Lívia
Tudo estava coberto pela fumaça aos poucos as variações de cores foram tomando forma formando um cenário que não era muito famíliar, aos poucos eu conseguia ver algumas pessoas caminhando por um lugar que aparentemente era um reino bem estruturado e admirável.
"é bom saber que a pequena domadora chegou a este nível de poder. Tenha noção Lívia que está mensagem
é gravada mas sabia que estou te olhando em todos os momentos, em todos os seus passos, sussurro os feitiços que você deve usar em caso de urgência para que nenhum mal lhe alcance, minha pequena domadora."
Diz a voz de quem aparentemente devia ser de minha tia, em alto e bom som enquanto as imagens ficavam cada vez maís nítidas.
"acredito que você deve ter ouvido algumas história sobre o que aconteceu em sua infância, mas irei detalhar de uma vez o que aconteceu e o que você deve fazer para prosseguir sua jornada."
Finaliza a voz ficando cada vez mais distante até que a estrutura da simulação estivesse toda completa.
__ mamãe, disseram que a princesa nasceu pela manhã. - diz a imagem de uma garota que aparentemente tinha em torno dos seus 7 anos de idade.
__ sim minha filha, ela nasceu recentemente e todo povo conhecerá a herdeira do trono pela manhã do terceiro dia de nascida. - diz a mulher que aparentemente era a mãe da garota.
__ estou ansiosa por conhecê-la. - diz a garota que sorri deixando um brilho tomar seus olhos.

De repente o cenário mudou para uma casa úmida e escura onde a iluminação dependia de velas.
__ tem algo de importante para me falar? - pergunta um homem robusto a Enoque que havia se colocado de joelhos assim que o encontrou.
__ sua experiência deu certo Croix meu senhor, parte do diamante negro foi implantando. - diz Enoque um pouco apreensivo.
__ e o que tem? - pergunta sem demonstrar paciência.
__ sua mulher não aguentou no parto meu senhor e o diamante não foi compatível ao seu filho, ele não sobreviveu também. - diz Enoque apertando seu punho.
__ Meyre era uma imprestável mesmo. - diz Croix se levantando de seu aposento furioso. - e como você tem coragem de dizer que o diamante foi implantando? Está achando engraçado? - diz Croix dando um chute em Enoque fazendo com que ele rolasse pelos degraus.
__ não meu senhor! Ele acabou se teletransportando para uma outra dimensão depois que o corpo de seu filho não aguento a magia. - diz Enoque tremendo enquanto falava. - consultamos as trevas por precaução e vimos que o próprio diamante procurou um corpo compatível com o seu poder,as trevas nos revelou uma garota, uma princesa, que nasceu assim que seu filho nasceu, não conseguimos controlar o rumo do diamante pois o poder que a garota possuía era puro e extremamente forte. - diz Enoque fazendo Croix parar de andar em sua direção.
__ poder? - pergunta Croix confuso.
__ a garota nasceu depois do quarto elemento, ela nasceu com a marca de um dragão mostrando que ela domina algum elemento.
__ mas isso é impossível. - diz Croix mostrando interesse no assunto.
__ era o que achávamos, mas ela nasceu com o selo, não sabemos qual elemento ela domina, não sabemos a quantidade de elementos que ela domina e não sabemos se ela domina um elemento novo. - diz Enoque fazendo um sorriso no rosto de Croix se formar.
__ isso é muito interessante. - diz Croix passando a mão em sua barba rala. - como ela possui o sangue puro de domador e o meu diamante podemos nos dar muito bem. - diz Croix aumentando cada vez mais o sorriso em seu rosto.
__ ela pode acordar as trevas que há anos estamos tentando dominar, com o coração da garota podemos dominar tudo e a todos. - diz Enoque parando de tremer
__ ADORÁVEL. - diz Croix mostrando sua alegria. - onde ela está? - pergunta sentando novamente em seu aposento.
__ não temos certeza, pois as trevas não está conseguindo localizar o paradeiro, acredito que tenham feito uma coluna de magia para tentar impedir o rastreamento. - diz Enoque voltando a tremer.
