Felipe
__ PAI. - repito várias vezes adentrando correndo na sala onde meu pai se encontrava com Diogo em minha espera.
__ Felipe. - diz Diogo.
__ o que está acontecendo aqui? - pergunto ao ver os dois se entre olhando.
__ vim falar com o seu pai sobre o assunto que falamos mais cedo, para que eu pudesse entender melhor sobre isso. - fala Diogo dando de ombros.
__pois bem,era sobre isso que eu queria falar. - meu pai e Diogo fixaram os olhos em mim e os dois se puderam calados para me escutar. - eu achei ela, a coloração dos olhos dela é mais azul do que a do mar e ela diferente de qualquer menina dessa cidade, nunca tinha visto ela na vida...
__ você achou ela? Onde ela está? - pergunta meu pai se aproximando de mim com um brilho nos olhos.
__ perdoe-me pai, mas a perdi, pois paralisei ao ver tais olhos. - falo e abaixo minha cabeça.
__ não se preocupe com isso filho, o importante é que ela está aqui, e está segura - meu pai se vira e para de falar por um momento. - o dragão dela deve estar próximo. - fala meu pai se aproximando da janela do palácio.
__ o bater de asas que ecoou sobre a cidade mais cedo, depois do mau tempo! - Diogo se pronúncia depois de alguns minutos.
__ bater de asas? - meu pai pergunta. - tudo está acontecendo rápido demais, isto não era previsível. - diz meu pai paranóico.
__ sim pai, eu também escutei. - falo.
__ devemos iniciar uma busca por essa garota agora, não podemos perde mais tempo, vão agora!! - ordena meu pai e simplesmente consentimos com ele.
Rapidamente eu e Diogo nos retiramos da sala e formos convocar os cavaleiros, temos que pegar essa garota o mais rápido possível, antes que ela desapareça, pela honra e segurança do reino.
LÍVIA
coloquei o pano em meu rosto e logo em seguida entrei dentro de casa onde minha tia e Luiz permanecia na mesa a minha espera.
__ finalmente garota, onde você se meteu? Pensei que tinha sido pega pelo mau tempo! - fala minha tia se aproximando de mim e logo em seguida pegando as compras de minhas mãos.
__ está bem Lívia? - Luiz pergunta ao me ver para baixo.
__ estou sim. - falo suspirando, dando algumas palmadas em minha roupa que estava coberta por neve. - vou para o meu quarto. - falo e minha tia para de mexer nas escolas de compra e me acompanhar com o olhar.
Desço até o porão e fecho a portinha enferrujada de meu quarto, em seguida retiro o pano que tampava meu rosto e a jogo longe, solto meus cabelos castanhos e sinto meu corpo tremer.
Como pude deixar alguém ver o meu verdadeiro eu? Como posso ser tão tola e burra? Bato na parede ao pensar o quanto fui estúpida em sair de casa.Escuto alguns passos aleatórios encima da casa que aparentemente devia ser de Melissa, por algum motivo ela e meu tio estavam saindo pela agitação da casa, não demorou muito até a fechadura da porta se aberta e depois de alguns longos minutos serem fechadas novamente...
Começo a escutar alguém bater na porta do porão e logo vou atender, limpo um pouco das lágrimas que se formava em meus olhos e abro a porta com uma postura firme e padrão.
__ você deixou alguém ver, não foi? - fala minha tia olhando fixamente em meus olhos.
__ não. - falo curta.
__ não mente para mim Lívia. - fala minha tia dando passos firmes no chão e se aproximando de mim me fazendo dar alguns paços para trás.
__ não foi intencional, ele caiu depois do mau tempo e...
__ quem viu? - pergunta ela ríspida
__ um cavaleiro. - digo e no mesmo momento escutamos alguém bater na porta de entrada da cozinha!
Minha tia pega um pano escuro que estava encima de um banco ao meu lado e enrola o mesmo por todo o meu rosto e em seguida minha tia me pegar pelo meu braço direito e me direciona para um pequeno espaço que ficava no porão, onde ficava uma pequena janela que tinha apenas algumas madeiras pregadas nela, que podia ser facilmente retiradas,sua expressão de raiva foi para uma expressão de medo e desespero que me atormentava em vê.
__ escute bem Lívia, a partir de hoje você não irá poder em nenhuma circunstância sair desse porão, eu vou lá atender aquela maldita porta e se for um cavaleiro ou alguém da realeza, você terá que pular essa janela que está atrás de você. E não pense em olhar para trás, corra o mais rápido possível para a floresta, eu estarei logo atrás de você. Entendeu? - pergunta minha tia pegando alguns cobertores e colocando em minhas mãos. - tome, leve com você! - fala minha tia que logo em seguida me dá as costas e sobe as escadas.
__ Lúcia. - a chamo com a voz trêmula, que logo a mesma se vira para me escutar. - o que eu sou? - pergunto.
__ você é diferente. - fala minha tia que rapidamente sai do quarto e fecha a porta a trancando e me deixando sozinha novamente.