⚜ Capítulo 58 ⚜

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Anabella Campbell, narrando.

Duas semanas depois....

"O amor vence tudo!"
Anabella Campbell,
A plebeia coroada.

Eu não tenho dúvidas disto. O meu amor pelo Lucas e o dele por mim, a minha força para salvar a minha família e a população de Coralia e toda a esperança de lutar pelos meus direitos, fizeram eu conquistar a minha felicidade.

Nessas semanas conseguimos reconstruir o reino e para comemorar fizemos um enorme banquete para todos os envolvidos na reconstrução do palácio. Finalmente tudo voltou ao normal. Os soldados voltaram para os seus reinos. Já os nossos estão fazendo a sua rotina de treinamento. Os nobres voltaram para suas casas, cuidando novamente de seus negócios. Mas agora oferecem ajuda aos mais necessitados com o projeto Paz, em minha homenagem. Os plebeus estão na província, continuam com seus afazeres. Mas agora há leis trabalhistas dignas e iguais para todos.

Sabe o melhor de tudo isso? É ver o sorriso em cada rosto, o carinho um pelo outro sem distinção de classe social e sem as temíveis olheiras roxas.

Agora eu estou aqui, vestida de noiva, no dia do meu casamento. Toda Coralia estava a minha espera. Nosso casamento será celebrado no jardim real. Decidimos fazê-lo ao ar livre para todos de Coralia e majestades dos demais reinos presenciarem. Irei comemorar com as pessoas que fizeram parte da minha história, com tudo que eu tenho direito. Ficarei mais feliz quando me deparar com o Lucas no final do tapete.

O caminho para o jardim, assim como toda decoração do casamento, está decorado pelas cores dourada e branca. O tapete por onde passarei também é branco. As cortinas do lugar são todas douradas e os enfeites são cobertos por rosas brancas. Há milhares de cadeiras brancas de ambos os lados do tapete para que todos fiquem confortável e misturados sem distinção. Ao redor do local da cerimônia estava o restante do jardim, redecorado com vários tipos de flores e plantas que harmonizavam com a decoração.

Enquanto admirava tudo pela janela do meu aposento, Sofia me chama, me tirando dos meus devaneios.

- Você está linda, Ana. - Disse Sofia, me abraçando.

Sofia passou a ser outra pessoa depois de reencontrar e se aproximar do Henrique, seu primeiro amor. Ela estava mais doce e calma. Estava feliz, se sentindo amada e em breve se casaria, deixando de ser minha dama de companhia. Ela era a Sofia que eu sabia que existia no fundo do seu coração.

- Obrigada, Sofia. - Retribui o abraço com um grande sorriso.

- Se a dona Luiza estivesse aqui, com toda certeza ela te daria um abraço bem forte e diria que você conseguiu realizar coisas que nenhuma outra plebeia conseguiu. - Aquilo me fez suspirar. Ela estava perto dos portões quando arremessaram a primeira bomba. Dona Luiza havia morrido na guerra contra o Ferdinand, deixando seu esposo que morreu dias depois de tanta tristeza.

- Sim. Eu tenho certeza disso. - Concluo.

- As vezes eu me sinto culpada por ter deixado ela sair do meu aposento para comprar mais tecidos para fazer o seu vestido. - Ela deixa uma lágrima cair.

- Dona Luiza sempre foi determinada e boa. Foi uma fatalidade do seu destino. Não se sinta assim. Você não tinha como saber que uma bomba explodiria naquele momento. - Pego um lenço em cima da minha cômoda e estendo um lenço para ela.

- Obrigada. - Suspira e seca suas lágrimas. - Mas chega de falar de coisas ruins. Hoje é seu dia. Você vai se casar, Ana! - Enguli a seco e dou um largo sorriso.

A Plebeia CoroadaOnde histórias criam vida. Descubra agora