__ Sempre deixando a desejar né Enoque, acho que terei que possuir outra mulher sua para ver se você aprende, acho que a Meyre não foi o suficiente para você aprender. - diz Croix fazendo Enoque derramar algumas lágrimas. - junte o grupo de soldados, partiremos pela manhã.

O cenário novamente se modifica levando a outro lugar, passo a mão em meu rosto e sinto que algumas lágrimas involutarias desciam pois algo ruim apertava meu peito.
Por algum motivo eu estava compreendendo o andamento da história.
__ o que faremos agora Endrey, o povo quer conhecê-la! - pergunta uma mulher branca dos olhos claros com um bebê em seus braços.
__ Kaira, fique calma, conversaremos com o povo e com o tempo tudo irá melhorar, não adianta se desesperar. - diz Endrey se colocando de frente a Kaira enquanto sua filha acordava.
__ eles irão querer mata-la. - diz Kaira com os olhos cheios de lágrimas.
__ chame Lúcia. - diz Endrey
__ não falo com ela a anos, não sei se ela irá querer me ver. - diz Kaira um pouco cabisbaixa.
__ precisamos tentar. - diz Endrey mantendo contato visual com sua mulher que concorda balançando sua cabeça.
Sinto meu coração acelerar ao ver que o cenário do lugar havia mudado novamente para um lugar mais simples, observo detalhadamente o lugar e escuto alguns gritos em um quarto que se encontrava no segundo andar.
__ eu preciso de sua ajuda. - ouço a voz de Kaira um pouco auterada enquanto um choro de um bebê tomava a casa. - sei que a morte de nosso pai foi traumatizante para você, sei que a sensação de não ter conseguido o salvar amarga seu coração todos os dias, mas olhe, você pode salvar alguém que precisa de você nesse exato momento. - finaliza Kaira olhando para quem aparentemente me recordava minha tia Lúcia que deixava em seu rosto várias lágrimas rolar.
__ eu sou fraca. - diz Lúcia apertando seus punhos.
__ não é, você está aqui depois da guerra, a única feiticeira guerreira na época que sobreviveu, você está frustada pelas pessoas que morreram, as que você não conseguiu salvar, mas nada disso foi culpa ou falta de competência, as trevas são cruéis e se você não me ajudar mais pessoas irão morrer. - diz Kaira deixando seu bebê no colo de Endrey e se aproximando de Lúcia que não parava de chorar. - precisamos de você. - finaliza passando a mão em seu rosto retirando todas as lágrimas
__ tudo bem. - suspira Lúcia se aproximando de Endrey. - me dê seu bebê. - diz suspirando levantando as mão para Endrey que logo obedece o comando.
Lúcia pega um bolo de panos e coloca sobre sua cama retirando aos poucos a coberta rosa que tampava o rosto da pequena e recém garotinha
__ como é o nome dela? - pergunta Lúcia admirando a pequena garota com bastante detalhe.
__ Iris de Mereti. - diz Kaira um pouco receiosa
__ o sobrenome da mamãe. - suspira Lúcia enquanto segurava uma grande corrente de luz em sua mãe direita.
Lúcia direcionou sua mão para o peito da pequena garota apertando com força fazendo com que a criança gritasse cada vez mais auto deixando Endrey um pouco impaciente.
__ não estou gostando disso. - diz Endrey ao ver que sua filha havia mudado de cor depois de tanto gritar.
Lúcia aos poucos foi diminuindo a intensidade de sua luz deixando apenas uma fraca iluminação das velas.
Lúcia delicadamente levanta a blusa da garota até seu pescoço, e em cima de seu coração Lúcia faz um desenho com um formato de cadeado que some assim que a mesma sussurra um feitiço no ouvido da criança o fazendo entrar dentro do peito da garota.
__ pronto. - sussurra Lúcia
