Na cidade

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Lívia
As ruas estavam vazias por enquanto, não havia muita movimentação, só alguns cavalos e alguns bois que rodeavam aleatoriamente pela cidade. O ruim era que as bancas mais próximas estavam fechadas por conta da neve, o mapa central da cidade mostrava que as bancas do centro ficavam a três quadras, não era longe, mas um pouco arriscado, se eu quisesse levar comida para casa hoje, eu iria ter que ir até o centro da cidade para comprar comida, o ruim é que lá deve estar bem movimentado por conta da friagem que está por vim. Mas isso não iria me impedir em nada!

                 Felipe

Chamei alguns cavaleiros e contei o que de fato estava acontecendo, os cavaleiros do meu pai são muito fiéis e assim que damos um trabalho eles logo fazem sem exitar, chamei Diogo o meu melhor amigo para ser um dos líderes na ajuda, por mais que parecia loucura Diogo não êxito em me ajudar, porque tínhamos certeza de uma coisa, meu pai não ficava preocupado atoa. Um grupo iria procurar pelo interior da cidade com Diogo e outro no centro comigo, o plano era simples, era só olhar diretamente nos olhos das mulheres, entre 15 a 16 anos. mas sem demostrar que  algo  estava errado para não assusta ninguém, nem trazer desconfiança!

__ Filipe o grupo já estar saindo comigo! Tem certeza que não quer que eu vá com você? - pergunta Diogo demonstrando está preocupado.

__ não precisa, eles precisarão de você! Eu irei conseguir me virar com o outro grupo! - falo e subo em meu cavalo.

__boa sorte. - fala Diogo.

__pra você também! - falo e vou cavalgando na direção do centro da cidade com os cavaleiros, sentindo uma brisa gelada pelo meu pescoço demostrando que uma nevasca se aproximava.

                        Lívia

__ nossa. - exclamo ao ver tanta gente em uma quadra só.

Todas essas pessoas estavam aqui para comprar comida, assim como minha família estava desesperada para comer, eles também estavam. Entro no meio da multidão com a cabeça meio baixa para que ninguém me percebesse, meu coração estava acelerado, nunca sentir tanto medo em toda minha existência, não entendo o motivo de tantos cavaleiros aqui, geralmente eles ficam mas entorno do castelo não entorno do centro!

Olho uma banca onde tinha um senhor com uma mulher ao seu lado vendendo pão e outras frutas, me aproximo da banca e seguro a maçã com uma voraz vontade de morde-la, eu não tinha jantado, nem tomado café da manhã, minha vontade de morde-la ficava mais impulsiva, eu aproximo lentamente a maçã até minha boca e...

__ posso ajudá-la? - pergunta a senhora que parecia ter uns 30 anos.

__sim, pode. - falo e afasto a maçã de mim. - quanto está a maçã e o pão? - pergunto ao ouvir meu estômago roncar.

__um cruzeiro a unidade. - fala a mulher tentando olhar em meus olhos.

__ quero quatro de cada! -falo e olho para meus pés.

A mulher pega duas sacolas descartáveis e coloca o que foi pedido em cada sacola, ela coloca os produtos  na balança e em seguida olha para mim novamente tentando olhar em meus olhos. Que mulher persistente!!

__oito cruzeiros. - diz ela. - sabe, geralmente as pessoas costumam olhar nos olhos das outras para transmitir confiança.

__tome. - digo entregando a quantidade de moedas certas para ela,  seguro firme na alça das sacolas e levanto um pouco a minha face. - um bom dia para a senhora. - digo firme, e logo em seguida me retiro dando as costas ignorando seus questionamentos.

Por um momento pensei em realmente ir para casa,mas minha fome foi maior que qualquer outro sentido e por instinto me virei e peguei outra maçã que estava encima da banca e enfiei em meu bolso. Rapidamente me viro e dou passos longos pra longe do local sem saber se alguém de fato tinha me visto ou não, eu só queria saciar aquilo que me consumia pois eu tinha certeza que os alimentos que minha tia havia me solicitado não iria ser dirigir a mim.

A última domadora de dragõesOnde histórias criam vida. Descubra agora