Don't Go 가지 마

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Até mesmo sua mão era quente.

— Vou guardar essas coisas. — Falei, me referindo à tigela de jajangmyeon vazia e à toalha. Retirando minha mão rapidamente do contato com a sua. Eu não sabia o que fazer, nem como reagir.

Fiz isso, mas deixei a tigela na mesa perto do sofá.

Voltei e ele continuava acordado. Eu só queria que ele dormisse.

Me sentei perto de seu corpo e o encarei.

— Me desculpe. — Ele disse. — Eu queria poder...
— Durma! — Falei, acariciando seu rosto. Finalmente.

Me deitei ao seu lado, apoiando seu rosto em meu peito.

Acariciando seus cabelos úmidos e seu corpo quente.

Ele era, por vez, maior que eu, mas se encaixava tão bem em meus braços.

— Amanhã conversamos sobre tudo, prometo. — Falei e ele assentiu.

Ter JungKook em meus braços depois de tanto tempo fora a melhor coisa que me aconteceu em tempos.

— JungKook-a? — O chamei, mas não foi respondido.

Ele estava dormindo.

Até mesmo sua respiração era doce.

Parecia estar em paz, depois de tanto tempo em guerra.

— O quão errado é amar alguém que... Possivelmente não me ama na mesma intensidade? — Pensei alto.

Noutro dia, no terraço, ele disse que estava preocupado comigo porque eu era inocente, não por outra coisa maior.

Qualquer pessoa se preocupa com outra por ser inocente, e fora isso que estivera martelando minha cabeça após tanto tempo.

Depois de algum tempo, ele começara a apertar sua mão, que estava em minha cintura, mais forte.

Alguns gemidos, como de medo e negação saiam de seus lábios ainda fechados.

Suas sobrancelhas se juntaram.

— Não, não, não! — Eu não queria vê-lo tendo aqueles pesadelos novamente.

Ele sofria os tendo.

Não era como se fosse um pesadelo desses de quando assistimos filmes de terror, era algo maior, e eu sabia disso.

E eu não podia ajuda-lo.

— JungKook-a! — Eu o chamava.

Suas reações apenas ficavam piores.

Ele já mostrava vontade de chorar, suas mãos em minha cintura eram tão fortes que chegavam a machucar.

— JungKook! — Continuei a chamá-lo.

Ele chorava.

— Omma... — Choramingou, baixo.

Era sobre a mãe dele.

Agora eu entendia.

Meu coração realmente doera nesse momento.

Ele repetiu o chamado por sua mãe mais algumas vezes.

Voltei a mim.

Bati em seu peito um tanto forte para acorda-lo, mas ele não acordava.

— Vai ficar tudo bem, JungKook. — Eu dizia, já chorando.

Eu estava assustada com a situação.

— Eu estou aqui, JungKook. — Falei o abraçando mais forte, acomodando seu rosto em meu pescoço, suas lágrimas o molhando. — Você está bem, sim?

Boss // *• JJK •*Onde histórias criam vida. Descubra agora