Capítulo 28 Pub irlandês

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As paisagens verdes dos parques irlandeses e o charme do centro de Dublin haviam encantado Lisa. Decidiu visitar a casa de Oscar Wilde depois de ter conhecido alguns pontos turísticos do país. 

No dia seguinte à sua chegada, havia acordado cedo e ido para o centro de Dublin, com Carolina, de DART, uma espécie de trem que percorre grande parte da costa da cidade. Foram visitar o Spire of Dublin, localizado na rua O'Connell Street.

Em formato de agulha e com 120 metros de altura, o monumento era um cone alongado com diâmetro na base de três metros, que ia ficando mais e mais estreito, sendo que o ponto mais alto ficava com quinze centímetros. 

— Nossa! Dá até dor no pescoço ficar olhando para a ponta disso! — disse Carolina, que olhava para cima. 

— Estou é com tontura — complementou Lisa, que achou que a agulha não tinha fim. Nunca havia visto algo tão alto e tão fino. Ficou intrigada com o fato do Spire não despencar com os ventos fortes recorrentes na cidade. 

— Tô ansiosa pra gente almoçar no pub do Ethan. Vamos agora? — pediu Carolina. O bar tinha uns seis metros de entrada. A fachada era de madeira pintada da cor preta e tinha vitrine de vidro, onde estavam expostas garrafas de cerveja, canecas, quadros com frases em inglês e em irlandês. 

Com iluminação baixa, a parte interna do pub era acolhedora e intimista. Todos os móveis eram de madeira, os bancos e as cadeiras tinham uma tonalidade mais clara, e o acento era de couro preto, enquanto que as mesas, o balcão e as prateleiras eram de uma madeira mais escura. 

As prateleiras eram recheadas de garrafas de bebidas. Algumas paredes eram verdes e outras vermelhas, e recebiam bandeiras da Irlanda e de marcas de bebidas. 

— Boa tarde, garotas! — disse Ethan, saindo de trás do balcão. 

— Oi, Ethan! — respondeu Carolina, dando dois beijinhos na face do irlandês. 

— Tudo bem? — respondeu Lisa, sorrindo naturalmente ao ver o rapaz. Ele deu um beijo estalado na sua bochecha e a abraçou apertado. 

— E não é que você veio mesmo? — comentou, tocando o rosto de Lisa.

— Você falou tão bem do seu país que não resisti. E não me arrependo. É maravilhoso! A gente veio do centro de Dublin. É tudo demais! 

— Peço desculpas pela mancada do aeroporto, marquei dois compromissos no mesmo horário. Eu sinto muito. 

— Esqueça isso!

— Para me redimir, eu mesmo quero te mostrar vários lugares. Amanhã depois do almoço, o movimento aqui cai, e a gente pode dar umas voltas. Pode ser? 

— Tá marcado! — disse ela, animada. Derek saiu pela porta da cozinha. Ele usava jeans e um colete de chef da cor preta, com botões brancos. O cabelo estava preso em um lenço preto. Ele demonstrou surpresa ao ver as duas garotas no pub. 

— Oi, meninas. Tudo bem? Vieram almoçar? 

— Sim! E gostaríamos que o chef nos indicasse alguma coisa bem saborosa — disse Carolina. 

— Hoje temos uma sopa de vegetais com frango muito boa e também tem beef com pimenta verde e molho de feijão. Temos lanches diversos e outros pratos rápidos — disse o chef, animado. 

— Eu quero essa sopa que você falou. Não é muito gordurosa, né? 

— Não, não mesmo. 

— Ótimo! Vou querer a sopinha, então! 

— E você, Lisa? O que vai querer? — disse ele olhando para ela, de forma calorosa. 

As casas dos 7 escritores (LIVRO COMPLETO!)Onde histórias criam vida. Descubra agora