🏆 VENCEDOR "THE WATTYS AWARDS 2019" NA CATEGORIA FANTASIA 🏆
🏆 1º Lugar no Concurso Wattpad Brasil - Fantasia 🏆
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Sinopse: Há algo errado com o mundo de Haga, por todos os quatro Vales crianças estão desaparecendo sem deixar qualquer vestígio...
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Se havia ou não algum motivo para rir, foi rapidamente abatido quando a poltrona girou e revelou quem era a autora daquela voz tão imponente. As cinco crianças cessaram os risinhos e até mesmo cochichos no instante que a viram. Os cabelos prateados e longos, feitos em tranças embutidas desde o topo da cabeça. Não era grisalho nem branco, de fato eram fios de prata. A mulher tinha uma pele enrugada pelos anos, mas cheia de brilho, que a tornava bela e digna de admiração. Seus olhos em tons de um prata vívido e leitoso, exigiam respeito e obediência. Até mesmo o ar em volta da mulher parecia ter a leveza que ela exigia.
A porta se fechou com um rangido longo e meio assustador.
— Aproximem-se! — Ela pediu acenando com as mãos.
E as crianças se aproximaram, escoltadas por Covárdia que estava logo atrás.
— Como se sentem? — perguntou Ama olhando para os cinco que estavam dispostos no salão ombro a ombro.
— Estamos bem, obrigada! Mas, não sabemos que lugar é esse — disse Halva depois que percebeu que nenhum dos outros tomaria ousadia para responder.
— Bom — Ama se remexeu na poltrona, levantando um pouco a longa trança para mover a cabeça. — Vocês estão na Cidade da Alvorada, mas esse nome mudará em breve. Aqui, nós acolhemos todos os tipos de pessoas e vocês são bem-vindos, claro.
— Nós não viemos até aqui — retrucou Halva. — Isso mesmo, eu me lembro. Tinha uma fumaça rosa e de repente nós dormimos! Vocês fizeram isso?
— Oh, creio que sim! O gás da sonolência. É uma excelente invenção do meu povo. Bom, nós fizemos isso para proteger vocês.
— Nos proteger de quê?
As crianças poderiam ter percebido, se não estivessem muito empenhadas em obter respostas, que atrás delas, Covárdia se comunicava silenciosamente com Ama, em trocas de olhares indecifráveis.
— Das criaturas que estão raptando crianças — respondeu Covárdia. — Os Bobo-cuias.
— Exatamente — exclamou Ama. — Vocês estavam em perigo, tão sozinhos e desamparados. O que faziam naquele campo? De onde vieram?
— Nós viemos dos Vales das estações. Eu sou do Vale do Inverno — explicou Halva.
— Curioso! Muito curioso. Achei que já não existiam vales neste mundo, mas de fato eles ainda existem. As outras crianças são provas.
Tonto já ouviu aquela mesma frase outras vezes e isso o deixou inquieto.
— Mas, me contem! O que fez vocês saírem dos seus... Vales? — quis saber Ama.
— Estamos em uma viagem — respondeu Halva tentando manter o nome Inventor distante de suas menções.