Depois de limpar a baba e virar pra janela como se eu não tivesse ficado meio milênio analisando aquele rostinho perfeito, finalmente chegamos na minha casa.
-Maninho vem, vou te colocar pra mimi na sua cama.- falei cutucando ele, mas o infeliz nem se mexeu.- O seu filho da puta, levanta logo dessa porra que tu já me deu trabalho demais?!
Nem comigo gritando o pivete acordou. Tô achado mesmo que ele passou dessa pra melhor. Será que vou te que levar ele pro hospital? Ah mais era só o que faltava.
-Caleb aquela ali não é a Gigi?- usei minha tática secreta e ele reagiu.
-Vadia do cacete, eu quero que ela volte pra Nárnia.- ainda ta com essa história de Nárnia, eu mereço.
-Ta, ela ta indo. Agora vamos subir as escadas com calma. Me ajuda aqui Bryan.- o Bryan segurou ele por um lado e eu pelo outro, tentando a todo custo não acorda meus pais.
Até o sexto degrau tava tudo bem, mais ai o lindo se invento de dizer que era astronauta e que tava na lua, ai se soltou da gente e saiu pulado os degraus só que quando chegou no décimo perdeu o equilíbrio e saiu rolando escada baixo e levou a gente junto.
-Ferrou acho que agora meus pais acordaram.- falei com o cu trancado de medo. Mas ai não ouvi foi nada.- Ué será que eles ficaram surdos?
Olhei confusa pro Bryan que tentava levanta o Caleb do chão, mas parece que o chão e ele se fundiram e viraram um só. Subi de mansinho e entrei no quarto dos meus pais mas tava vazio. Será que eles viajaram sem a gente?
-Trás o peso morto ae, que a barra ta limpa- gritei do topo da escada, enquanto o pãozinho subia com ele( tadin quase caia).
-O que eu faço com ele agora?
-Joga ele em qualquer lugar do quarto- falei pra ele.
-Tu não vai da um banho nele?- me olhou incrédulo.
-Vou nada, não mandei ele beber.- falo dando de ombros.
-Mas quem ofereceu bebida a ele foi você Lia.- me olhou com reprovação.
-Também não precisa jogar na cara, eu sei querido. Mas amanhã eu cuido dele, deixa ele na cama.- mesmo protestando o Bryan colocou meu irmão na cama e saiu do quarto junto comigo.- Obrigado por isso.
-De nada, é pra isso que o amigos servem.- falou pondo as mãos no bolso e me olhando com um meio sorriso.
-Ah claro amigos...- olhei pro chão. Nunca pensei que ouvir a palavra "amigos" fosse doer tanto, e o pior é que é uma dor tão sufocante que parece não passar nunca.
-O que foi ficou triste de repente?- Falou chegando perto de mim.
-Não foi nada, só pensei que nem aproveitei a festa direito e to sóbria demais... Enfim, vai voltar pra festa?
-Não, acho que vou pra casa.- falo indo em direção a porta, que eu esqueci aberta. Esse seria o momento perfeito pra algum ladrão entrar que eu nem ia me dar conta.
-Ei espera ai fora, já volto.- falei indo pra cozinha, peguei dois copos e um litro de whisky que "era" do meu pai( agora é meu).
-O que você vai aprontar?- falou quando sentei ao lado dele na calçada com a bebida.
-Nada ué, eu te falei que não estava bêbada o suficiente. Me acompanha senhor Jones?- perguntei com un sorriso sapeca.
-Claro senhora Campbell.- falou pegando o copo da minha mão. Enchi o copo dele e depois o meu.
-Um brinde a um futuro livre daquela biscate.- falei levantando o copo, ele também levantou o dele e brindou comigo gargalhando.
Depois disso conversamos sobre coisas do cotidiano e relembramos o passado. Depois do quinto copo meu e do sexto dele já estávamos um pouco bêbados.
-Bryan?- perguntei deitando na calçada pra ver se a tontura passava.
-Oi docinho?- perguntou dando mais um gole na sua bebida.
-Você já amou alguém?-falei olhando pra estrelas.
-Sim- disse olhando pro nada.
-Como você se sentiu quando estava amando?
-Eu me sentia o cara mais feliz do mundo só de estar perto dela, o sorriso dela curava qualquer dor ou tristeza que eu estivesse sentido. Era incrível o poder que ela exercia sobre mim. Quando eu olhei seu sorriso pela primeira vez eu soube que a queria ao meu lado pra sempre. Amar ela foi como uma luz no fim do túnel mas também foi minha ruína.- falou se deitando ao meu lado.
-Então era uma garota?- perguntei me virando pra encarar o rosto dele.
-Sim era, o nome dela é Amélia.
-Você ainda ama ela?- falei prendendo a respiração, porque imaginava que ele dissesse sim.
-Não mais... Não mais...- olhou um pouco pra mim e depois voltou a contemplar o céu.- Mas por que você me perguntou isso?
-Só queria ter certeza sobre meus sentimentos por uma pessoa. E sabe, uma vez me disseram que você só pode entender as palavras de um apaixonado quando se esta amando. E droga eu entendi perfeitamente como você se sente. Amar é uma droga.- praguejei fitando o rosto dele.
-Sim amar é realmente uma droga.- falou com amargura.
-E sabe o pior de tudo? É ter essa pessoa tão perto e ao mesmo tempo tão distante. Ele é como as estrelas para mim, eu sei que sempre posso vê-lo, mas nunca vou poder tocar ou estar ao lado dele.- falei fitando o olhos do Bryan.
Nossos rostos estavam tao perto que mais alguns centímetros de aproximação eu poderia o beijar. Ficamos encarando um ao outro até eu finalmente tomar coragem e beijar ele. Sim, eu o beijei. Acho que a bebida finalmente me deu coragem de fazer o que eu mais desejava fazer nesses últimos anos.
O beijo começou calmo, mas depois foi se intensificando. Até que eu percebi que tava en cima dele quase transando com ele ali mesmo na calçada, mas eu tava tão feliz que poderia dar a xena( nome da minha periquita) pra ele até no matinho que tinha perto da minha casa. Mas um latido de cachorro que ia passando infelizmente o fez voltar a si e ele me empurrou de cima dele ( aaah cachorro empata foda do caralho, tomara que alguma cadela de um fora nele, pra parar de ser cuzão com os outros).
-Lilian me desculpa, isso não poderia ter acontecido.- falou se levantando rápido. E pra não ficar um clima estranho eu tive a brilhante ideia de fingir estar desmaiada- Lia? Ai meu Deus tu desmaiou.
É parece que a ideia deu certo, vou continuar "desmaiada" até tomar coragem pra encarar ele de novo, ou seja nunca. Acho que em vez de desmaiada vou fingir de morta mesmo.
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Meu melhor amigo gay
Teen FictionImagina você se apaixonar por seu melhor amigo, clichê né? Mas de clichê essa historia não tem nada, pois da fruta que você gosta esse seu amigo chupa ate o caroço. Sim eu a azarada Lilian Campbell fui me apaixonar justo por meu amigo gay, não é nov...