Boss // *• JJK •*

Stay 머무르다

SeRi POVs

— Sim, JiMin! — Falei ao celular.
— Você terá cerca de dois dias para me preparar esses relatórios, tudo bem? — Ele disse. — Chegarei logo.
— Pode deixar. — Falei.

Desliguei.

Já havia passado pouco mais de uma semana desde que voltei de Busan.

JungKook não me retornou em nenhum momento, nem mandou mensagens.

Eu o via.

Sim, sempre o via.

Na televisão, saindo com a YoungJoo de grandes reuniões. Falsos rumores que estaria namorando. Eu esperava que não fosse tão falso, que ele estivesse com ela, assim eu reconheceria como fui tola e idiota por desenvolver sentimentos por um ChaeBeol metido e egoísta como ele.

— SeRi. — InHa apareceu, pegando sua bolsa e cadernos. — Não comeu nada hoje, pedirei algo para você, tudo bem?
— Ah... Comi! — Falei sorrindo amarelo. — Não se preocupe, vá estudar!

Falei sorrindo, sem tirar os olhos da televisão.

Ela assentiu e se foi. Enterrei meu rosto em minhas mãos, em seguida desliguei a televisão.

Ouvi vozes na porta, me levantei e fui até lá. Aproximei minha orelha da superfície antiga da porta.

— Eu sei, mas... Estou com medo por ela. — InHa soluçava. — Ela não come direito. Digo... Nunca foi de comer muito, mas agora, ela não come nada. Eu... Realmente já não consigo olhar para ela e fingir que tudo está bem. Já chegou?

Eu realmente não queria que ela tivesse enchendo a cabeça do JinYoung com problemas meus.

Me encostei na porta e deslizei até cair no chão, chorei em silêncio.

Após pensar tanto em como eu estava vivendo e atingindo as pessoas à minha volta, caminhei até a geladeira.

Comeria algo.

Não havia nada que fosse meu, apenas da InHa. Tudo muito caro.

Enquanto espiava em meio à suas garrafas de sucos da pura fruta, comidas armazenadas e barras de cereais, encontrei algo que não lhe pertencia. Mas sim à mim.

Um chaveiro de ursinho, com bochechas rosadas.

Fechei a geladeira e voltei ao sofá.

Tentei abraçar aquele pequeno urso como se tivesse abraçando aquele pequeno garoto.

Pequeno garoto. Eu me referia à Jeon JungKook. Ele era uma criança ferida e traumatizada, eu sabia disso. Ele era como eu.

A porta fora batida e rapidamente me dirigi até ela, secando meu rosto com lágrimas e me arrumando.

Suspirei e a abri. Esperando para a volta da InHa.

— Oi! — Por fim, disse.

Era ele. Eu apenas congelei em sua frente. Ele parecia tão diferente.

Como alguém podia mudar em pouco mais que uma semana?

Ele mudara.

Estava mais magro.

Tinha olhos opacos.

Parecia cheio de estresse.

— Está livre? — Disse olhando para dentro do dormitório. — Se quiser, podemos comer. Trouxe comida!

Esticou a sacola para mim. A segurei.

Eu continuava sem dizer nada. Ele entrou e fechei a porta.