LIVIA
Já se passaram três dias depois do ocorrido na floresta e Glên ainda está no hospital, devido á grande quantidade de sangue que ele perdeu o mesmo acabou sofrendo um leve choque, mas que resultou em um coma.
Desde então treino sozinha junto a Seny, muitos a minha volta simplesmente me encaram de uma maneira incompreensível, outros apenas desviam o olhar,nunca vou entender o que eles tanto cochicham entre si, mas simplesmente isso não me convém.Desde que cheguei, Queiróz vem tentando me encaixar nas atividades da aldeia, mas por algum motivo pescar, colher frutas, dança para a lua cheia, ou até mesmo cuidar de crianças ou de idosos, não vem sendo muito o meu forte, por várias vezes pensei em desistir de tentar, mas Queiróz ensiste em me encaixar em alguma classe, por enquanto a única coisa que consegui fazer foi apenas colher frutas para o café da manhã e no ritual da lua mãe, sou literalmente um fracasso que não sabe nem colher frutas direito.
__ Lívia. - escuto uma voz roca acompanhadas com algumas batidas ocas de um Cajado grosso contra o chão.
__ sim. - respondo ao pegar uma fruta que estava em um galho um pouco distante de mim.
__ consegui uma vaga para você em....
( Interrompido)
__ Queiróz. - falo com uma voz roca e cansada.
__ fala minha criança. - diz Queiróz já pressentindo o que eu ia dizer.
__ Agradeço por tudo que você está fazendo para colaborar com a minha presença nessa aldeia, mas por algum motivo não estou me encaixando nas atividades e nem nas classes mais "fáceis" desse lugar, eu não quero exigir nada, mas para que meu desgosto seja menor prefiro que eu continue como estou.... colhendo frutas. - falo e sento em uma rocha que está ao meu lado.
__ vejo o seu esforço em tentar se encaixar nesse lugar, você não se encaixar nas classes que inicialmente foram determinadas para você porque essas não são as áreas que você se destacar e se sinta bem. Surgiu uma área de artesã, se você se interessar encaminharei você hoje a tarde até lá. - diz Queiróz.
__ agradeço, mas acho melhor continua como estou. - falo com um sorriso amarelo no rosto.
__ você que decide, mas veja bem...todos aqui atua naquilo em que se destaca, outros são jardineiros, confeiteiros, cuidadores, cozinheiros... enfim, acharemos ainda o seu lugar e não se preocupe. - diz Queiróz demostrando um entusiasmo.
De repente um ranger de portas se abrindo tomou conta da atenção de todos da aldeia, muito largaram seus afazeres para ver um grupo de jovens que aparentemente tinha minha idade passarem pelos portões da aldeia montados em alguns cavalos, "eles voltaram" muitas mulheres e homens diziam e se aproximavam dos jovens com um brilho no olhar.
Quem são eles? - me pergunto mentalmente.
__ são os guerreiros da aldeia. - fala Queiróz colocando a mão sobre o meu ombro.
__ o que eles fazem? - pergunto
__ protegem a aldeia resumidamente, trazem caças quando solicitadas e treinam bastante, para que um dia substituam seus pais nas guerras. - fala Queiróz os olhando com orgulho. - essa é a nossa próxima geração.