! Não escutou o que eu disse? A guerra já começou! - Gritou.

- Há momentos atrás você disse que me amava e agora grita comigo. Disse que queria me amar e agora se arrependeu. Você consegue ferir e quebrar o meu coração ao mesmo, sem perceber que está fazendo. Eu não quero ter que olhar para você. Por favor, me deixe sozinha. - Digo.

- Não me julgue pelo meu comportamento e tente se colocar em meu lugar. Há coisas maiores que ainda estão acima do nosso amor. Você mesma sabe bem disso, não é? - Perguntou.

- O que está querendo dizer, Lucas? - Sem ao menos responder, indaguei.

- Quantas vezes você colocou o nosso amor acima da sua família. - Disse.

- Não ouse em falar da minha família. Elas não fazem parte dessa discussão. - Me irrito.

- Quantas vezes para defender a todos, você não me dava ouvidos e fazia o que queria. Só não quero que me julgue. Porque eu estou fazendo a mesma coisa que você já fez. - Ele não queria dizer isso a mim, tenho certeza. Me machucar desse jeito.