🏆 VENCEDOR "THE WATTYS AWARDS 2019" NA CATEGORIA FANTASIA 🏆
🏆 1º Lugar no Concurso Wattpad Brasil - Fantasia 🏆
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Sinopse: Há algo errado com o mundo de Haga, por todos os quatro Vales crianças estão desaparecendo sem deixar qualquer vestígio...
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— Está vendo alguém? – perguntou o Inventor, estava logo atrás de Nenonimio que esgueirava-se ao máximo pela nova abertura. Dessa vez abriram um portal diretamente para dentro da congregação, uma sugestão do menino, por sinal. – Fale alguma coisa, garoto! Está vendo alguém?
Nenonimio ainda estava olhando ao redor. Sentia frio e estava escurecendo ainda mais depressa lá fora graças as pesadas nuvens. Vez ou outra os raios iluminavam o céu e também havia aquele rastro luminoso que se aproximava lentamente.
— Não tem ninguém por perto – disse o menino, afastando-se do portal cintilante de olhos arregalados. – Acho que conseguimos entrar agora.
— Acho que conseguimos entrar agora – disse o Inventor, como se quisesse afinar que ele estava planejando o próximo passo. – Mas você entra primeiro.
— Por que? Você pode entrar, tem mais idade. Meus pais diziam para ter respeito com os mais velhos.
— Por que as crianças me dão tanto medo? – retrucou o Inventor, quase largou o pesado livro não chão para poder discutir com o menino. – Vamos! Entre! — ordenou ele, com desdém. – Eu vou em seguida. Se seus pais foram sensatos, devem ter lhe instruído a obedecer os mais velhos!
Nenonimio voltou-se para a passagem ainda suspensa no ar. Espiou mais uma vez para certificar-se que não havia perigo e atravessou resmungando. Esperou alguns segundos percebendo que o Inventor ainda estava lá fora. Então esticou o braço para fora e puxou as vestes do outro com fúria.
— Ora! Por que está me puxando?
— Se eu entro, você também entra! Vamos!
E logo os dois se encontravam em um espaço vazio da congregação. Não dava para ter noção de qual direção deveriam tomar. Nenonimio esperou então o Inventor fechar abertura, ainda que o mesmo insistisse em querer deixar uma brecha aberta para fugirem caso houvesse uma perseguição. Nenonimio caminhava um pouco mais a frente e com passos silenciosos enquanto o Inventor o seguia cheio de cautela e medo. Os dois chegaram a um salão onde havia uma grande mesa com muitas cadeiras, ali também não havia ninguém. A cada passo que dava, Nenonimio tentava controlar o próprio medo e a adrenalina que o impulsionava e chegou um momento em que foi obrigado a parar subitamente pois alguém estava se aproximando, sem perceber, o Inventor tropeçou no menino quase derrubando-o.
— Olhe – cochichou, estava apontando para duas mulheres. Uma delas estava quase desacordada e era carregada por uma outra de aspecto carrancudo e violento. Nenonimio não gostou nada desta, sentia calafrios ao olhar para ela. – Ela está levando a outra para algum lugar!
— E daí? Viemos para tirar o outro menino daqui. Elas parecem amigas.
— Uma amiga não trataria a outra daquele jeito. Vamos seguir as duas.
— Você bateu a cabeça em algum lugar? – indagou o Inventor, puxando o menino pelo braço. – Se não queremos ser vistos, não podemos seguir ninguém!