» Idiot 바보야 «

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Demitida.

Eu havia sido demitida do emprego que havia me sustentado por quase 2 anos.

Não era fácil se sentir bem perante isso, claro, era minha fonte de dinheiro roubada.

Não é normal alguém cursar medicina numa faculdade cara e não ter nenhuma renda em mãos no fim do mês.

Eu estava completamente sufocada.

— Diretor, por favor. Me dê mais uma chance! — Eu pedia.
— Senhorita Kim, entenda-me. Você não fez nada de errado, sim? Mas a empresa sofreu por mudanças presidenciais, estamos trocando de funcionários. — Disse tentando me apoiar.
— Creio que não existe apenas uma funcionária aqui. — Pensei alto. Peguei minha bolsa e joguei sobre o ombro. — O que é injusto, pois disse que estavam fazendo isso com todos. E os mais novos continuam passeando por aqui.

Eu falava da incompetência dos que haviam entrado depois de mim.

Eles não foram "mudados".

— Senhorita Kim, você é uma ótima profissional. Mas não sabemos nada de seus pais, de sua família, sua vida. Digo, não sabíamos. Hoje descobrimos que eles eram protestantes, classe média-baixa e morreram, ou seja, você não apresenta uma renda tão boa. E está sozinha.
— Está dizendo que sou pobre, sim? — Bufei.
— Senhorita Kim, sinto muito. Mas estou fazendo-lhe um favor. Se algo acontecer dentro da empresa...
— Se algo acontecer dentro da empresa, a culpa será minha porque, como não tenho dinheiro, tenho todas as razões para roubar algo aqui dentro, sim? — Sorri derrotada. Assenti, tentando afastar as lágrimas. — Está me fazendo um grande favor, claro.

O dei as costas e sai.

Eu era uma ótima funcionária, posso dizer.

Em tudo que eu fazia, aprendia rapidamente, por isso não me deixava morrer. Mas as coisas estavam difíceis, mais difíceis que antes.

Eu estava com fome, cansada e desempregada.

Eu andava de volta para casa pelas ruas da famosa GangNam.

Preferi ir a pé, assim eu poderia aproveitar para ver se nenhuma loja precisava de ajudante e, também, poder sentir o preço de uma pequena bolsa que eu não poderia pagar, talvez nunca.

Entrei em uma loja, a primeira que eu vi.

Apenas para afirmar o quanto eu estava certa sobre minha classe social ser um incômodo para pessoas que não participavam dela.

Normalmente, quando alguém entra numa loja, os vendedores logo os recepcionam para ganhar seu crédito.

Ninguém havia vindo até mim, sabiam que eu não podia pagar nada ali dentro.

Perda de tempo.

Mas ali continuei.

Sorri pela situação e parei de frente a uma vitrine de vidro onde os sapatos estavam expostos.

Muitos zeros para mim.

Decidi que iria embora, me virei rapidamente e esbarrei em alguém.

Ouvi o barulho de algo quebrando no chão. Respirei fundo e abri um olho de cada vez.

— Me desculpe! — Falei baixo.
— "Me desculpe!"? — O homem riu.

Ele não teria mais que 30 anos e estava enraivecido.

Ele parecia mais um trabalhador normal, que apenas fazia seu trabalho.

O que eu havia quebrado era o que parecia um vaso esverdeado.

Eu deveria pagar, era o lógico a se fazer. Mas eu não tinha dinheiro algum.

Nunca teria dinheiro suficiente para pagar aquilo.

— Terá que pagar! — Como previ.
— Ahjussi, sinto muito, mas não posso!
— Se vire, idiota! — Ele era rude. — Ou paga ou perco meu emprego. E eu não quero perder meu emprego. Se não tem dinheiro, deveria andar em lugares apropriados para você!
— Ya! — Falei, meus olhos marejados.

Eu não queria chorar. Mas eu estava sozinha. Eu estava perdida.

— "Ya"? — Ele bufou e logo levantou a mão.

Fechei fortemente os olhos, esperei sentir a força de sua mão contra mim, mas ela não veio.

Quando abri os olhos, um garoto estava a minha frente.

— O que pensa que está fazendo? — Ele perguntou.

O ahjussi gaguejava.

— Ela quebrou um vaso, senhor. — O ahjussi disse. O que me deixou extremamente confusa.
— Quanto era? — O garoto perguntou e rosnou. — Não importa. Hyung!

Um outro ahjussi apareceu por trás do que eu havia esbarrado.

O garoto a minha frente fez um sinal com a cabeça para seu hyung e então se virou para mim.

— Você está bem? — Ele perguntou olhando em meus olhos e segurando meu rosto.

Ele tinha olhos grandes e redondos, negros.

Seus cabelos caiam em seus olhos.

Assenti e logo ele sorriu.

— Tudo bem, vamos? — Ele disse colocando a mão em minhas costas e me levando, sem que eu pudesse recusar.

Quando já estava lá fora, pude me manifestar contra aquilo tudo.

— O que está fazendo? — Me afastei dele. — Eu nem te conheço.
— Não? — Sua expressão foi de natural para confusa e depois para tranquilizado, soltando um suspiro.
— Deveria? — Perguntei e ele negou com um balançar de cabeça.
— Pensei que gostaria de ir para casa.
— Como sabe que quero ir para casa? — Cruzei os braços.
— Não está vestida como uma típica garota de GangNam. — Ele nem ao menos olhou para minhas vestes.
— Quase pensei que não fosse um riquinho mimado. — Ri e dei alguns passos para trás. — Adeus!
— Ya! — Ele me chamou e eu sorri, o dando as costas.

Logo parei, após pensar em toda situação e perceber que eu não havia pagado nada pelo vaso quebrado.

Virei as costas para pedir um "obrigada" alto, mas ele já não estava lá.

Continuei a andar até meu ponto de ônibus.

Logo um carro negro e caro para ao meu lado, o vidro desce e o rosto do garoto se mostra.

— Perdeu algo? — Perguntei, me abaixando para olha-lo na janela. Ele bufou.
— Entra aí. — Ele disse abrindo a porta do carro por dentro.
— Não! O que pensa que está fazendo?
— Te dando a oportunidade de me pedir "obrigada" por te livrar daquela situação. E também de não pegar um ônibus lotado para onde quer que esteja indo. Deveria aceitar e parar de jogar suas chances fora, tão facilmente.

Fitei seu rosto e estudei sua expressão.

— Que idiota... — Falei abrindo a porta do carro.

N/A: Quero investir meu máximo nessa fanfic, tenho várias ideias. Espero que gostem dela e se gostarem PELO AMOR nao esquece do fav e de comentar viu? Bejaaaao

Boss // *• JJK •*Onde histórias criam vida. Descubra agora