Príncipe Lucas Williams, narrando.
"Eu luto pelo o que quero".
Príncipe Lucas Williams,
A plebeia coroada.- Não podemos conversar aqui no salão de dança. Vamos para a biblioteca como meu pai ordenou. - Concluí assim que percebi que todos já haviam saído do salão.
- Eu não posso. - Ela me olha com medo.
- Eu não quero roubar a sua liberdade, senhorita Anabella. Só estou fazendo de tudo para te provar que eu não sou igual ao meu pai. Por favor, venha comigo. - Eu estendo a minha mão para ela.
- Se prepare para as perguntas dos jornalistas. Você acaba de se tornar a queridinha de todos. - A senhorita Sofia diz para ela. - Você deve ir. Não entendeu o que o príncipe acabou de fazer apenas para poder conversar com você? A vossa alteza refez as regras do Seja Real, Anabella. Dê uma chance ao príncipe. - Ela implora quase obrigando a senhorita Anabella a ceder uma chance para mim.
- Não é para isso que eu estou aqui, Sofia? Para conquistar o coração do príncipe e me tornar rainha. - Falava com sarcasmo.
- Você está aqui por qualquer coisa. Menos por mim. Eu sei. - Digo a ela que se surpreende.
- Exatamente. Vamos facilitar tudo. Acabe com o Seja Real através das leis do código secreto, me torne a sua rainha e vamos comandar Coralia juntos. Mas sem nenhum afeto amoroso. - Seus olhos brilham de tanta empolgação.
- Pombinhos! Vão para biblioteca agora e vida longa aos futuros rei e rainha de Coralia! - Sofia segura nossos braços, nos puxando para fora do salão de dança.
- Eu não entendo o senhor. - Murmurava sem parar, durante o caminho para biblioteca.
- Por quê? - Questionei, tentando fazer seu olhar alcançar os meus.
- Não entendo como o senhor não fez nada pelo seu povo. Ainda mais conhecendo tão bem as nossas leis e tendo o poder em suas mãos. - Ela andava rápido a minha frente e eu tentava alcança-lá.
- Eu nunca tive coragem de enfrentar o meu pai, senhorita Anabella. Eu sou refém dele tanto ou mais que os meus súditos. Precisa acreditar em mim. - Supliquei ao alcança-lá.
- Se você é refém do rei, o que te vez ter coragem para enfrentá-lo momentos atrás? - Ela para de andar e cruza os braços, esperando uma resposta.
- Quando a senhorita agiu sem medo diante de todos na sua apresentação, algo dentro de mim mudou em relação ao meu pai. Eu me inspirei na sua coragem. - Digo com toda sinceridade.
- Ah, claro. Isto foi antes ou depois que se apaixonou por mim? - Era inútil. Mas eu não iria desistir dela.
- Antes. Quando te vi aflita sem consegui falar. Eu quis ser o guardião do seu coração naquele momento. Isso é amor, senhorita. - Seguro suas mãos.
- Amor? O que um príncipe gelado, que sumiu e fingiu que nada aconteceu, entenderia sobre amor, senhor príncipe gelado? - Ela se solta de mim e volta a caminhar em minha frente.
- Para mim o amor é lutar e dar a sua vida pela pessoa amada. E o que a senhorita sabe sobre o amor? - Disse de uma vez após os guardas abrirem a porta da biblioteca para entrarmos.
- O amor não precisa estar relacionado a um homem ou mulher, príncipe. O amor está nas nossas atitudes ao proteger, cuidar e defender. Está presente na caridade, no perdão, no ouvir, no falar. O amor é sentir medo de nunca mais poder encontrar a paz dentro de um universo coberto por maldade. - Ela se senta em uma das poltronas e suspira profundamente.
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A Plebeia Coroada
Teen FictionSinopse: Quando Anabella descobre que sua irmã está em perigo, percebe que a única chance de salvá-la é se transformar em uma dama e se casar com o príncipe. O que será que o destino reservou para uma plebeia? Aviso: e você estiver lendo essa histór...