a perda de um...

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Lívia

Mantenho meu olhar diretamente na estrela que aparentemente me mostrava a direção certa de seguir entre toda floresta. Por algum motivo a floresta estava liberando uma neblina mais densa e escura para atrair suas vítimas devido ao cheiro doce. A todo momento eu olhava para trás para observar o garoto que me acompanhava enquanto eu pulava entre ás árvores. Tentei de várias maneiras me comunicar com Seny, porém eu não era respondida de nenhuma forma, Seny aparentemente estava me escutando, porém não estava me respondendo, isso me intrigava, e me causava uma enorme preocupação, era como se ele estivesse ausente e presente simultâneamente.

Direciono meu olhar para o céu e percebo que vários pássaros voavam em direção oposta a floresta de um jeito desesperador, em seguida percebo que do topo da montanha saía uma fumaça escura que descia da montanha consumindo tudo à sua volta, até mesmo as árvores, era como se ela se estivesse se auto digerindo.

__ o que é isso? - pergunto ao escutar um grito familiar em meio a floresta.

__ deve ser a floresta. - diz o garoto um pouco impaciente.

__ não é, isso não é a floresta. - falo e continuo escutando vários gritos e choros de uma garota. - Lídia. - sussurro.

__ não podemos fazer nada Íris, o ácido que a floresta está liberando vai nos atingir antes que cheguemos lá. - diz o garoto olhando diretamente em meus olhos de uma maneira fria. - continue reto, tem um grupo nos esperando mais a frente. - finaliza

Continuo olhando diretamente para o garoto que começa a ficar mais impaciente ao ver meu desespero. Eu simplesmente não poderia ir, sem ao menos tentar, se não eu não estaria sendo eu, meu subconsciente gritava para escutar o garoto, mas meu coração me levava a outro caminho.

__ vá na frente, não precisa me espera se eu não chegar a tempo. - falo pulando em outra árvore na direção oposta.

__ NÃO ÍRIS. - escuto o garoto gritar pelo meu nome.

Glên

Não estamos com nenhuma vantagem nessa luta, a cada passo um peso maior era posto em nossas costas, era como se o grupo adversário estivesse usando magia. Minha respiração ofegante mostava que eu estava ficando cada vez mais fraco, olhava para os lados e via que todos estavam na mesma situação, ninguém conseguia se manter de pé de frente aos Trompis, não que sejamos mais fracos, porém algo não estava certo, todos os guerreiros, inclusive eu, estava ajoelhado no chão, era como se a gravidade estivesse nos espremendo para de baixo da terra.

__ se renderam tão fácil assim? - diz o mesmo homem que soltava uma gargalhada irritante e irônica. - não achei que domadores fossem tão fracos.- diz

__ Glên. - chama Clara com a voz ofegante.

__ sim. - falo tentando desviar o meu olhar para o do dela que se mantia de cabeça baixa.

__ Estiver levou uma flechada na perna. - diz Clara tentando levantar sua cabeça. - ele está perdendo sangue. - finaliza com um suspiro.

__ vamos tentar sair daqui. - falo tentando aliviar a tensão.

__ vai ser difícil. - sussurra Tobi bem atrás de mim.

A última domadora de dragõesOnde histórias criam vida. Descubra agora