Nothing Like Us

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Seu olhar endireitou-se rigidamente para a frente.

A luz verde do semáforo se acendeu e ele apenas deu partida. Não dando tanta importância algo que eu disse.

— Eu sei que... Eu estou me iludindo em pensar assim. Mas... — Suspirei. — Sua omma apareceu de repente e ela tinha um propósito, assim como meus pais. Não acha que eles também estão procurando por respostas e, agora que tudo está bem, eles vão aparecer?
— SeRi...
— Eu sei, JungKook. — O interrompi novamente. — Meus pais estavam com sua omma naquela noite, então penso que...

Rapidamente ele encostou o carro no encostamento.

— Por favor, SeRi, não se iluda sobre isso! — Ele pediu. Suspirou e encostou-se no banco. — SeRi...

Ele estava inquieto.

— Não é bom ter que conviver com pessoas que você achou que estavam mortas, entende? — Seus olhos marejavam, assim como os meus. — Não é fácil olhar nos olhos dela depois de tanto tempo, e eu prefiro que não sinta o mesmo que senti. Sei que faria diferente, sei que se seus pais estivessem vivos você os abraçaria alegremente e sem confusão ou dúvidas ou algum rancor porque você é ingênua demais! Mas não quero que se machuque como eu me machuquei!

Encarei o trânsito à frente, o ouvi, fracassadamente, encostar-se no banco de seu carro.

— Eles morreram, SeRi. — Disse, muitíssimo baixo. — Eles não vão voltar.


Quando chegou a noite, me arrumei para sair.

Procurei JungKook na casa. Ele encontrava-se no terraço, cantando novamente.

Parei num momento. Eu sentia falta de sua voz, de seu perfume, de seu toque e dele. Eu não conseguia ficar um momento sem encarar seus olhos redondos e negros, sem tocar em sua pele esbranquiçada, sem beijar seus lábios finos e macios e sentir sua respiração contra a minha.

Eu percebi que o amava imensamente e não conseguia deixa-lo mesmo que quisesse.

Não há nada como nós, também pensei.

Me afastei, não queria incomoda-lo e ainda estava magoada por suas palavras, mesmo sem intenção de machucar-me.

Rapidamente sai do apartamento e em segundos, já me encontrava no andar de baixo.

— Ya, aqui! — Ouvi uma voz feminina soar quando atravessei a entrada do condomínio. — SeRi!
— Unnie! — Caminhei até seu carro, entrando e a abraçando forte.
— Me deixou por isso? — Brincou sobre o condomínio, me tirando um sorriso.
— Vamos, rápido! — Pedi.

Meu celular tocou.

JungKook.

Alô? — Ele disse. — Para onde foi, SeRi?
Vou sair com a InHa, não demoro!
Não se preocupe. — Ele disse, rapidamente. — Não se apresse!
Tudo bem... — Falei, com as sobrancelhas juntas.

Segurei o celular, o encarando.

— O que houve? — Ela perguntou. — Ele disse que deveria voltar agora?
— Não. Disse que eu não deveria voltar agora, basicamente. — Ri sem humor, confusa.

Não queria que ele me impedisse de sair, claro que não! Mas, sendo ele, sem perguntar-me nada mais ou mandar-me ter cuidado... Era esquisito.

Boss // *• JJK •*Onde histórias criam vida. Descubra agora