na aldeia

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1 semana depois

Acordei com uma pontada forte na cabeça que me fez levantar em um pulo, direcionei minha cabeça direto em um galho de árvore a minha frente, que ao se chocar, fez um estalo agoniante. Eu estava em um lugar que eu realmente não conhecia, a neve que aparentemente devia estar ao meu redor, não estava lá. Por quantos dias eu dormi?

Onde eu estou? por que estou aqui? Uma metralhadora de perguntas bombardeio minha cabeça me fazendo sentir uma leve agonia e o mais importante. Onde está minha tia?
Olhei a minha volta e não me pareceu tão estranho, era familiar! Já tinha visto esse lugar em um livro velho e empoeirado que tinha em uma das estantes,que ficava na casa da minha tia. Olhei a minha frente e vi uma pilha de maçãs bem vermelhas e rapidamente estiquei minha mão para alcançar uma maçã pequena e bem vermelha que ficava mais próxima de mim, pelo tempo que eu fiquei desacordada minhas forças se cessaram, aproximei a maçã até minha boca e a mordi o mais fundo que pude, senti o gosto doce envadir minha garganta de uma forma maravilhosa que me extasiava a cada instante.

De repente comecei a escutar risadas de crianças a minha volta que me fizeram rapidamente parar de morder aquela maçã,olhei atentamente para os lados e respirei fundo. Devia ser a fome me causando alucinações ( pensei)

Comecei a comer rapidamente para ver se aquelas risadas paravam de ecoar em meus ouvidos, mas infelizmente as risadas eram constantes. Será que eu fui picada por alguma aranha?
Uma criança morena passa correndo no meio das árvores a minha frente me fazendo rapidamente me levantar e me aproximar das árvores que estavam em minha frente. O lugar onde eu estava havia muitas árvores e montanhas, os fracos raios solares que conseguia passar pelas brechas das árvores tocava meu corpo de um jeito aliviador. Um bater de asas invadiu meus ouvidos fazendo acelera meus batimentos cardíacos. Eu já ouvi esse barulho em algum lugar.

Fixei meus olhos no céu e olhei para os lados a espera de alguma coisa o bater de asas ficou tão intenso que parecia estar ao meu lado, continuei olhando para o céu azul até que na velocidade da luz um enorme dragão aparece voando e sumindo em questão de segundos entre as árvores.

Comecei a correr no meio das árvores de um modo aleatório, o mais longe daquele lugar, as risadas a minha volta ainda continuavam, mas além desse dragão atrás de mim, havia mais alguém, eu só conseguia escutar passos, vários passos atrás de mim.
Comecei a descer um morro de terra, que me fez derrapar e rolar até que eu chegasse em uma parte plana, senti um corte em minha perna que me fez ficar desorientada, tentei novamente me levantar só que minha visão estava turva e meu estômago parecia que estava altomaticamente se revirando. Senti uma forte pontada em minha mão. Era um espinho escuro que se encaixou de uma maneira intensa na minha veia. Sentei no chão e abaixei a cabeça e fiquei só ouvindo os passos e o bater de asas se aproximar de mim. Estanquei meus ouvidos com minhas mãos repetindo várias vezes que tudo iria ficar bem, mas meu subconsciente rebatia em todo momento me trazendo a realidade de que nada ficaria bem.

Alguns minutos se passou e todo barulho se cessou, com os olhos fechados, levantei lentamente minha cabeça sem olhar a minha volta sentir alguém passar as mãos em meus cabelos castanho trazendo um enorme desconforto. Abri rapidamente os meus olhos e consegui identificar várias pessoas a minha volta, tanto homens quanto mulheres e crianças. O homem que estava mais próximos de mim tinha em sua mão uma lança de madeira, ele dizia várias coisas que eu não entendia a princípio, até que eu olhei em sua testa e identifiquei a imagem de um corvo, várias crianças também possuíam o símbolo até que eu me recordei do símbolo. Eles fazem parte da aldeia dos perdidos! Uma tribo canibal que sacrifíca pessoas e animais para seus deuses de merda.

