Capítulo 69 - A volta dos inocentes

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De mãos dadas e olhos cerrados, Tonto, Flora, Halva e Corteo continuavam irradiando brilho de seus sinibios; a magia que agora emanavam era ainda mais forte, assim como a energia que nascia de Olati para os outros

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De mãos dadas e olhos cerrados, Tonto, Flora, Halva e Corteo continuavam irradiando brilho de seus sinibios; a magia que agora emanavam era ainda mais forte, assim como a energia que nascia de Olati para os outros. Os mecanogos estavam cercando-os cada vez mais enquanto Rencor lutava com suas últimas forças lado a lado com outros guerreiros. Muitos seres estavam feridos, mas não desistiriam. Nada os faria desistir de Haga. Enquanto todos lutavam, corpos caíam violentamente sob a pessoa chuva, e a noite ia se perdendo no horizonte onde o sol começava a surgir vermelho e frio, Jaya e muitos outros guerreiros se aproximavam da abertura negra por onde muitos mecanogos estavam saindo e a energia que dali era sentida parecia ser tão maligna quanto qualquer outra.

— Temos que dar um jeito de fechar isso – gritou Jaya aos guerreiros ao redor.

As criaturas que possuíam luz usavam-na para que assim pudessem fechar aquela abertura de escuridão, mas nenhum esforço parecia surtir efeito, pois muitos e muitos mecanogos surgiam e partiam para o ataque. Alguns lançavam-se no abismo com a intenção de sugar daquela terra o óleo que os alimentava. Então não haveria outra saída, pensou Jaya, teria que atravessar e tentar acabar com a fonte de todo o mal. Ela apertou seu arco contra o peito, sentia as vibrações negativas e olhou para Mirla que guerreava por Haga e por todos os seres, assim como todos ali lutavam por ela e por Haga, então partiu se lançando no meio das criaturas sombrias sendo seguida por Sey e outros guerreiros hagarianos.

Quando atravessaram o portal, estavam em um lugar obscurecido e a única luz que entrava por uma pequena janela no alto era doente e fraca. Então puderam ver toda a escuridão que estava indo para Haga através daquele portal. Era sombrio e tenebroso e crescia lentamente. O ser que era feito de trevas e horror pulsava como um coração e a cada batimento ia surgindo um novo corruptor. Jaya estava de frente para a criatura e Sey ao seu lado. Nunca em sua vida ouvira falar de tamanha força maligna. Teria sido aquele ser a corromper seu mundo assim como fizera com o seu próprio. Se não fizesse algo, logo Haga estaria nas mesmas condições catastróficas e irreversíveis.

O ser tenebroso ocupava o canto mais escuro do lugar e crescia lentamente assim como sua energia parecia se alimentar de outras energias. Jaya começou a sentir-se enfraquecida e soube que não poderia demorar ali. Então ouviu gemidos abafados e alguém que parecia desesperado ou chorar angustiado. Sey estava em alerta e suas orelhas captavam cada ruído ao redor; ela conhecia aquela voz que agora parecia tão triste. Rondaram o lugar tão obscuro e logo Jaya encontrou uma menina magra e que lutava para se desgarrar das trevas que era o Corruptor. As mãos da menina estavam presas naquela criatura maligna e quanto mais ela fazia forças para sair, mais parecia ser puxada. Jaya logo a reconheceu; soube de quem se tratava por notar na menina uma valentia muito semelhante a de um querido amigo. Era a filha de Livi Varua.

Liriu Fon estava de joelhos muito próxima ao Corruptor e fora parar ali para tentar salvar uma criança que vira sendo devorada pela escuridão daquele ser, mas percebeu que era impossível se desgarrar quando enfiou suas mãos na tentativa de puxar a outra criança. Jaya surgiu ao seu lado de imediato enquanto Sey encarava a única porta que estava naquele momento fechada. A todo tempo o grande Corruptor fazia nascer mais e mais mecanogos e todos partiam rumo a Haga de maneira incontrolável.

O Inventor de EstaçõesOnde histórias criam vida. Descubra agora