⚜ Capítulo 56 ⚜

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Anabella Campbell, narrando.

"E se você nunca mais fosse ver quem ama? O que faria e como reagiria?"
Anabella Campbell,
A plebeia coroada .

Há pouco tempo atrás, sonhei com uma vida diferente da minha realidade atual. No meu sonho não havia dor, sofrimento, morte, angústia, tristeza e solidão.

Havia felicidade, amor e paz. Só acho que alguns sonhos deveriam se tornar realidade. Sim. Realidade. Poderia ficar anos naquele sonho, sem me importar com a vida fora dele. Estaria bem. Estaria feliz. Estaria amando.

- Por favor, não chore mais. Eu não consigo te ver assim. Tão triste. Isso me magoa muito. Mais do que você possa imaginar. - Mas ele não parava. Continuava com grandes soluços de tanto chorar. - Olhe para mim. - Me ajoelho de frente para ele. - Eu sempre estarei com você. Estaremos juntos para toda eternidade. Você pode confiar em mim? Eu nunca deixarei o rei Ferdinand nos matar. Isto é uma promessa. - Seguro seu rosto, olho para o fundo do seus olhos e o abraço.

- Eu não quero viver mais. Não sem meu irmão, sem meu amigo, Ana. Sem o Dimitri. - Todas as vezes que ele dizia o nome de Dimitri, meu coração doía. Lembrava dele na minha frente e eu... Sem poder fazer nada para ajudá-lo.

- Eu sei. Eu também sinto falta dele. Muita falta. Mas temos que ser fortes. Precisamos sair daqui, Lucas. Dimitri merece isso. Merece a nossa vitória. Temos que matar o rei Ferdinand! - Digo.

Depois do rei me levar para longe de Dimitri, fomos se esconder no celeiro. Mas antes pude ver um guarda vindo em nossa direção. O rei começou a me puxar para andar mais rápido e antes do guarda conseguir nos alcançar a rainha apareceu. Os dois começaram lutar sem cessar. O que me deixou mais aliviada, pois, Dimitri poderia ter mais uma chance de se salvar. Era o que eu pensava.

No celeiro havia uma pequena porta no chão, coberta por feno.  Embaixo da porta tinha uma passagem secreta para um túnel que saía em uma sala.

O rei me trancou em uma cela e depois conseguiu capturar o Lucas com um golpe em sua cabeça. Agora estamos aqui desde a guerra de ontem, vendo o Ferdinand se embriagar.

Ele nos trouxe algumas taças de vinho para comemorar, dizendo que havia descoberto que Dimitri não sobreviveu e que todos já haviam dados nós como mortos. O palácio estava sendo reconstruído, meu avô comandava o trono novamente e os demais reinos ajudavam na reconstrução.

Ferdinand disse que eles estavam fazendo tudo corretamente para quando ele retornasse, teria apenas que matar o meu avô de uma fez por todas.

- Ele nos prendeu dentro dessa cela já faz uma noite. Como sairemos daqui? Estamos trancados, Ana. Ele é perigoso. É capaz de tudo. - Disse.

- Eu observo a cela. Tento encontrar algo que possa fazer nós sairmos dali.
Até que tenho uma ideia. - Eu sei como podemos sair daqui. Pode ser arriscado. Mas também pode dar certo. Você precisa se concentrar e só pensar em nossa vingança contra o Ferdinand. - Ele me olha espantado.

- Eu não vou deixar você se arriscar. Eu não quero te perder também, Ana. Eu não irei aguentar. - Ele me abraça. Eu sabia o que ele estava sentindo. Conseguia ver no seu olhar. Era o mesmo medo que eu tenho ao pensar em perder a Lúcia.

- Você não irá me perder. Eu prometo. Não vou deixar ninguém, muito menos um rei, destruir a minha felicidade. - O braço com mais força.

- Eu confio em você. Não vou tentar te impedir. Qual é o seu plano, Ana? - Pergunta.

A Plebeia CoroadaOnde histórias criam vida. Descubra agora