De um jeito abilidoso consegui pegar a lança do homem que estava em minha frente, todos me olharam entre caras e bocas me fazendo um misto de expressões como se eu fosse a errada! Aos poucos as pessoas foram me dando espaços,olhei minha mão que estava com o espinho cravado e percebi que a cor pálida dela estava ficando roxa. O que está acontecendo?

De repente um estalo de cipós se rompendo tomou a floresta toda, fazendo em minutos um garoto aparentemente ter minha idade aparecer. O garoto alto moreno que também possuía o símbolo em sua testa me fitou com o olhar, sem desviar ele se aproximou lentamente até onde eu estava, dei alguns passos para trás, até eu me precionar minhas costas contra uma árvore, apontei a lança para o rapaz que erguia as mãos símbolizando que tudo estava bem.
Minha visão turva ficou totalmente embasada, minha respiração estava fraca e ofegante, um gosto de sangue invadiu minha garganta até que eu não consegui mais ficar em pé!! Como em um passo de mágica o garoto me seguro pela cintura e me repouso no chão.

__ chame seu dragão Íris - disse o Garoto sussurrando.

Uma dor envadiu minha cabeça me fazendo criar uma séries de confusões. Chamar quem? Quem é Íris?

O bater de asas que estava tão distante ficou tão próximo que consegui sintir a pressão dos ventos fresco bater em meu rosto um enorme animal se pôs em minha frente liberando um ar gelado em minha mão me fazendo ficar apenas sonolenta. O Que está acontecendo comigo?

__ pode ir, iremos cuidar dela agora. - diz o mesmo garoto.

Nesse exato momento, uma pressão foi feita entre mim e o animal, ele já não estava mais ao meu lado, mas eu conseguia sentir a sua presença.

Aos poucos eu tentava me locomover, mas tudo era simplesmente um fracasso, senti uma pressão ser feita em meu peito até que eu não conseguisse respirar.

__ ela vai desmaiar, mas vai ficar bem... - ouço a voz de uma mulher que havia ficado ao lado do garoto antes que meu corpo se entregasse totalmente a escuridão de minha mente.

{•••}

No mesmo dia

Assim que acordei senti um ar gelado penetra meu rosto de uma maneira aliviadora. Por que aqui é tão frio?


Olhei em minha volta e percebi uma movimentação estranha. Me levantei lentamente e percebi que estava em um dormitório onde possuía várias camas e redes. Onde eu estou?
De repente o mesmo garoto que estava na floresta apareceu pulando de alguma cama no alto me dando um susto enorme, me fazendo tropeçar até "quase" cair, pois o garoto novamente conseguiu me segurar antes que um estrondo acontecesse. Não era normal eu ficar tão perto de um garoto assim, não era normal eu ficar perto de ninguém, nunca cheguei a ficar cinco metros de alguém que não fosse a minha "família". Rapidamente empurrei o garoto o fazendo ter um misto de expressão com minha atitude, mas que por fim na verdade por ele parecia previsível.

__ de nada. - diz o garoto que se vira e começa a caminhar em direção a porta.

Eu simplesmente conseguia entender o idioma dele.

__ espera. - digo e o garoto pausa sua caminhada para me escutar. - onde eu estou? Como eu vim parar aqui? Você fala a minha língua? Quem é você?

Enterrompida....

__ você está segurar. - diz o garoto se virando para mim e penetrando seu olhar no meu. - venha,vou ter levar até Queiroz. - diz ele novamente e se vira.

__como é seu nome? - pergunto sem pensar

__glên. - diz e continua a andar.

Oiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii to atrasada né? Vários perdões pra vcs ♥
Curtem💙

(Glên na multimídia)

A última domadora de dragõesOnde histórias criam vida. Descubra agora