Capítulo 25

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Estávamos presos em um lugar que me lembrava ao inferno ( e olhe que eu nunca nem fui pro inferno) mas o melhor de tudo, a cerejinha do bolo era estarmos sendo assaltados dentro do depósito da escola. Quem porra assalta um depósito velho escolar ou melhor, o grande X da questão: COMO PORRA ENTRARAM AQUI CARALHO?

-Moço pode levar tudo, celular, relógio...SÓ NÃO ME MATA PELO AMOR DE DEUS.- Bryan fica de joelho implorando ao homem armado.

-Celular? Relógio? Ta achando a gente com cara de Zé droguinha brasileiro meu querido? A gente quer grana, talões de cheque, um carro, cartões de crédito.- o ruivo fala meio indignado e até um pouco ofendido. Poxa, ladrões brasileiros não tão passando credibilidade nenhuma nem pros colegas gringos de profissão.

-Eu tenho um iPhone, lançamento novo. O original comprando com meu suado dinheirinho dos corres.- o altão praticamente esfrega na nossa cara o iPhone novinho dele.

-Ei? Tem não uma vaguinha pra mim nos esquemas? Tenho que passar um mês agradando meus pais pra ganhar as coisas e cês tem um celular mo da hora. Porra, gostei.- boto a mão no queixo pensativa.- Ideia tentadora, assim eu nunca mais vinha pro inferno chamado escola.

-Você ta doida de vez Lilian? Os caras tão com uma arma apontada pra gente e tu quer virar bandido também? Tu ta maluca mulher?- o Seung me olha com os olhos arregalados e olha pros bandidos levantando a mão em forma de rendição.- Assim com todo respeito, não é querendo desmerecer a profissão de vocês, longe de mim tal coisa.

-Ah, fica suave ai olho puxado. De boas, tamo junto mano.- o ruivinho fala fazendo um sinal de "tá tudo tranquilo, sou da paz irmão".

-Olha garota, estudar é o melhor que tu faz. Sei que escola é chata e... Pensando bem, se tu me pagar uns mil dólares eu boto fogo na escola pra ti de boinhas.- o altão falou dando de ombros e o ruivinho o repreendeu com o olhar.

-Hum... Ideia tentadora. Negócio fechado se colocar fogo nela com as putas dentro. Principalmente a tal da Belle.- sorri de um jeito maldoso.

-Lilian! Isso é sério, fica quieta pelo amor de Deus.- o pãozinho me repreende e eu fecho o bico me levantando e batendo a poeira da bunda.

-Certo, certo... Mas me diz ai, como vocês entraram aqui?- Seung perguntou curioso.

-Ah, foi fácil. Tem uma portinha no fundo escondida atrás de um armário, foi fácil abrir ela. A gente tava passando por aqui viu como um alvo fácil e PIMBA...  Entramos.- o parente do Ed. Sheeran falou gritando o "Pimba", não entendi essa parte mas... Legal.

-MENTIRA QUE POR TODO ESSE TEMPO EU PODIA TA EM CASA DORMINDO. PORRA LILIAN COMO TU NÃO SABIA DISSO CARALHO?-Seung grita com sangue nos olhos.

-NÃO GRITA COM O BEBÊ.- grito fazendo biquinho choroso e abraçando o Bryan. Tava tirando casquinha dele mesmo.

-Fica sussa ai japa. Então a gente ta atrasado pro próximo corre, pode por gentileza entregar o que queremos?- o gigante fala apontando novamente a arma pra gente. Poxa mano, achei que a gente tava tendo uma conexão e tinha virado amigos... Nossa.

-Ah moço, o senhor então ta lascado. Não tenho nem o dinheiro do ônibus aqui comigo. O negócio era o seguinte era pra esse horário eu estar tendo meu nono orgasmo enquanto trepava com meu namorado.- aponto pro Seung. Era uma mentira que tinha uma meia verdade.- Mas ai deu um treco no meu... no meu Bryan, então eu e o cuzão do coreano trouxemos ele pra cá. Só que ai fecharam a porta de chave com a gente dentro e nem celular tem pra ligar pra alguém tirar a gente do inferno. Ou seja, estamos todos fudidamente fudidos.

Sorri sem mostrar os dentes fazendo joinha com as mãos. O parente do Edzinho botou a mão no queixo pensativo e o olhamos confusos quando ele gritou "Aaaah tendi".

Meu melhor amigo gayOnde histórias criam vida. Descubra agora