Eu tava sentindo umas mil flechas atravessarem meu peito só de olhar minha TV novinha coberta de água, meu querido sofá maravilhoso que quase tive que dar o brioco pra poder pagar além de encharcado estava com um rombo maior que o do Liam. Jesus Cristo, me dá sabedoria porque se der força baixo o espírito do Hulk em mim e eu destruo tudo.
-ALEC!-grito novamente entrando naquela casa alagada, por que raios aquela vizinha fofoqueira não me avisou disso? Quando é sobre a Vivi e meu irmão ficarem de saliências no elevador ela sempre me avisa, agora se for algo útil a velha da uma de esquecida.
-Me chamou?- olho pro garotinho que sorri como se nada tivesse acontecido parado em minha frente, eu vou comprar óleo de peroba pra passar nessa cara de pau.
-O senhor pode fazer o favor de me explicar o que raios aconteceu com meu apartamento?- pergunto calmamente contato até um milhão mentalmente pra não surtar. Olhei de relance pra cozinha e corredores constatando que a piscina era apenas na sala.
-Não sei de nada.- ele sorri fazendo carinha angelical. Eu até acreditaria se não soubesse que até satanás um dia também foi anjo, nesse mato tem coelho que eu sei.
-Alec...- o repreendi cerrando meus olhos em direção a ele. Eu sentia minha cabeça latejar só de lembrar dos novos boletos que terei que pagar, vida de adulto não é pra mim.
-Eu só queria brincar de índio.- Alec faz biquinho olhando pro chão.
-E o que brincar de índio tem a ver com botar fogo no meu sofá e alagar minha sala?- boto as mãos na cintura o olhando de forma repreensiva.
-Índios precisam de fogo pra fazer comida, ai eu quis fazer uma fogueira pra assar marshmallow, mas o fogo ficou grandão e tava queimando um pouquinho o sofá...- ele sorri culpado chutando pedrinhas imaginárias.-Ai eu fui buscar água né? Porque sabia que você ia ficar brava mas do nada começou a chover do teto.
Deu de ombros apontando pro teto e eu franzi o cenho olhando na direção apontada, bati na minha testa choramingando ao perceber que ele se referia aos detectores de fumaça. Eu não sabia se ligava pra companhia do seguro anti incêndio agradecendo pelo sensor potente até demais ou chorava em posição fetal pensando em todo dinheiro que eu iria gastar pra repor os móveis, com toda certeza dessa vez vou ter que vender meu corpo saliente e sensual pra pagar os boletos.
Esfreguei meu rosto com força tentando ao máximo não gritar de raiva, Deus me livre receber outra multa do síndico por barulhos altos. Esse prédio é muito do filho da puta, um compla contra mim com toda certeza. Acho que as urucubacas que a Belle me jogava me pegaram de jeito, vou até tomar banho de sal grosso. Suspirei derrotada e o encarei séria.
-Por que você estava sozinho aqui?- pergunto com toda calma do mundo. Viu só? Sou bem calma e racional.
-A babá teve que sair e me deixou com o tio Caleb.- disse ainda se mantendo de cabeça baixa.
-E onde o Caleb tá?- olho pros lados tentando achar o filho de uma puta gostosa (sem ofensas mãe) do meu irmão.
-Tia Vivi chegou e o tio mandou eu vir pra aqui, ele disse que queria brincar de brincadeira de adulto com ela... Que tipo de brincadeira é essa? Será que é pega-pega? - Alec fala pensativo e eu arregalei os olhos. Oh não, não creio nisso. Caminhei até a cozinha pegando uma vassoura e parei diante do Alec que me olhava confuso.
-Vai voar?- ele perguntou tombando a cabeça pro lado.
-Que moleque abusado, fala de novo que jogo seu vídeo game pela janela.- o ameço cerrando os olhos e ele solta uma risadinha travessa.-Fica aqui tá certo? Eu vou rapidinho participar dessa belíssima brincadeira... Ah, tira pelo amor de Deus o colete salva vidas do gato.
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Meu melhor amigo gay
Novela JuvenilImagina você se apaixonar por seu melhor amigo, clichê né? Mas de clichê essa historia não tem nada, pois da fruta que você gosta esse seu amigo chupa ate o caroço. Sim eu a azarada Lilian Campbell fui me apaixonar justo por meu amigo gay, não é nov...