Capítulo 25 - Interessados, sumiços e quedas. Parte I

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A mulher adentrou na sala arrastando seu enorme vestido amarelo, os olhos cortantes invadindo cada espaço procurando o que desejava

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A mulher adentrou na sala arrastando seu enorme vestido amarelo, os olhos cortantes invadindo cada espaço procurando o que desejava. A Sra. Dondon era uma dessas mulheres que se enfeitavam como se fosse uma pintura exageradamente detalhada e era sempre visível o poder que tinha através de suas jóias. Ao seu lado estava o Sr. Margor, seu olhar severo voltado para seu anel no dedo e o Sr. Soluá com suas vestes azuis e sua aparência apática, os olhos acinzentados e rosto macilento. Ama os olhava com expectativa.

— Oh, por favor, sentem-se! — ela pediu. — Hoje é um dia glorioso demais para o meu povo. Estávamos comemorando.

— Percebe-se pelo seu visual — falou a Sra. Dondon.

— Gostou? Foi feito com fios de prata.

— Um pouco exagerado — ela respondeu. — Não estamos aqui para julgar suas vestes, Sra. Ama. Recebemos a sua mensagem e como vê, estamos aqui.

— Claro, os interesses. Fico contente em tê-los aqui.

— Onde eles estão? — perguntou o sr. Soluá com um lenço cobrindo o nariz irritado.

— Estão seguros, com um dos meus servidores — Ama respondeu.

— Queremos vê-los agora! — a Sra. Dondon fez menção de se levantar de seu lugar, mas logo foi contida por Ama.

— Não tenham pressa. O tempo agora se desmancha em nossas mãos. Como devem ter imaginado, e se não chegaram a imaginar, desculpem-me, quero alto em troca.

— O que está dizendo? — indagou revoltado o Sr. Margor.

— Quando enviei a mensagem para vocês, contando que cinco crianças muito peculiares estavam sob meus cuidados e que eram de seus vales, ponderei sobre tudo que isso poderia significar. Pode lhes soar como puro interesse — levantou de sua cadeira e começou a andar olhando para os três á sua frente. — Embora seja muito mais que isso. Imaginem só, cinco crianças perdidas em um mundo como o nosso, sem seus pais ou qualquer responsável. Fui bondosa com eles, os alimentei, diverti-os, mas não parava de pensar no quão assustados seus pais poderiam estar. E se essas crianças caíssem em mãos perigosas?

— Não somos seus pais, nem mesmo temos qualquer ligação com essas crianças — retrucou o Sr. Soluá.

— Oh, verdade! Então creio que errei ao enviar a mensagem a vocês, deveria ter pensado em seus pais. Porém, como vocês são os anciões dos vales, achei sensato pedir ajuda — Ama concluiu. — Talvez vocês possam levar uma mensagem para seus pais, dizendo-lhes que seus filhos estão sob os meus cuidados.

O Inventor de EstaçõesOnde histórias criam vida. Descubra agora