🏆 VENCEDOR "THE WATTYS AWARDS 2019" NA CATEGORIA FANTASIA 🏆
🏆 1º Lugar no Concurso Wattpad Brasil - Fantasia 🏆
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Sinopse: Há algo errado com o mundo de Haga, por todos os quatro Vales crianças estão desaparecendo sem deixar qualquer vestígio...
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O céu estava cada vez mais carregado de escuridão. Era como se tudo estivesse prestes a desmoronar. Rajadas de vento eram constantes e furiosas e os raios que riscavam as nuvens pareciam explodir em clamor pela paz. O solo estava rasgando-se e engolindo tudo ao redor. A sra. Dondon assistia a tudo isso imóvel. Inexpressiva. Estava rodeada de filósofos que davam mais carga na estranha peça de energia aura. Faíscas iluminavam todo o lugar quando as cargas de energia atingiam as redomas e então as crianças se contorciam de dor. Suas manifestações estavam acontecendo violentamente, mas seus poderes não podiam livrá-los da barreira que os prendia.
Era uma questão de poucos minutos até que a manifestação de todos se mantivessem fixas. Para que a incisão acontecesse, era necessário que os sinibios permanecessem em suas formas essenciais e fora do corpo de cada um. O sinibio do outono era carregado de poder e fúria e investia contra as paredes de cristal da redoma enquanto Corteo permanecia de joelhos. Seu corpo estava envolvido em uma luz escarlate assim como os outros estavam envolvidos por seus sinibios. Halva lutava para achar uma saída enquanto seu sinibio congelava tudo ao redor na tentativa de poder arrebentar uma saída, mas todo o esforço era incapaz de obter resultados; Flora estava sentada e com o rosto coberto pelas próprias mãos, não queria ver nada daquilo, mais uma vez estava sendo envolvida por raízes que logo morriam ou se recolhiam. Tonto estava de pé, encarava a sra. Dondon através do cristal que o prendia. Ele conseguia visualizar as expressões da mulher. E ela também o encarava, mas não o via. Ela via apenas o ser que estava se manifestando e alimentava um ódio crescente por ele. Ela queria ver seu fim.
— Sra. Dondon, há uma coisa acontecendo – disse um homem, parecia assustado pois tremia enquanto falava. — Seres estranhos estão vindo em nossa direção e parecem inimigos.
— Convoque o exército e os mecanogos imediatamente! Faça-os parar de qualquer maneira – ela instruiu, sem sequer tirar os olhos de Tonto. — Destruam todos que tentarem chegar aqui!
Um crescente exército de homens armados com espadas e arcos começou a se encaminhar para a frente da congregação, os mecanogos, criaturas malignas pareciam resistir às ordens, mas formaram uma barreira protegendo as redomas. A sra. Dondon viu quando Margarida se aproximava tentando passar por entre as criaturas malignas, alguns soldados contiveram ela e os outros, mas a anciã ordenou que soltassem apenas ela. E assim foi feito.
Margarida correu aos tropeços para se aproximar da redoma onde Tonto estava aprisionado. Seu coração doía. Sua voz estava presa na garganta, mas seu choro era incontrolável. Ela tentou tocar a redoma, mas estava quente por conta da energia aura e a força do sinibio. Tonto moveu-se abrindo as mãos sobre a superfície de cristal como se quisesse tocar sua mãe que há tanto tempo não via. Ambos estavam com a mesma expressão de dor. Margarida ainda tentava forçar um sorriso, sussurrava aos prantos que tudo ficaria bem, que iria tirá-lo dali.
Então a sra. Dondon surgiu por trás, observava o afeto entre mãe e filho. Desprezava ambos.
— Como se sente sabendo que poderia ter evitado tudo isso? – ela perguntou a Margarida, que não se virou para encará-la, seus olhos e coração estavam em Tonto. – Tudo será solucionado. Isso tudo faz parte de um bem maior.