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Minha respiração está acelerada e meu coração parece que tem só uma batida infinita de tão rápido que está. Scott me encara com os olhos em puro desejo, meu corpo parece queimar junto com o dele. Solto minhas pernas da sua cintura e ele se afasta sentando na cama.

— Eu acho... — Scott pigarreia coçando a cabeça desconcertado. — Acho melhor pararmos por aqui. — Eu balanço a cabeça afirmativamente várias vezes seguidas muito envergonhada. Meu olhar escorrega por seu corpo e encontra um volume mais que evidente na sua calça, engulo a seco e encaro seus olhos novamente.

— Desculpa... — sussurro constrangida.

— Não, está tudo bem. — Percebo que ele está tão envergonhado quanto eu. Ele coloca as mãos na frente do seu colo cobrindo o volume e abaixa a cabeça. — Só preciso... de... De um banho. Se quiser que eu volte pra minha casa, eu volto — fala ao levantar.

— Não precisa, eu só... Só me deixei levar, mas ainda não é a hora — confesso.

— Tudo bem, eu entendo. Também achei que não fosse, eu deveria ter me controlado mais. — Sorrio pra ele ainda constrangida, ele sorri de volta e entra no banheiro.

O Scott demora mais que o comum e eu imagino o motivo, mas tento não pensar nisso. Quando ele sai já está recomposto dos pés a cabeça, ele deita do meu lado e ficamos por algum tempo em silêncio.

— Eu estava afim, sabe? Por meu corpo teria ido até o fim — confesso sussurrando sem olhá-lo. — Mas... — Suspiro e me calo.

Scott me olha e sorri carinhosamente, deita sobre meu ombro e beija minha mão.

— Fico contente de não termos chegado até o final, eu quero que você tenha completa certeza quando isso for acontecer, quero que seja especial. — Ele me olha. — Quero tudo especial. — Sorri.

— Só pelo fato de ser com você, já será especial. — Sorrio e ele me beija me abraçando carinhosamente. Deito no seu peito e respiro fundo fazendo carícias no seu braço.

°°°

Entro pela primeira vez na sala e já vejo vários rostos desconhecidos, sento na segunda carteira do lado da parede. Demora alguns minutos e uma senhora aparece, ela se apresenta como sendo a professora e eu já começo a sentir uma simpatia por ela. Hoje comecei minha faculdade em psicologia. Demorei um tempo, mas por fim optei por essa área na intensão de ajudar futuramente pessoas que sofreram de algum trauma, assim como eu.

Quando acaba eu pego um táxi para voltar para casa, chego e dispenso a Alyne, dou um beijo nos meus filhos que já estão dormindo, tomo banho e vou dormir também. O Scott está preso no trabalho e quando isso acontece sei que ele fica até muito tarde resolvendo os casos que tem.

°

— Você fez tudo isso? — Pergunto incrédula e encantada com a decoração tão romântica de casa, várias pétalas formando um caminho até a sala de jantar aonde, a luz de velas, Scott estava me esperando.

— É claro que eu fiz. — Ele sorri me beijando, está usando um terno elegante.

— Oh, Deus. Eu nem estou arrumada pra isso — sussurro olhando minha calça jeans e a blusa de mangas cumpridas que estava usando quando fui ao cinema com a Gabs e nossas crianças. — Você combinou com eles, não foi? De irem comigo no cinema enquanto arrumava tudo isso? — Scott abre um sorriso divertido.

— É claro, aliás, foi o Chris quem deu a ideia de te levar ao cinema. Tive ajuda do Brock para preparar isso. — Eu sorrio sentindo meus olhos marejados.

— Scott... — sussurro emocionada e o abraço, ele acaricia minhas costas e beija minha cabeça.

— Não chora, minha linda — sussurra carinhoso. — Venha aproveitar. — Me olha e beija minhas bochechas limpando minhas lágrimas, então me guia até a cadeira e a arrasta para eu sentar, depois senta na minha frente. 

Imprevisível✓ - Livro 5 da série Corrompidos. Onde histórias criam vida. Descubra agora