XLVIII.✓

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O Ken está dormindo feito um bebê, ainda estou acariciando seus cabelos loiros macios e cheirosos. Sua expressão é tranquila, a respiração calma. Dou um selinho e levanto trazendo o saquinho com gelo para reabastecer e deixar prontinho caso Ken acorde e queira. Ele não se queixou muito de dores, mas o doutor falou que ele vai sentir muito incômodo e que gelo é uma ótima opção para aliviar.

Saio do quarto e fecho a porta atrás de mim, a Becky e o Henk estão na sala com o Fry no colo. Depois de encher o saco de gelos e deixar no freezer, eu volto até eles.

— O que estão aprontando, mocinhos? — Henk me olha sorrindo com o Fry no colo, a Becky levanta e vem correndo até mim. 

— Mamãe, o Henk não me deixar pegar o Fry! Briga com ele! — Bate o pezinho toda exigente e manhosa, culpa do pai que fica mimando.

— Pra começar, quem manda na relação sou eu, então não venha exigir as coisas pra mim e sim pedir. E Henry traga o Fry aqui pra mamãe, vem. — Ele levanta receoso com meu bebezinho nos braços. Pego o Fry e dou vários beijinhos na sua carinha, ele late e tenta me lamber. — Eu fico com ele, vocês vão procurar o que fazer. — Decido e me jogo no sofá, mas obviamente os dois sobem também e se deitam me abraçando.

Fico assistindo um tempinho com os três deitados comigo, depois levanto e começo a preparar alguma coisa para comermos, eu odeio cozinhar e normalmente quem faz as coisas de comer é sempre o Ken, eu apenas ajudo, mas como essa opção está anulada por agora, tenho que me virar.

Faço um estrogonofe de frango, que não é tão complicado pra mim e eu já até fiz com o Keel, e procuro pela receita de um arroz de forno delicioso. Vou seguindo a receita passo a passo e quando termino e provo, percebo que ficou até que gostosinho.

Sirvo em um prato todo arrumadinho e coloco na bandeja, depois coloco o copo com suco também. Deixo no canto e chamo as crianças para comerem.

— Você fez isso? — Lexa pergunta quando entra na cozinha, a Becky e o Henk já estão sentadinhos comendo.

— Fiz sim.

— Acho que nem estou com fome, vou voltar para o quar...

— Lexa — repreendo séria, a Louise ri sentando e se servindo. Lexa morde a boca e suspira sentando ao lado da Lou.

— Deus nos ajude... — Suspira e eu dou um tapa na sua cabeça.

— Cala a boca e come, ficou uma delícia — reclamo pegando a bandeja.

Entro no quarto com um pouco de dificuldade e o Ken está acordado mexendo no celular.

— Está com fome? Fiz uma comidinha pra gente, espero que goste. — Ele arregala os olhos deixando o celular de lado.

— Você fez isso sozinha, Jessie? As crianças estão bem? Digo, não queimou nada da casa, né? — Reviro os olhos deixando a bandeja sobre o criado mudo ao seu lado.

— Muito engraçado, Kendall, engraçadíssimo — ironizo e ele ri me puxando até a cama, sento ao seu lado e Ken me beija lentamente.

— Estou brincando, boneca. Obrigado. — Arqueio as sobrancelhas.

— De nada, agora coma. — Ele encara a comida e depois a mim.

Imprevisível✓ - Livro 5 da série Corrompidos. Onde histórias criam vida. Descubra agora