Meu melhor amigo gay

Capítulo 37

Seung Point of View:

Que a Lia é o ser mais estranho do mundo todos nós já sabemos, mas ela tava escondendo alguma coisa e podem chamar de sexto sentido masculino ou não mas tava na cara que Bryan e Derek era o motivo da inquietação dela. Como namorado dela eu devia ficar preocupado e cobrar explicações, mas eu estaria sendo hipócrita já que eu também não tava sendo sincero com ela.

-Filho lindo amor da minha vida.- minha mãe cantarola assim que me ver entrando em casa e eu reviro os olhos.

-Nem vem mãe, tô sem grana. Nem adianta pedir emprestado que não tenho.- resmungo me jogando no sofá.

-Como você é mau com sua mãe, o povo de fora que vê você falando assim vai achar que é verdade.- ela fala fazendo bico emburrada e para na minha frente.-Certo que as vezes pego seu dinheiro, mas é que no sex shop da minha amiga vende umas calcinhas fios dentais tão sexy que seu pai...

-Mãe pelo amor de Deus não fala mais sobre isso. A senhora já me traumatizou demais nessa vida, guarda um pouco pra reencarnação.- fiz careta tentando parar de imaginar as malditas calcinhas fios dentais.

-Senhora é a sua vovozinha, eu sou nova. Jovem até demais pra ser mãe de um cavalo velho como você, mal educado. Sua mãe não te deu educação não? Ah espera... Sua mãe sou eu.- minha mãe é um ser meio... Muito brisado.

Nunca tive uma família normal, minha primeira palavra foi "pinto" e posso garantir que não era os pintos filhotes de galinhas não. Dormi nessa casa quando meu pai não ta viajando é quase impossível, parece que moro em uma casa onde gravam pornô. Agora todos já sabem o porque sou tão traumatizado assim, no meu aniversário de treze anos ganhei dela um exemplar do kama sultra( com sugestões das melhores posições e tudo) junto com uma verdadeira coleção de camisinhas e uma aula gratuita com minha mãe de como se colocar uma camisinha no pinto( pelo menos ela usou uma banana e não o pinto do meu pai, ou a terapia teria que ser substituída pra tratamento de choque).

-Fala logo o que VOCÊ quer?- deixei bem explícito o "você" pra não ouvir mais um discurso de como ela é jovem, bonita e poderosa. Parando pra pensar minha mãe é quase uma winx, se é que existe alguns fada do sexo.

-Você é mau Seung.- ela fez bico magoada mas depois me olha com curiosidade.- Mas conta como ela reagiu? Ela ficou triste? Chorou? Arrancou tuas bolas? Ela te deu um soco? Te ameaçou com uma peixeira?

Dona Sora sempre desejando o melhor pro filho, que lindo. Bufo me sentando no sofá e bagunço meus cabelos.

-Iiih... Não contou pra ela né?- ela nega com a cabeça se sentando ao meu lado.-Você devia contar logo, afinal só tem mais dois meses aqui.

-Eu sei, eu sei... Mas eu não consegui.- suspirei frustrado.-Falar isso pra ela vai parti seu coração e a última coisa que quero é ver aquela coisinha briguenta, barraqueira e louca triste.

-Sabe como isso se chama? Amor.- minha mãe ri me abraçando de lado.-Parece que alguém conseguiu derreter o coraçãozinho de gelo do meu bebê. Já tava na hora né?

-É, parece que sim... Amor é uma droga.- murmuro baixo a abraçando apertado.

Depois disso minha mãe teve que ir trabalhar e eu fiquei sozinho olhando pro teto do meu quarto fazendo a única coisa que podia : Fumar. Não que eu goste de ter um possível câncer de pulmão, mas aquilo era de certa forma relaxante. Meu anti estresse era o cigarro, que coisa mais clichê e olha que uma das coisas que mais odeio é clichê. Resmungo milhares de palavrões quando meu isqueiro caí em baixo da cama e estico meus braços pra tentar o pegar sem ter que me levantar.