Capítulo 16 - Civilização dos Inquebráveis. Parte II

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A iluminação estava forte demais, exagerada

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A iluminação estava forte demais, exagerada. E julgando pelo aroma, podia afirmar que estavam em um lugar amplo e limpo, mas abafado também. As vozes ao redor se misturavam com ecos agudos de metais e pisadas firmes.

Quando finalmente abriu os olhos, Tonto teve sua visão ofuscada pela iluminação, sentia dores em suas costas e em seus pulsos. Sua respiração se tornou ofegante no mesmo instante em que ele notou que estava sozinho naquele cômodo. Os sons que ouvira ainda dormindo, estavam vindo do corredor que era possível ver apenas uma parte pela porta aberta. Ele olhou para si, notando que estava diferente. Usava roupas brancas e uma fita branca presa em seu pulso direito. Levantou daquela estranha cama cheirosa e calçou os pés com sandálias que estavam ali próximo. Seu coração estava acelerado demais, o garoto se dirigiu até a porta e os sons de metais e aromas ficaram mais intensos. E de repente, uma mulher surgiu, arrancando de sua garganta, um grito de susto.

— Oh, pequeno menino — ela disse sorrindo. — Desculpe-me por ter assustado você! Eu estava preocupada, acho que exageramos no gás da sonolência, ou talvez você estava um pouco fraco. Venha comigo, tem que se apressar.

Definitivamente, Tonto não queria ir com ela para lugar algum. Mas de certa forma, a voz tranquila da mulher e seu belo rosto transmitia confiança. Ela usava roupas brancas e tinhas seus cabelos bem presos por uma tiara de prata, deixando seus olhos verdes bem mais visíveis. Ela abriu a porta um pouco mais e estendeu a mão para ele.

— Venha comigo, ande! A Ama vai adorar te conhecer também, ela estava preocupada. Ah, meu nome é Covárdia. Já cuidei dos seus amigos, eles estão bem.

Amigos! Sim, Tonto havia por um momento, se esquecido dos outros! Isso o deixou envergonhado por dentro, mas a julgar pela afirmação daquela mulher, eles estavam acordados a mais tempo que ele.

— Onde estou? Que lugar é esse? — ele ousou perguntar enquanto atravessavam o corredor ruidoso. Pareciam estar abaixo do solo, pois era abafado e em alguns trechos nas paredes, era possível ver terra e pedras salientes.

— Você está na Cidade da Alvorada. Mas, suponho que esse nome mudará em breve.

— Eu nunca ouvi falar desse lugar.

— Sério? — se espantou Covárdia, acelerando os passos. — Não vejo razão para isso, somos uma civilização tão avançada e temos tanto reconhecimento por toda Haga. De onde você vem?

— Sou do Vale do Verão, onde o sol sempre nasce aquecido — disse Tonto.

— Vales? Achei que já não existiam mais. Bom, seja como for, te convido a conhecer a Cidade da Alvorada.

Nesse instante, Covárdia largou a mão de Tonto e foi até uma porta que estava bem a sua frente e a abriu com um único empurrão. Uma luz pálida iluminou o corredor e deixou ofuscados os olhos do menino. Aos poucos, seus olhos se adaptaram com a claridade do dia e ele se permitiu dar os primeiros passos pisando em degraus.

O Inventor de EstaçõesOnde histórias criam vida. Descubra agora