Lívia
Nenhuma explicação ou hipótese que passava pela minha cabeça era compatível com o que poderia acontecer comigo assim que a minha trajetória terminasse. Se eu estava com medo? Óbvio. Mas eu nunca deixar que esse medo interfira em terminar o que já teve um começo, várias pessoas morreram para que eu terminasse uma trajetória onde somente uma única pessoa pode realmente dizer o final dela.
Só de pensar nas hipótese me causava um arrepio na espinha.
A esperança estava ausente dentro de mim.
Olho para o céu onde já havia uma brilhante estrela entre as nuvens e entre a poucos raios de sol que tentavam iluminar o céu sem muita sucesso, em minha cabeça realmente estava tendo um curto circuito que me deixava incapaz de raciocinar adequadamente.
" ...e como previsto não era uma coisa boa a se esperar..."
A mesma frase batia e rebatia em minha cabeça por várias vezes fazendo nascer um grande ódio em meu peito de uma maneira intensa.
"para de se maltratar"
Diz Seny ecoando uma voz consoladora em minha cabeça.
Por várias vezes pensei em mil e uma resposta, mas por algum motivo eu decidi optar pelo silêncio.
Me aproximo do portão de entrada com um certo receio sobre o que aconteceria quando eu ultrapassasse a porta, dou um sinal com a mão para os vigilantes que já me conheciam pelo fato da fama de "salvadora" que criaram inutilmente sobre mim! As porta estavam sendo abertas de uma maneira demorada devido a uma peça enferujada que ao tentarem gira ela transmitia um rangido ensurdecedor em minha cabeça, fazendo eu ter uma espécie de moxoxo de expressão. Crio uma espécie de controle de mente, que fez uma certa ansiedade entra em minha cabeça em testa-la. Me concentro o máximo que eu posso no portão, fazendo uma pressão exercer de uma maneira que fez com que em menos de segundos o portão abrisse com mais rapidez sem ajudar dos cavaleiros, fazendo todos me olharem com um perfeito "O" em seus lábios, conseguia sentir o cheiro doce que todos os cavaleiros exalaram ao ver a potência surpreendente do portão ao ser aberto com facilidade, uma espécie de esperança surgiu em cada olhar próximo que me fez simplesmente sorrir envergonhada. Odiava toda essa atenção!
Continuo andando até os portões enquanto todos os soldados já tinham retomado a fazer os seus deveres ao perceber que eu estava com pressa. Eu não tinha tempo para conversar.O céu cinzento havia coberto até o último raio de sol que tentava iluminar um pouco a floresta para que minha passagem fosse um pouco nítida e com certeza haveria mas neve durante a tarde! Com passos firmes, travo ao olhar a floresta. Eu não entendia porque estava chorando, eu não entendia o sentimento que esmagava meu coração, eu estava me sinto completamente sozinha, minha vida tomaria o rumo as cegas assim que entrasse no breu, eu caminharia sem destino, fui mantida viva para morrer.
Mesmo que não tenha certeza do final, eu sinto que algo falta a ser dito, existe algo que eu ainda não sei e que pode explicar a maior parte de tudo...
__ Lívia? - escuto uma voz na divisa do grave para o agudo que me chamava com um pouco de receio ao me ver travar de frente a floresta que levantava uma certa neblina, que simplesmente não me intimidava. - você vai embora e deixar a gente aqui? - pergunta Tobi assim que me viro para olhar nos olhos do garoto que por algum motivo demostrava tristeza em sua voz.