Not Father 아빠안이야

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Minha cabeça doía intensamente.

Tentei abrir meus olhos e estavam tão pesados.
Quando finalmente consegui, percebi que estava na diretoria do hospital. Onde o chefe do hospital ficava, mas ele não estava ali. A sala estava escura, vazia e silenciosa.

Me mexi na poltrona e percebi que haviam me injetado soro na veia.

Fechei os olhos pensando em relaxar, mas rapidamente me veio à mente o que eu fazia ali.

Sentei-me rapidamente e arranquei a agulha, que injetava o soro, de meu braço direito de qualquer jeito, o que se tornaria consequência no futuro bem próximo.

Caminhei rapidamente até a mesa do chefe, onde meu jaleco estava dobrado.

O peguei e sai dali rapidamente, o vestindo. O manchando de sangue na manga comprida.

Caminhei pelos corredores do 6º andar, as pessoas iam de um lado ao outro, machucadas, em direção à sala de cirurgia.

Entrei no elevador e procurei meu walkie-talkie, não estava comigo. Nem meu celular.

As portas do elevador se abriram no 3º andar e sai em velocidade pelos corredores.

Enquanto caminhava até a sala de cirurgia onde a YoungJoo deveria estar, a encontrei vazia.

Me desesperei e pensei o pior.

Eu não a consegui salvar. Depois que desmaiei pelo cansaço, ela deve ter tido outro colapso e se foi.

Voltei ao corredor e caminhei até a recepção, disposta em cada andar.

— YoungJoo, a garota do acidente, a que está grávida. Onde está? — Falei.
— Espere um segundo, vou checar. — Ela disse, dando as costas. Praguejei.
— SeRi-ya! — A voz do JackSon soou pelo andar. — O que está fazendo em pé, deveria descansar!
— Estou bem, JackSon! — Falei. — Onde está a YoungJoo?

Seus olhos pareceram estremecer.

— Cadê a YoungJoo? — Perguntei, firmemente. — Ela está viva, sim?

Ele suspirou.

— Me siga! — Disse.

Obedeci-o. O seguir pelos corredores, me levou ao 5º andar. No elevador, o silêncio e tensão reinou.

— Não vai dizer nada? — Soltei, no elevador.
— Você vai ver. — Falou, baixou a cabeça. — Desculpa, SeRi.
— O quê? — Ri pelo nariz, mas o riso não se manteve.
— Desculpe não ter dado o apoio necessário na sala de cirurgia. — Falou, encarando meus olhos.
— Está tudo bem. — Falei. O abracei rapidamente. — Não foi culpa sua, Wang. Eu fui a desobediente e vou arcar com as consequências sozinha, sim? Você deu seu melhor. — Falei, segurando seu rosto e falando em seus olhos marejados.

As portas do elevador abriram-se, ele sorriu e então saímos pelas portas.

JungKook estava ali, encostado na parede, me encarando e encarando o JackSon, bufou e baixou sua cabeça.

Passamos por ele e então JackSon parou em frente a uma das portas.

— Ya! — A voz do JungKook soou, mas não o encarei.
— Posso ajudá-lo? — JackSon disse, colocando-se em frente a mim.
— SeRi. — Disse. — Deixe-me entrar!

Suspirei.

— É acompanhante? — JackSon perguntou.
— Sabe que sou, idiota! — Disse ele.
— Poderá ve-la depois. — Disse, fazendo uma reverência.
— Quando?
— Depois que a médica que a salvou fazer alguns exames nela, e depois que aprender a respeitar os mais velhos!

Isso calou o JungKook. O que me surpreendeu e me fez sorrir de lado. Alguém precisava falar isso ao JungKook, e essa pessoa foi Wang JackSon. Quem mais repugna pessoas como a que JungKook se tornara, arrogante e cheio de si. Pelo menos, com os outros.

JackSon entrou e rapidamente entrei atrás dele, antes que JungKook pudesse dirigir a palavra para mim.

Lá estava YoungJoo.

Nos olhando. Me encarando.

JackSon aproximou-se dela, eu não consegui.

