XLVII.✓

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Jess está com a mão entrelaçada a minha caminhando de olho nas vitrines e comentando sobre as roupas que vê, estamos passeando pelo centro sem destino certo. Deixamos as crianças com a babá, pois precisávamos fazer as compras do mês e já que os menores estavam dormindo e as meninas não quiseram vir, resolvemos deixá-los. Minha mulher para na frente de uma vitrina de sex shop e ri me abraçando e apontando para um manequim feminino com uma fantasia sexual de policial.

— Olha só, amor, poderíamos brincar disso outra vez, porém agora do jeito certo.

— Sai fora, Jessica. — Reviro os olhos voltando a andar com ela rindo ao meu lado. — Já não basta a vergonha que foi sair na rua com aquela algema no braço e ir naquele chaveiro pra ele abrir. — Bufo e ela ri outra vez entrelaçando nossas mãos e beijando a minha.

— Então, essa seria uma chance de fazermos certo, ué.

— Jessica. — Ela ri e da um pulo deixando um beijo na minha bochecha.

— Bobinho. — Sorri me puxando pra dentro de uma loja de calçados.

Voltamos pra casa de tarde, a Jess me obrigando a carregar um monte de sacolas das suas compras enquanto ela leva só a bolsa.

— Vai querer que eu abra a porta também? — Pergunto a encarando, ela sorri pegando a chave a abrindo. Entro e jogo tudo sobre o sofá, a Sarah, babá das crianças, nos olha se levantando.

— Desculpa se demoramos muito, Sarah, mas minha mulher é uma acumuladora que tudo que vê quer comprar. — Resmungo e a garota sorri atrapalhada me encarando de olhos arregalados. Às vezes essa garota me assusta, tenho que confessar. Ela tem 18 anos, mas é tão magrinha, usa umas roupas tão infantis e o cabelo ruivo em duas tranças de cada lado, aparelhos nos dentes e um óculos de grau no rosto, que seria facilmente confundida com uma menina de 13.

— Eu só comprei coisas úteis, Kendall, e comprei pra você também! Chato. — Jessie me puxa e me abraça sorrindo e me dando vários selinhos, circulo sua cintura e sorrio mordendo seu lábio, mas me recordo da garota na sala e volto meu olhar pra ela que está nos encarando de olhos arregalados. Jess ri virando meu rosto para si.

— Ela me assusta — sussurro só pra minha mulher ouvir. Ela ri de novo balançando a cabeça.

— Para com isso, ela é uma gracinha — defende e me da outro selinho se afastando. — Onde estão as crianças? — Pergunta pra garota que gagueja várias vezes antes de falar:

— No quarto. Quartos. Nos quartos. A Becky e o Henry estão dormindo e as outras estão assistindo junto com o Fry. — Jess sorri e acaricia a cabeça da menina, depois abre a carteira e pega o valor que deve pra Sarah.

— Aqui, obrigada mais um vez por ficar com eles, ta bom?

— De nada, dona Jessica, eu que agradeço. — Jess a leva até a porta, a garota se vira pra mim e acena. — Até mais.

— Até — digo e sorrio e ela se vai, Jessie fecha a porta e me olha sorrindo.

— Meu amorzinho... — sussurra se aproximando e pegando nas minhas mãos, o sorriso na sua boquinha deliciosa é sem vergonha. Ela leva minhas mãos até seus peitos e as apertam em volta deles me fazendo sorrir e me aproximar do seu corpo colando nossos quadris.

Imprevisível✓ - Livro 5 da série Corrompidos. Onde histórias criam vida. Descubra agora