Meu melhor amigo gay

Capítulo 12

Fiquei o caminho todo emburrada enquanto ele continuava rindo como uma hiena ( era bom que engasgasse com a saliva e fosse para no purgatório celestial).

-Finalmente chegamos... Pera que essa não é minha casa. Tu ta me sequestrando? -ele me olha assustado.

-Não, credo Lia. De onde tu tira essas idéias? - diz com um sorriso divertido.

-Sei lá... Mas se não é isso o que a gente ta fazendo no meio do nada?- pergunto olhando pela janela do carro.

-Queria só conversa com você.- deu de ombros. Ai caraí será que ele vai dizer que se sentiu seduzindo pelo meu corpinho sexy e vai querer me pegar de quatro aqui mesmo?

-Tudo bem. Tudo ótimo, só vamo.- digo saindo do carro.- Onde vamos fuder... Quer dizer conversa, isso CONVERSA. Eu falei isso conversa.

-Aqui já tá ótimo.- diz confuso e sai andando, ele se senta no capô do carro e olha pro céu.- Nessa parte da cidade da pra ver tantas estrelas... Isso é nostálgico.

-Ah é verdade. Me lembra de quando eu era criança. Vivi e eu sempre acampavamos no meu jardim junto com o Caleb, ficávamos comendo besteiras e olhando as estrelas... Eram bons tempos.- meio que me deito no capô do carro.

-Você e o Caleb sempre foram bem unidos né?

-Fazer o que se amo aquela praga?- dou de ombros sorrindo e olho pra ele.- Bryan me diz o que aflige seu pobre coraçãozinho de príncipe vitoriano?

-Não da pra esconder nada de tu né?-diz rindo e balançando a cabeça em negativo.- Conheci um cara, e meio que estamos nos "conhecendo melhor".

Juro que deu pra ouvir meu coração se partindo em pedaços, então era isso. Como fui boba pensando que poderia rolar algo entra a gente. Parabéns Lilian Campbell, acabou de ganhar o prêmio de maior trouxa do ano. Palmas pra mim, eu mereço.

-Ouviu o que eu disse?- ele me pergunta tirando dos meu pensamentos emo góticos sofredores.

-Claro, ouvi sim. Pode prosseguir, sou toda ouvidos.- digo lutando contra a vontade de me jogar na vala mais próxima.

-Só que ele mora longe... Acho que a distância é o problema.- diz suspirando.

-Ah é verdade. Distância é horrível, melhor esquecer ele. Isso esquece, tu acha coisa melhor... Falando nisso já pensou em ter algo com uma menina? Sabe tem uma bem próxima a você, que gosta tanto de tu que chega a doer...- digo olhando pro céu.

-Ahn? Como assim? Não sabia disso. Mas não tem chances de gostar de uma menina, não agora... Mas você conhece essa menina? É a Viollet?- diz me olhando.

-Não, não. Não é a Viollet.

-Quem então? Você?- pergunta me encarando. Fudeu, fudeu, fudeuuu.

-Eu? Ahn? Aah por favor. Claro que não, ta tomando guaraná Jesus é? Nossa que viagem- digo dando uma risada nervosa.

-Ué, pensei. Tu disse que gostava de um cara e agora fala sobre uma menina gostar de mim.- deu de ombros e voltou a encarar o céu.

-Não, sou eu não colega. Ta doido filho? Eu gosto de um amigo meu, que mora em... Em...- eitha porra, o que eu falo? Aaah já sei.- Ele mora na Coréia.

-Na Coréia Lilian? Onde tu conheceu um cara da Coréia? Tu sabe falar coreano onde?- olhou pra mim confuso.

-Ué meu bem, inglês é a língua universal. Conheci ele num site de relacionamentos e agora eu vou juntar dinheiro e fugir pra Coréia.- dou de ombros sorrindo. Isso, buacheca, aah moleque. Enganei o pivete de novo.