Olho a Diandra ainda dormindo e dou um beijo na sua testa e saio do quarto. Na madrugada ela acordou muito assustada pelo sonho que teve, não entrou em detalhes ao contar, mas só pelas coisas que disse, já tenho noção do porquê ela ficou tão aterrorizada. Estamos na minha antiga casa enquanto a nossa está reformando, já vendemos essa aqui e com parte do dinheiro nós estamos reformando a atual e vamos fazer o orçamento de um carro para a Diandra já que seu trabalho em breve vai começar e seu estudo também. Além disso, em alguns meses uma nova criança chega em casa, e dois veículos facilitará e muito.
Dou um beijo nas crianças, que também ainda estão dormindo, pois hoje vou mais cedo pra delegacia e as aulas deles só vão começar daqui duas horas. Deixo parte do café da manhã pronto e vou.
Estamos resolvendo um caso de assassinato que está sendo bem complexo, cada vez mais suspeitos aparecem, e ainda tem a possibilidade de ter sido suicídio. Gabs e o Brock estão na minha equipe, Gabriela na parte teórica e o Brock na prática, como ouvir o depoimento dos suspeitos, interroga-los até a última dúvida ser cessada, a Gabs fica anotando o comportamento da pessoa, e assim por diante, eu faço um pouco de tudo. Claro que nossa equipe é bem maior, tem vários profissionais trabalhando junto conosco, o que facilita bastante.
No final da manhã eu ligo pra Diandra para saber como as coisas estão, ela conta como foi seu dia até o momento e que a Emma, nossa vizinha e sua patroa, vai reabrir a floricultura, que estava em reforma, no começo da próxima semana. A minha mulher fica toda contente e empolgada me contando.
Conseguimos avançar no caso depois de provas cruciais serem encontradas no telefone da vítima, dando a certeza que ele cometeu suicídio. Avisamos a família e relatamos, então eu posso voltar mais cedo pra casa. Meu trabalho me faz lidar diariamente com mortes de todo tipo, eu faço de tudo pra isso não interferir na minha relação com minha família, e nem os deixo a par das coisas que acontecem, apenas algumas vezes quando a Diandra pergunta, mas nem ela mesma gosta de falar sobre isso, pois sabe que os casos que eu investigo são fortes. Já me acostumei, obviamente que isso não alivia aquela sensação que eu tenho quando finalizo um caso, seja ele com um assassino e uma vítima, ou apenas uma vítima, como foi com esse.
Passo na cafeteria na frente da delegacia e compro um cappuccino, depois sigo para a escola do Chris pois sei que ele já deve estar saindo, espero que não tenha pego o ônibus ainda. Ao parar na frente do portão, o vejo caminhando com a mochila nas costas e dois amigos juntos dele e do Benjamin que está ao lado. Os meninos se despedem quando Chris me vê e ele e o Ben vem correndo na direção do carro, Chris entra no banco da frente e o Ben vai atrás.
— Boa tarde, senhor Taylor — o menino cumprimenta sorrindo.
— Como vai, Ben?
— Ele ta muito bem, acredita que uma garota pediu pra sair com ele? — Chris responde pelo amigo rindo enquanto coloca o cinto de segurança, eu acelero o carro sorrindo dos dois.
— Ah, é? E o que você disse, Ben? — Pergunto o olhando pelo retrovisor interno, ele ri.
— Eu aceitei, claro, mas acho que não devia — responde dando de ombros. Ergo as sobrancelhas.
— Por que não? Não gosta da garota?
— Ele está com medo, isso sim — Chris fala.
— Eu não sou como você, Chris, nunca sai com uma garota, não sei como é! — Ben se defende
— Então o Chris já saiu com alguma menina? — Pergunto, o Chris nega balançando a cabeça.
— Mas ele tem até um fã clube lá na escola de várias meninas que gostam dele — Ben revela me fazendo rir.
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Imprevisível✓ - Livro 5 da série Corrompidos.
RomanceLivro V, sequência de Insano. Para entendê-lo, precisa ter lido todas as histórias anteriores: Inocência - Insaciável - Irresistível, Indecência e Insano. Ela sobreviveu Ele a salvou Elas se reencontraram Ela é traumatizada Ele é machucado Eles...