🏆 VENCEDOR "THE WATTYS AWARDS 2019" NA CATEGORIA FANTASIA 🏆
🏆 1º Lugar no Concurso Wattpad Brasil - Fantasia 🏆
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Sinopse: Há algo errado com o mundo de Haga, por todos os quatro Vales crianças estão desaparecendo sem deixar qualquer vestígio...
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— Isso não pode continuar! Mas é o cumprimento do destino de todos. Não podemos intervir mais.
— Há destruição, há injustiça, há desequilíbrio. Isso afeta os ciclos. Isso afeta a harmonia.
— O que poderíamos fazer... Fizemos. Tudo que acontecerá a seguir, será como um fluxo que não pode ser bloqueado.
— É necessário.
— Mas a missão deste ainda não acabou.
— Não acabou! — repetiram em uníssono.
Eles olham ao mesmo tempo para o corpo do homem sobre o chão. Seus corpos eram semelhantes, mas a matéria que os constrói era diferente. Não possuem idade, nunca envelheceram, não conhecem os anos. Eles são o universo, eles estão no universo. Se espalham e se unem. No entanto, em toda a existência, nunca presenciaram tempos tão catastróficos. As consequências estão levando outros mundos a conhecer ruínas.
— Há destruição, há injustiça, há desequilíbrio. — Repetiu um deles ajoelhando-se diante do corpo frio. A floresta que os rodeava era branda, mas também selvagem. A criatura acariciou a face do homem, sua mão era como um fragmento de milhões de estrelas sempre em movimento.
Os outros quatro permaneceram de pé, seus corpos são iguais, esguios e belos como uma nebulosa repleta de luz e tons diferentes de rosa, azul e roxo.
— Vamos tirá-lo daqui. Nós vamos levá-lo para onde seu corpo possa descansar.
Eles eram um só, apesar de assumirem quantas formas quisessem. Falavam por um, eram donos de uma única voz. Os outros quatro se ajoelharam junto ao corpo do homem e tocaram ao mesmo tempo em seu cenho, no instante seguinte, suas partículas humanas se desfizeram e se transformaram em pó. O pó flutuou, ganhou luz e densidade. Parecia dançar. Os seres ergueram as cabeças e viram ao mesmo tempo que aquele pó era digno de seguir seu novo destino.
Bonvair. Ele fora um guerreiro até o último segundo. Desde sua juventude decidiu lutar para impedir que criaturas indefesas sofressem em mãos cruéis. Se juntou a Livi Varua assumindo a responsabilidade de andar por países distantes, se infiltrar onde quer que houvesse suspeita de perigos. Sua magia era seu conhecimento, e ele sabia como usá-la nos momentos certos. Estudou sobre a natureza hagariana, os seres que se perderam com os anos e os que poderiam surgir. Fez o melhor que pôde para salvar os sinibios, talvez tenha conseguido mudar um pouco o destino. Cumpriu seu dever. Agora ele era luz, era pó, era energia. Carregado por uma brisa, dançou por entre as copas das árvores mais altas até que já não podia se controlar e subiu.
Em pouco tempo ele flutuava sem se conter. E ele não queria ser contido. Tudo que havia se tornado seguia um novo destino. Atravessou um oceano negro e sem água, era frio, era explosivo e era permitido adquirir a forma que quisesse. Desviou de cometas, corpos celestiais em chamas, colidiu com barreiras invisíveis e era capaz de atravessá-las sem ao menos deixar uma de suas partículas para trás. Sua força ganhava mais intensidade conforme viajava mais rápido que a luz. Logo o encontrou.
Seu novo destino estava envolto por outras partículas de luz que brilhavam em meio a escuridão pontilhada mais que milhares de diamantes. Ele dormia e flutuava. A face era serena como uma rosa desabrochando. Era risonho. O cabelo em tons de azul era acariciado pelas partículas assim como suas mãos espalmadas indicando um sono suave. Era um menino. Tinha a essência de flores, de neve, de árvores e tinha calor. Era quente, frio, sútil. Sua aura era leve. De repente, o pó se juntou ao todo que o protegia e compreendeu a missão que deveria exercer. Aquele menino era o elo, era a energia de união. Naquele momento estavam sobre as infinitas estrelas na escuridão, formavam uma nova estrela. Estavam seguros.
Os seres de luz ainda estavam na floresta quando sentiram uma energia de flores se aproximar, era a primavera, a essência fresca e tão suave; e havia também outra força, coragem e confiança. Eles não poderiam ser vistos, tornaram-se invisíveis e subiram rumo a imensidão do universo. Eles voltariam em breve.
Desde o princípio daquele universo, os seres de luz se mantiveram assim, invisíveis. As criaturas nunca foram tocadas, estudadas, mas existiam. Em outros mundos e universos, eles possuem outros nomes e nas crenças são vistos como divindades. Eles nunca se denominaram, não possuem nomes ao qual se chamam. Juntos formam apenas um; e essa unidade pode compreender um todo. Foram eles os primeiros a presenciar a formação dos inúmeros mundos, galáxias, pois eles eram parte daquilo. Um ser de luz nunca pode ser tocado por uma criatura de sangue, mas eles podem tocar desde que obedeçam o destino. O destino acima de tudo, mantém o equilíbrio do tempo, da vida. Eles estavam interferindo até onde possuíam a permissão do próprio universo. A criança estava em segurança, adormecida num sono que lhe traria cura. Dessa forma, os corações corrompidos daquele mundo não poderiam concluir o grande plano perverso e as jornadas das outras quatro crianças seriam cumpridas até o dia final.
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