Take A Bath 목욕하다

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— Grávida? — Perguntei novamente.
— Sim. — Ele disse, bufando. — Ele foi um tanto descuidado, ele costumava ser assim?
— Bem... — Ai estava uma das consequências de enganar a si mesmo e aos outros sobre ter superado o garoto que você mais amou. Ouvir perguntas desse tipo. — Ele era descuidado.

Não, ele não era descuidado. De um jeito ou de outro ele garantia que nada de errado como uma gravidez indesejada iria acontecer. Mas dessa vez... Logo com ela...

— Quanto tempo faz? — Perguntei.
— Bem... O bebê já tem 6 meses, acho. Mas ele descobriu tem alguns 4 meses.

E ele não me disse alguma vez.

Meu walkie-talkie apitou.

— Kim. — A voz do Wang soou. — Precisamos de você na área infantil, pode vir?
— Estou indo! — Falei e guardei meu walkie-talkie. Sorri e dei de ombros pela ironia. — Tenho que ir agora, tenho que cuidar de algumas crianças!
— SeRi! — Ele me chamou. Me virei para encara-lo. — Está magoada?
— Claro que não. — Bufei. — Te disse que já superei, sim?

Ele assentiu e assenti. Dei as costas e corri até o hospital.

Enquanto subia de elevador, o walkie-talkie apitou novamente.

— Já estou indo! — O gritei.
— Ya! — Ele disse. — Só para dizer que a Lee já foi até lá.
— Obrigada, Wang Jackson! — Falei num suspiro e desliguei o walkie-talkie.

Entrei no quarto de descanso dos internos.

Tranquei a porta e fechei as cortinas. Me encostei de costas na porta e escorreguei até chegar ao chão.

Coloquei as mãos na cabeça e chorei.

Chorei pelas vezes que não havia chorado durante todo esse tempo longe dele.

Todas as vezes que eu poderia chorar, mas me neguei.

Quando ele disse que era melhor que eu não o ligasse mais. Ou quando ouvi dizer que ele estava com a YoungJoo. Quando eu mesma perguntei se ele estava com a YoungJoo e então ele perguntou se podíamos continuar sendo amigos. Então agora, mas dessa vez não aguentei.

O universo parecia brincar comigo e eu o odiava. Preferia então que universo algum existisse, ou que eu voltasse a não acreditar nisso.

Peguei o celular e digitei seu número.

— Aish... — Tentei parar as lágrimas.

Quando finalmente consegui, disquei.

O celular foi atendido na primeira chamada, mas um silêncio permaneceu.

— JungKook? — Chamei-o. Apenas ouvia sua respiração. — JungKook-a?

Minha voz havia saído mais falha do que eu queria.

Olhei para cima, impedindo as lágrimas.

— Sei que está ai, sim? — Falei. Ri pelo nariz. — Vai ser pai, finalmente.

Procurei palavras.

— Pensei que não queria isso agora. Digo... Naquela época. Me surpreende cada dia mais, JungKook. — Sua respiração se tornou mais forte na ligação e eu me perguntava se era realmente ele ali. — Diga alguma coisa!

Nada foi dito.

— Tenho que voltar ao plantão. Espero que a YoungJoo esteja bem, sim? Parabéns pela criança! Então... — Ri novamente. — Tchau!
— SeRi. — Ele disse. Baixo. Meu coração acelerou. — Obrigado.

Boss // *• JJK •*Onde histórias criam vida. Descubra agora