LVII.✓

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— Quando vamos para a casa de campo? — Chris pergunta sentando na cadeira na frente da mesa, estou de pé no balcão esperando o chá ficar pronto.

— Não sei, por quê?

— Quero saber o que a mamãe tem pra me contar sobre meu pai — fala baixo olhando para as próprias mãos sobre a mesa.

— Tenha calma, carinha, por que não espera a Bella nascer pra vocês falarem sobre isso? — Sento na sua frente, ele suspira.

— É isso que a mamãe vai fazer, né? — Me olha.

— Acho que sim, ela não quer arriscar acontecer algo com a bebê. Chris, as coisas que ela vai contar não serão fáceis, você precisa ser paciente e esperar o tempo da sua mãe. — Ele assente.

— Tudo bem, Tay, vou esperar. Prometo. — Sorrio bagunçando seu cabelo e levantando até o fogão.

— Está pronto, vai querer?

°°°

Beijo sua boca sorrindo e depois sua barriga onde acaricio enquanto converso.

— Sabe, já está quase na hora de você finalmente nos conhecer, sabia? Provavelmente você já sabe disso tudo melhor que eu, né, mas não tem ideia do quanto eu tô ansioso pra te conhecer, Bella. — Olho pra Diandra. — Não só eu, como sua mamãe e seus irmãos também.

Sinto a ondulação na barriga e sorrio, meu coração parece querer explodir no peito toda vez que isso acontece. Diandra ri acariciando a barriga também e nossa bebezinha continua se movendo lá dentro.

— Ela está tão animada hoje — comenta me fazendo dar outro beijo na sua barriga.

— Ela quer sair logo, tenho certeza que quer conhecer o papai. — Minha mulher ri outra vez revirando os olhos.

— Convencido. Não precisa escutar seu pai agora, Bella, pode vir só no tempinho certo. — Deito ao lado da Diandra e a abraço. Ela já está no nono mês, ou seja, último, porém a bebê está previsto pra nascer a partir da semana que vem. Diandra optou por fazer parto normal, apesar de que eu preferia que fosse cesárea pra ela não sentir dor, mas ela alegou que seria mais fácil pra recuperação.

— Já imaginou como ela vai ser? Se vai ter seus olhos ou os meus, os cabelos, o jeitinho dela... Ah, espero que seja tão linda quanto você. — Ela sorri.

— Acho que ela vai ter seus olhos — sussurra me olhando. — Eles são tão lindos. — Sorrio acariciando seu rosto.

— Os seus também são, minha linda. Imagina se ela for como você? Cabelinhos cacheados, olhinhos azuis...

— Ah, não. Para com isso. Não quero uma mini eu, quero uma mini mistura de nós dois. — Sorrio a abraçando e beijando seu pescoço.

— Eu amo vocês demais, meu amor.

— E nós amamos você. — Diandra me olha com carinho e beija minha boca se aconchegando ao meu lado. — Olha só... — Pega minha mão e coloca sobre seu ventre. — Ela deve ter dormido.

°

Acordo sentindo a cama vazia, ligo a luminária no criado mudo ao lado da cama e olho o quarto vazio.

— Diandra?

Apesar do luz do banheiro estar apagada, ainda assim eu abro a porta pra ter certeza que está vazio. Saio do quarto e desço para a sala e depois para a cozinha, onde encontro a Diandra. Ela está sentada tomando água.

— Ei, está tudo bem? — Ela me olha e assente.

— Só a Arabella que ta muito agitada. — Sento ao seu lado.

Imprevisível✓ - Livro 5 da série Corrompidos. Onde histórias criam vida. Descubra agora