Secret 비밀

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— Está bem? — JungKook perguntou, vindo até mim.
— Pela quinta vez essa noite, JungKook. Já disse-te que estou bem!

O fiz rir.

Ele continuara no mesmo lugar por quase duas horas, me olhando assistir no sofá da sala.

— Está com fome? — Perguntou.
— Acabei de comer. — O encarei, rindo.

Ele levantou-se e foi em direção à cozinha, sumiu por lá.

Após 10 minutos de demora, me preocupei positivamente.

O que ele fazia ali?

Rindo, levantei-me e caminhei devagar até lá.

Parei na entrada ao ouvir sua voz.

— Hyung... Estou bem. — Falou, em meio à um soluço. — Quando volta para Seoul?

Ele estava apoiado no balcão, olhando para o chão.

— Sim... Em 7 dias? — Choramingou. — Eu preciso de você, hyung. O que foi fazer aí?... Ficará tudo bem? O que quer dizer com isso? Nada ficará bem! Sabe do acidente, sabe que não foi um acidente, como irei conta-la?

Ele desligou o celular, o jogando em qualquer lugar sem preocupação.

Virou-se, apoiando-se de costas no balcão da cozinha, enterrando seu rosto nas mãos e então o apresentando cheio de lágrimas.

— JungKook-a... — Falei, dando um passo a frente.

Eu deveria ir?

Eu não precisei ir, ele veio até mim.

Me abraçou, mas apenas isso, não fez nada, exceto soluçar e encharcar toda minha camiseta.

— Ya... Está tudo bem, sim? — O encarei. — Me diga o que houve?

Ele hesitou, mas logo sentou-se, me fazendo sentar na cadeira à sua frente.

— Você odeia mentiras. — Falou. — E eu minto para você. Por que não me odeia também? Por que não me deixa sozinho e acha outro alguém? Melhor que eu.
— Acha que não tentei? — Admiti. — Eu tentei, JungKook. Mais que tudo, tentei! Mas você...

Me mantive calada, enquanto ele continuava a manter seus olhos baixos.

— Eu ainda te amo. — Falei.

Seus olhos chorosos encontraram com os meus.

Uma lágrima sozinha e interrompeste de tristeza caiu de seu olho.

— Lembra de seu último aniversário? O vigésimo primeiro. — Falou. Assenti. — Sabe o motivo de eu querer que fosse embora comigo?
— YoonGi era um deles.
— Não. — Bufou. — Não apenas isso. Alguém me ligou naquele momento, dizendo que YoonGi havia finalmente chegado até você. Acha que eu suportaria quieto e confiaria numa ligação? Eu precisava garantir isso!
— Eu estava bem.
— Mas se não estivesse? — O silêncio tornou-se presente. — Senti-me ameaçado. E o que eu faria caso você se entristecesse? Se você se prendesse a alguém tão perto do fim?
— Está falando besteiras! — Falei com meus olhos marejados. — Perdi minha família num incêndio e...
— Que fora causado pela minha! — Soltou, rápido.

Demorei um longo tempo para processar aquilo tudo.

O que ele havia falado.

— Como? — Falei, em choque. — Foi um acidente. Houve uma explosão perto da fábrica, meus pais passavam perto e... O carro capotou montanha abaixo. Meu oppa...
— Você também estava no carro, SeRi. — Falou, me encarando. — Aquilo não foi um acidente. Meu pai...
— Seu pai?
— Seus pais eram líderes importantes de organizações contra a JJ naquele tempo, era o único modo que meu pai viu para defender seu império e...
— Matando uma família inteira? — Meus olhos marejados, meu coração em dor.

Era difícil saber finalmente o destino a que minha família havia tomado. Era doloroso.

E ainda mais, ouvir da boca dele que sua família havia destruído a minha.

Eu estava confusa, mas queria ouvir tudo.

— Matando minha família. — O encarei, ele não conseguia manter seus olhos aos meus. Algo me veio a mente, aquele olhar, aquela falta de coragem em olhar em meus olhos me era familiar. — E você sabia... Você sabia! Há quantos tempo você sabia disso?
— SeRi...
— Quero que me conte! — Pedi.
— Três meses antes de seu aniversário no ano passado. — Falou.

Me encostei na cadeira.

Enterrei meu rosto em minhas mãos.

— Escondeu a morte de minha família por tanto tempo assim? — Solucei. — E ainda, escondeu que seu pai que os matou? Não havia sido um acidente num incêndio numa das fábricas. Fora vingança! Fora fraqueza disfarçada de poder!
— SeRi... — Ele se aproximou de mim.
— E você é igual à ele! — Falei, me afastando. — Você diz não ser, mas é o espelho dele! Você o protegeu por mais de um ano, sabendo o que fez!
— Eu ainda não tenho provas contra ele! — Gritou, fazendo meu choro cessar por medo. — Ele ainda é meu pai, e meu hyung foi embora, o que quer que eu faça? Como eu vou viver? Estou sozinho aqui!
— Você tinha a mim! — Seus olhos marejaram. — Mas você estragou tudo!
— Acha que não quero provar que ele é um assassino, mentiroso, corrupto, mais que tudo? — Disse. — Minha mãe também morreu, SeRi. Por culpa dele!
— Como ele seria capaz de matar a própria mulher? — Perguntei, bufando. Meu riso sumiu quando o encarei.

Seus olhos estavam enraivecidos e confusos. Pensava o mesmo. Ele não sabia e queria saber, assim como eu.

— Meus pais morreram, assim como meu oppa. — Falei. — Num acidente de carro enquanto saíam de uma das fábricas suas. É por isso que eu odiava ChaeBols, mas por que... — Olhei para o teto claro. — Por que eu ainda te amo?

Ele não podia falar.

Ele apenas levantou-se.

— Você... — Começou a dizer e parou na porta da cozinha. Passou as mãos pelos cabelos. — Pode dormir em meu quarto. Ficarei na sala essa noite.

Ele deixou-me sozinha na cozinha.

O breu da cozinha era presente sem ele.

Meus pais, meu oppa e eu estávamos no carro naquela noite.

Quando uma explosão nos cercou.

Eu não lembrava de nada, apenas de um flash avermelhado e uma sombra correndo até nós.

Algo que não se podia recordar.

JungKook não mentia e eu sentia isso, o que me fez mais triste, porque eu vivi uma mentira por toda a minha vida.

N/A: mds o enem é hojeee. e eu aqui escrevendo fic. Amigos, não sigam meu exemplo, estudem!

Boss // *• JJK •*Onde histórias criam vida. Descubra agora