Prólogo.✓

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LIVRO V (5), SEQUÊNCIA DE INSANO. PARA ENTENDE-LO, PRECISA TER LIDO TODAS AS HISTÓRIAS ANTERIORES: INOCÊNCIA - INSACIÁVEL - IRRESISTÍVEL, INDECÊNCIA E INSANO.

Essa história contém sexo, violência, palavras de baixíssimo calão. É recomendado para maior de 18 anos, se continuar a leitura e não gostar, não venha denunciar. Apenas sinto muito. Agora cabe a você continuar.

Chego em casa depois de quase três meses fora. Confesso que a saudade da Karen estava grande. Apesar do nosso casamento não estar sendo o melhor do ano, eu gosto muito dela. Claro que o que ajudou a desgastar nosso relacionamento foi minhas incansáveis investigações sobre a quadrilha envolvida no tráfico humano. Meu antigo parceiro e investigador chefe se aposentou – apesar dele ser só uns cinco anos mais velho que eu – pois queria "viver" mais com a família, claro que eu o apoiei, nós sempre fomos muito amigos. O conheço desde a infância e ele foi meu padrinho de casamento, a Karen também gosta por demais dele. O Thomas tem uma mulher e dois filhos ainda pequenos, e faz tempo que não os vejo devido ao extremo tempo que fico preso no trabalho. Karen reclama todo dia sobre isso, mas essa operação é muito importante, envolve tantas pessoas, tantas crianças desaparecidas, que se eu conseguir encontrar os responsáveis e prender, vou me sentir o melhor investigador do mundo! Mas claro que tudo isso devido a ajuda da Gabriela, minha parceira que substituiu a saída do Thomas.

Recebi essa folga de surpresa ontem, eu aceitei pois estou tão cansado psicologicamente que só preciso de um descanso com minha mulher. Nem contei a ela que estava voltando, resolvi fazer surpresa, comprei um buquê das rosas laranjadas que eu sei que ela adora, além dos chocolates diet que ela tanto idolatra. Abro a porta e sorrio ao entrar em casa, deixo as malas na porta e a fecho, viro e encho o pulmão para chamar por ela, quando ouço ruídos de pessoas conversando... ou quase isso.

Permaneço parado tentando entender o que exatamente é e vou andando pela casa, passo pela sala que continua igual, apenas um pouco mais bagunçada. Logo na escada eu vejo uma camisa social deixada para trás, sigo subindo e encontro uma blusa regata feminina, depois uma saia e uma calça social masculina. Meu coração está apertado no peito, os gemidos estão altos e eu ainda estou no corredor. Consigo identificar a voz da Karen gemendo e implorando por mais.

Vai! Com mais força! Faça o que meu maridinho não da conta... Oh! — Ela grita a última palavra.

Paro na frente da porta do nosso quarto que está entreaberta e término de abri-la, como imaginava eu tenho de cara a imagem da Karen pelada montada em um cara, ela sobe e desce em cima do homem.

— Ah, sua vadia! Sempre quis te comer, só não fazia porque o Taylor não largava do seu pé. — E é nesse momento que eu reconheço a voz masculina. Thomas.

Deixo o buquê de flores e a caixa de bombons caírem causando um barulho, os dois me olham assustados e arregalam seus olhos.

Karen levanta cambaleando e começa a vir na minha direção pelada mesmo, seu corpo está molhado e consigo ver que não é só suor. Pelo jeito essa não é a primeira foda do dia.

— Taylor? Oh, meu Deus! Meu amor! Nada disso parece ser o que você está pensando, eu posso explicar, eu juro. — Ela para na minha frente e tenta me tocar, eu me afasto como se ela fosse um vírus.

— Pode explicar, Karen? Pode mesmo? Então me fala o porquê você estava com o pau do meu ex-colega de trabalho e melhor amigo enfiado na sua boceta? — Ela para de andar e pisca desnorteada.

— Taylor... Desculpa cara! Ela estava tão sozinha aqui e acabou rolando — Thomas fala.

— Acabou rolando, Thomas? E nisso você não pensou nem nos seus filhos ou na sua mulher? Menos ainda no cara que você foi padrinho de casamento. — Rio sarcasticamente.

— Taylor, me perdoa, meu amor. — Karen toca meu rosto e eu a empurro bruscamente.

— Não toca em mim com essas mãos, porra! — Grito e esmurrou a parede ao lado dela. — Karen, pega suas coisas e saia da minha casa agora com seu amante. — Seus olhos castanhos se enchem de água.

— Mas Taylor... Não faça isso, eu te amo...

— Me ama? Vai se foder, Karen. Te dou cinco minutos pra sair daqui levando esse desgraçado contigo. — Thomas está atordoado assim como a Karen.

Desço para a cozinha e me debruço na pia apertando minha cabeça com as mãos, consigo escutar os barulhos de alguém andando pra lá e pra cá. Abro uma tequila e viro no bico dando um gole cheio e depois quase vomitando o que bebi. Minha garganta parece fechada, assim como meu estômago. Meu coração parece estar levando inúmeras facadas de todos os lados possíveis.

Como pude ser tão trouxa para dizer que amava aquela mulher? E dizer que aquele homem era meu melhor amigo? Por quê caralhos eles fizeram uma traição tão dolorosa comigo assim? Se ela quisesse separação era só ter dito, nunca a obrigaria viver comigo. E se ele estivesse gostando dela, também poderia ter me dito, não iria empatar a vida deles. Cadê a honestidade que eu pensei que merecia?

Quando volto para o quarto não há mais nada além de uma cama bagunçada e várias gavetas e portas do closet abertas.

   

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Thanks!

Kess.

14.11.2017

Imprevisível✓ - Livro 5 da série Corrompidos. Onde histórias criam vida. Descubra agora