— Como está? — JackSon perguntou.
— Quero conversar com ela. — Ela disse, me olhando. — A sós!

JackSon assentiu e caminhou até a porta.

— JackSon... — O chamei, não queria encarar aquela conversa sozinha, mas ele se foi.

Me aproximei devagar dela.

— Você está bem? — Perguntou.

Assenti.

— E você? — Perguntei. Encarei sua barriga. — O JaeHyun?

Ela sorriu e suas lágrimas começaram a aparecer.

— Você fez um ótimo trabalho! — Disse.

Não segurei minhas lágrimas.

— Estou viva por sua causa. — Falou.
— Não, não está. — Falei. Ela segurou minha mão. — Está viva por conta do JaeHyun. Porque tem que cuidar dele!
— Não desistiu de mim, quando eu mesma fiz isso. — Ela disse. — Por quê? Por que fez isso quando fui tão horrível com você?
— Sua morte não iria me fazer melhor. Me faria melhor se vivesse bem e feliz com a pessoa que ama! — Falei, apertando sua mão.
— JungKook está aqui, sim? — Falou.
— Sim. — Falei. — Ele está.
— Ele pode entrar?
— Só podemos receber uma visita nesse andar. — Falei. — Ele pode vê-la. Mas não prefere que o pai da criança esteja aqui?
— Eu... — Ela me encarou. Logo riu pelo nariz. — Como sabe?
— Sobre?
— Como sabe que o JungKook não é o pai do JaeHyun? — Perguntou.
— JungKook é do tipo que gostaria de ter seu nome em seu filho, JaeHyun não deriva de Jung, certo? — A fiz rir. — Mas não é apenas um simples nome. Um garoto invadiu a cabine de observação no meio de sua cirurgia. Não creio que tenha errado de sala, sim? Parecia desesperado e descontrolado. — Dei de ombros sorrindo e a fazendo sorrir. — Quem é ele?
— Hwang JaeHwan. — Disse, observando suas unhas.
— Não a julgo. — Falei. — Não sei sobre seu propósito em não falar a verdade ao JungKook, mas não pretendo conta-lo.
— Me desculpe, SeRi! — Repetiu.
— Eu deveria saber que não sou para o JungKook desde o dia que o conheci. — Ri, apanhando seus exames.

Os observei.

— Parece que deu tudo certo, a lesão na coluna não foi um problema e o JaeHyun está bem. Mas deverá ficar aqui por alguns dias. — Falei, ela assentiu. — Até o JaeHyun nascer!
— Em 15 dias! — Falou.
— Estou esperando ansiosamente.
— Posso escolher quem ajudará a Dra.Yoo no processo. — Falou. Meu coração acelerou. — Eu a escolhi, SeRi.

Eu não tive palavras para falar naquele momento. Apenas fiz uma reverência demorada.

— Farei meu melhor! — Ela sorriu.

Logo me falou o número do JaeHwan, eu iria liga-lo.

Sai pela porta e rapidamente JungKook veio até mim.

— SeRi-ya! — Ela disse. — Como ela está?
— A paciente está bem. A lesão em sua coluna não foi grave e a cirurgia correu bem. O bebê também está se recuperando bem e nascerá em 15 dias. Pode entrar! — Falei firmemente em seus olhos, como se aquilo não me fizesse sofrer. Fiz uma reverência.
— Fale direito comigo! — Levantou o tom. O encarei, como todos no corredor.
— Me desculpe, Jeon JungKook. — Falei ainda mais sem sentimentos. — Me desculpe por algo errado que o fiz! Já pode ver a paciente agora.
— SeRi! — Dizia, quando passei direto por ele.

Corri até o quarto de descanso dos internos e deitei-me na beliche.

Chorei até cair no sono.

Ele não era o pai daquela criança, e ele não sabia disso. E eu não sabia onde tinha errado por estar me sentindo tão mal.

N/A: Mais um capzinho. Obrigada por tudo gente, de verdade. Boss mudou minha vida de um jeito que eu nunca pensei e acho que mais que as outras que escrevi. Serio, brigadaaaa <333

Boss // *• JJK •*Onde histórias criam vida. Descubra agora