Universe 오주

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Decidi não perguntar nada ao JungKook naquela noite. Nada sobre o que ele falava com a InHa no celular.

Decidi não ficar com ele aquela noite. Decidi não fazer muito.

Sai de seu condomínio. Quando estava no táxi, decidi mudar a rota.

Levaram-me até a penitenciária. Deixaram-me vê-lo num instante.

Eu esperava por ele sentada naquela cadeira, logo ele entra pela porta do outro lado do vidro.

— Ya, SeRi. O que faz aqui? — Perguntou, sentando-se.
— Como está, TaeHyung?
— Estou bem, mas não deveria estar com o JungKook? É o aniversário dele. Está passando sozinho. — Suspirei.
— Eu sei. Eu só... Preciso que me responda algo! — Falei e ele assentiu, cooperando. — O que a InHa está escondendo de mim?

Seus olhos se fixaram num ponto ao longe. Logo ele baixou a cabeça.

— Não vou conta-la, SeRi, ou já teria feito. — Disse e suspirou. — Deve pergunta-la. Ou ao menos ao JungKook, eles são as pessoas que você mais confia, eles falarão se perguntar.
— Eu também confio em você. — Ele balançou a cabeça negativamente.
— Não tanto quanto na sua unnie e na pessoa que mais ama. — Baixei a cabeça. — Se era apenas isso, deve ir agora, e não deixa-lo sozinho. JungKook veio me ver, SeRi. E ele está melhor!
— O que quer dizer?
— Não muito. — Riu e levantou-se. — JungKook não é mais o CEO da JJ. Ele não é nada ali. Ele já não é mais o famoso Jeon JungKook. Ele é apenas um garoto normal agora. — Sorriu, logo complementou sua informação com um riso. — E desempregado.

TaeHyung se foi e continuei no mesmo lugar por muito tempo. Até que um dos policiais me chamou atenção.

Não consegui dormir muito bem naquela noite. Recebi a calorosa ligação da NaYeon pela manhã.

Olá, ahjumma! — Falei, caminhando até o sofá e sentando-me encolhida ali. Bocejei.
— Não dormiu bem, SeRi? Está muito preocupada? — Ela perguntou, apenas neguei. — E... Ahjumma? Já disse que deveria me chamar de omoni, sim? (Omoni é mãe mais formal, normalmente as pessoas referem-se aos pais do parceiro por aboji ou omoni, sogro e sogra basicamente)
— Tem razão! — Falei. Eu realmente deveria chama-la de omoni? Eu preferi apenas não chamar.
— SeRi, ontem foi o aniversário do JungKook, sim? — Ela disse. — Eu estive em BuSan por muito tempo, voltei nessa madrugada. Estava pensando se não queriam ir até a casa na montanha!

Me silenciei por um momento.
Eu prometi que iria quando ela me convidasse, no entanto, JungKook e eu estávamos voltando ao que éramos antes, pouco a pouco. Eu deveria ir?

— Devo avisa-lo, então? — Perguntei.
— Sim. Ele não está atendendo aos meus telefonemas, estou ligando desde a manhã bem cedo.
— Falarei com ele, e iremos até aí!
— Muito obrigada, SeRi! - Ela disse e riu pelo nariz. — Cuide bem do meu mais novo, sim?
— Cuidarei! — Prometi, novamente.

Voltei ao hospital e mais um plantão de 48 horas me foi dado.
Eu avisei ao JungKook que sua mãe o queria ver, mas que eu não poderia ir. Ele não perguntou muito, não falou muito e estava mais distante. Eu não o culpava, eu não tinha esse direito também.

Entreguei nosso destino ao Universo, ele já havia feito tanto em minha vida, queria que ele apenas terminasse logo com isso da forma que ele quisesse, não me valia a pena interferir desde que o que ele queria era o que deveria ser.



O choro daquele bebê soava forte e saudável em meus ouvidos.

Ele foi levado pela enfermeira e tudo ocorreu bem.

Boss // *• JJK •*Onde histórias criam vida. Descubra agora